quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
PORTA LUZ...
Não sou a luz;Sou o portador da luz.
Eu sou a dinâmica,a força que interpetra e constrói;
Sou o inicio do caminho,o primeiro.
Nasci no caos primordial e me revesti de todas as formas:sou o arpejo da lira e o clangor dos clarins;Sou eu que observo tudo com minúcia e detalis;sou eu que dou corpo as ideias e as sementes.
Senhor das trevas;me dizem,mas as trevas que eu habito são as de cada um de vocês.
Dêem-me os nomes que quiserem,mas não tentem me manipular,os que tentam,construem sua própria jaula.
Eu sou o choque do retorno,tão forte como o primeiro impulso.
Quem me procura me encontra,nem sempre gosta.
'Vocês',são transparente para mim.
Sou luta,mas não sou guerra.
Sou repouso,mas não sou paz.
Trago a ingenuidade do afago e a firmeza de dizer,como as coisas devem realmente ser.
Trago justiça,verdade e muita humildade.
Legiões de 'vampiros'servem-se do meu nome e tentam me fazer prisioneiro.
E quantas ''cabeças coroadas''aproveitam-se disso.
Estes um dia...me verão de frente.
Tenho muitas faces,sou caminhador,justo e amigo.
Tenho muitos nomes e muitas formas,mas sou da mesma essência.
Sou eu que aparo os galhos que dispersam,que limpo o terreno e o torno habitável;
Sou eu que sovo,amasso e espicho a massa para que o ''pão''se torne alimento real.
Há os que me querem para dar corpo as suas histórias mentirosas;Esses tecem a corda com que se enforcarão.
Sou a coluna que recebe mais impactos.
Sou a árvore mais apedrejada.
Não tenho meus fundamentos em promessas vãs ou passionais,nem me sustento nos escritos de qualquer livro.
Eu sou evolução e liberdade,por isso arrebento,aos que tentam me prender.
Minha base não é um simples conceito que morre com os homens,nem vivo nos versos de poetas sonhadores.
Também não tenho simpatias:procuro ser imparcial e estou além do bem e do mal.
Tenho mil olhos e jamais vacilo.
Resido no íntimo da alma das criaturas:ali onde o Pai fez a sua morada.
Há quem me chame justiça,mas eu sou servidor.
Na era atual me chamam EXU,e esse é um bom nome.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
TUDO FAZ PARTE DO DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
m com a alma à qual estão ligadas. Às vezes esta outra pessoa está desejosa e disponível para unir-se a nós, reconhecendo a paixão e a química que existem... “os laços íntimos e sutis que envolvem conexões ao longo de muitas vidas” (Brian Weiss). Mas esta alma, apesar de nos ser “destinada” (nunca se esqueça da existência do livre-arbítrio), pode nos ser naquele momento prejudicial. Tudo faz parte do desenvolvimento espiritual.
Se um dos espíritos ainda carece de conhecimento e desenvolvimento emocional, traços de violência, cobiça, ciúmes, ódio e medo podem interferir no relacionamento. São tendências prejudiciais ao outro, ainda que ambos sejam unidos pelo amor. Daí, você pensa que pode ajudá-lo a crescer... Mas ele nem sempre é permeável às suas palavras ou boas ações .
Então, também fazendo uso de seu livre-arbítrio, se recusa a aprender e a crescer. Resultado : o relacionamento estará condenado. Talvez haja outra oportunidade em outra vida, a não ser que ele desperte depois, nesta mesma vida.
Imagine, portanto, que vocês são amigos de colégio inseparáveis, que viveram experiências únicas e tem um relacionamento imortal. Só que os programas de vida de casa são diferentes. Isto não pode ser encarado como uma derrota, mas sim uma questão de aprendizagem. Estas duas pessoas (almas) têm uma vida eterna em companhia uma da outra, mas apenas precisam freqüentar aulas separadas...É triste e doido, mas, anos depois, vocês se reencontram e reconhecem um no outro o antigo sentimento de amor, agora apaziguado pelo amadurecimento. E podem, finalmente, seguir juntos.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Mediunidade
Quando falamos de mediunidade temos que lembrar que assumimos compromissos perante o espiritual e lembrar também que se nascemos numa família e lugar, muitas vezes temos responsabilidades e resgates com nossos pais, nossos irmãos, nossos filhos e com todos aqueles que nos rodeiam.
Por que somos médiuns?
Para termos essa resposta precisamos voltar até o desencarne da nossa vida anterior.
Quando nosso Pai Omulú nos segurou em seus braços na hora da morte, ou seja, passagem do plano material para o plano espiritual, o nosso Pai Obaluayê abriu a passagem para a transição de plano para outro na hora do desencarne.
A nossa Mãe Nanã Buroquê decanta nossas lembranças para que o pai Oxumaré renove o nosso novo caminho.
A Mãe Obá traz concentração para que a nossa Mãe Yansã redirecione o espírito. Durante essas atuações nossa Mãe Oyá nos está segurando em seus braços, paralizando-nos para que todos os Orixás tenham tempo infinito para atuarem no espírito direcionando o mesmo para Fé e Evolução.
Nesse momento é feito um estudo de tudo o que você fez em suas vidas anteriores e Deus através de seus mentores verificam o que necessitamos de instrumento para tornar nossa reencarnação uma escala de evolução da alma.
Deus nos empresta essa faculdade ou dom para que possamos através dela cumprir a Sua vontade e nossas missões em matéria.
A ligação com o “cordão umbilical” depende disso, ou seja, nós é que pedimos para Deus esta oportunidade. Então é um compromisso assumido ainda em plano espiritual.
Durante a preparação para a reencarnação do espírito inicia-se um novo ciclo, onde a nossa Mãe Nanã Buroquê através da decantação nos faz esquecer dos compromissos assumidos.
Seria muito fácil se soubéssemos o que Deus espera de nós, porém nossos resgates e evolução do espírito não teriam o mesmo valor, e, além disso, não passaríamos pelo difícil teste do Livre Arbítrio.
Após a decantação do espírito é através do amor de um casal que Mãe Oxum concebe a semente do ser que será gerado por Mãe Yemanjá, Pai Obaluayê reduz o espírito ao tamanho do feto para ser instalado no tempo certo no útero da mãe, e após nove meses será reconduzido a luz da carne.
E nosso Pai Oxalá desenvolverá sua fé, nosso Pai Oxóssi lhe trará conhecimento, nosso Pai Ogum a ordem para que sempre saiba respeitar a Lei Maior e a Justiça Divina.
Tipos de Mediunidade
INTUIÇÃO: É um tipo de mediunidade onde o médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito.
A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o médium consiga identificar a entidade que o está intuindo.
Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento, pois cada entidade produz uma sintonia diferente no organismo.
INCORPORAÇÃO: É o acoplamento magnético dos perispíritos do médium e do espírito comunicante. É assim que acontece em todo tipo de incorporação. Não há como ser diferente. É a mediunidade em que o médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. Toda incorporação ocorre como você está podendo observar, ou seja, é com o esforço da concentração do médium e do espírito que a rotação dos chakras de ambos atinge uma velocidade próxima, criando assim a sintonia necessária para que os pensamentos e desejos de um sejam percebidos pelo outro. Sintonia essa que é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma integral.
Os chakras localizam-se em regiões que correspondem, no corpo físico, a áreas de grande concentração de feixes nervosos chamadas gânglios. Assim, as sensações que o médium tem são provenientes da excitação do sistema nervoso através da atuação nos chakras. Dessa forma, antes de a mensagem do guia sair pela boca do médium, ela passa pela mente dele. São os tais “pensamentos impostos”, aos quais você se referiu. Isso ocorre quase simultaneamente, tamanha é a rapidez desse processo.
No acoplamento magnético do espírito comunicante ao espírito do médium, ocorre a incorporação que pode ser “Consciente ou Inconsciente”. A diferença destas duas é justamente a velocidade com que os pensamentos do guia passam pela mente do médium, pois, se for muito rápido, eles podem passar despercebido e assim a pessoa diz que não lembra ter feito ou dito determinada coisa. Essa velocidade na passagem do pensamento do guia pela mente do médium é diretamente influenciada pela capacidade de sintonia entre os perispiritos.
Quanto mais próxima a rotação dos chakras do médium e do guia, maior a sintonia entre ambos e maior a velocidade e a facilidade com que os pensamentos do guia passam pela mente do médium, logo, menor é o grau de consciência do médium nessa comunicação, pois sua resistência aos pensamentos do guia é menor. Essa sintonia quase perfeita é difícil de ser conseguida pois vários são os fatores que alteram a capacidade do médium em alcançar a sintonia mais próxima da faixa vibracional do guia. Entre eles, o mais comum é o tipo de mediunidade mesmo, pois a mediunidade inconsciente é realmente muito rara.
Na “incorporação parcial (consciente)”, o médium sabe que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao médium interferir na comunicação.
Na ”incorporação integral (inconsciente)”, há no médium uma perfeita sintonia com a vibração da entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o médium não vai se lembrar de nada do que se passou. Queremos esclarecer que a "incorporação parcial (consciente)" é tão autentica quanto a "incorporação integral (inconsciente)". O único problema é o médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente.
Existe também uma outra mediunidade chamada de "semi-consciente", esta como o próprio nome diz, ela é uma intermediária entre a modalidade consciente e inconsciente.
Na mediunidade “semi-consciente”, comparando com a consciente, o guia tem um maior controle sobre as necessidades fisiológicas do médium, há uma maior resistência à dor, a noção de tempo fica embotada mas o médium ainda apresenta alguma resistência aos pensamentos do guia. Podemos dizer que a esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial (consciente) e uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral (inconsciente).
VIDÊNCIA: É o tipo de mediunidade que permite, àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações.
CLARIVIDÊNCIA: É o tipo de mediunidade que permite ver fatos que ocorrem no passado e que ocorrerão no futuro.
Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de mediunidade difícil de ser encontrado.
AUDIÇÃO: O médium ouve uma voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens.
Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito a identificação de quem está dando a mensagem.
TRANSPORTE: É a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.
No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve.
O transporte involuntário, ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar.
As vezes, recebemos nesses transportes soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias.
A respeito, diz um ditado popular: “Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono”.
DESDOBRAMENTO: É o afastamento do espírito com o seu perispírito do corpo, permanecendo ligados a cordões fluídicos, permitindo ao espírito tomar conhecimento de tudo que se passa com o corpo físico e, se necessário retornar instantaneamente. Podem ser classificados em:
Consciente:- Quando guarda conhecimento do processo ocorrido;
Inconsciente:- Quando ao retornar do processo nada recorda;
Voluntário:- Quando o próprio médium promove o afastamento;
Provocado:- Quando há interferência de agentes externos (encarnados e desencarnados), através de processos hipnóticos e magnéticos.
PSICOGRAFIA: Tipo de mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semi-mecânica ou mecânica. É o ato de escrever um texto no exato momento em que se recebe a mensagem do espírito.
Na psicografia intuitiva, o médium recebe as mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição.
Na psicografia semi-mecânica, o médium à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do médium.
Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do médium que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.
Na psicopictografia, é quando ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para pintar.
Nota que todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependera muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.
Sintomas clássicos da mediunidade:
Suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos;
As mãos ficam molhadas, quase geladas;
Os pés também podem ficar gelados;
As maças do rosto muito vermelhas e quentes;
As orelhas ardem;
Dormência em alguma parte do corpo principalmente nas mãos.
Na mão a linha da vida fica vermelha quando esta em algum ambiente com muita vibração.
Depressão Psíquica:
A pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela.
É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.
Alterações no Sono
São classificados em dois estilos:-
Insônia: à É provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir.
Sono Profundo: É devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.
Taquicardia
Comum em algumas pessoas, há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
Tipologia
São classificados em dois estilos:
PERDA DO EQUILÍBRIO à A perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável.
SENSAÇÃO DE DESMAIO à A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. As vezes ocorre sensação de vomito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.
MEDOS E FOBIAS
A pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal.
As vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada.
É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.
Por que somos médiuns?
Para termos essa resposta precisamos voltar até o desencarne da nossa vida anterior.
Quando nosso Pai Omulú nos segurou em seus braços na hora da morte, ou seja, passagem do plano material para o plano espiritual, o nosso Pai Obaluayê abriu a passagem para a transição de plano para outro na hora do desencarne.
A nossa Mãe Nanã Buroquê decanta nossas lembranças para que o pai Oxumaré renove o nosso novo caminho.
A Mãe Obá traz concentração para que a nossa Mãe Yansã redirecione o espírito. Durante essas atuações nossa Mãe Oyá nos está segurando em seus braços, paralizando-nos para que todos os Orixás tenham tempo infinito para atuarem no espírito direcionando o mesmo para Fé e Evolução.
Nesse momento é feito um estudo de tudo o que você fez em suas vidas anteriores e Deus através de seus mentores verificam o que necessitamos de instrumento para tornar nossa reencarnação uma escala de evolução da alma.
Deus nos empresta essa faculdade ou dom para que possamos através dela cumprir a Sua vontade e nossas missões em matéria.
A ligação com o “cordão umbilical” depende disso, ou seja, nós é que pedimos para Deus esta oportunidade. Então é um compromisso assumido ainda em plano espiritual.
Durante a preparação para a reencarnação do espírito inicia-se um novo ciclo, onde a nossa Mãe Nanã Buroquê através da decantação nos faz esquecer dos compromissos assumidos.
Seria muito fácil se soubéssemos o que Deus espera de nós, porém nossos resgates e evolução do espírito não teriam o mesmo valor, e, além disso, não passaríamos pelo difícil teste do Livre Arbítrio.
Após a decantação do espírito é através do amor de um casal que Mãe Oxum concebe a semente do ser que será gerado por Mãe Yemanjá, Pai Obaluayê reduz o espírito ao tamanho do feto para ser instalado no tempo certo no útero da mãe, e após nove meses será reconduzido a luz da carne.
E nosso Pai Oxalá desenvolverá sua fé, nosso Pai Oxóssi lhe trará conhecimento, nosso Pai Ogum a ordem para que sempre saiba respeitar a Lei Maior e a Justiça Divina.
Tipos de Mediunidade
INTUIÇÃO: É um tipo de mediunidade onde o médium recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de um espírito.
A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o médium consiga identificar a entidade que o está intuindo.
Essa identificação, ele aprenderá a fazer no seu desenvolvimento, pois cada entidade produz uma sintonia diferente no organismo.
INCORPORAÇÃO: É o acoplamento magnético dos perispíritos do médium e do espírito comunicante. É assim que acontece em todo tipo de incorporação. Não há como ser diferente. É a mediunidade em que o médium sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu corpo. Toda incorporação ocorre como você está podendo observar, ou seja, é com o esforço da concentração do médium e do espírito que a rotação dos chakras de ambos atinge uma velocidade próxima, criando assim a sintonia necessária para que os pensamentos e desejos de um sejam percebidos pelo outro. Sintonia essa que é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma integral.
Os chakras localizam-se em regiões que correspondem, no corpo físico, a áreas de grande concentração de feixes nervosos chamadas gânglios. Assim, as sensações que o médium tem são provenientes da excitação do sistema nervoso através da atuação nos chakras. Dessa forma, antes de a mensagem do guia sair pela boca do médium, ela passa pela mente dele. São os tais “pensamentos impostos”, aos quais você se referiu. Isso ocorre quase simultaneamente, tamanha é a rapidez desse processo.
No acoplamento magnético do espírito comunicante ao espírito do médium, ocorre a incorporação que pode ser “Consciente ou Inconsciente”. A diferença destas duas é justamente a velocidade com que os pensamentos do guia passam pela mente do médium, pois, se for muito rápido, eles podem passar despercebido e assim a pessoa diz que não lembra ter feito ou dito determinada coisa. Essa velocidade na passagem do pensamento do guia pela mente do médium é diretamente influenciada pela capacidade de sintonia entre os perispiritos.
Quanto mais próxima a rotação dos chakras do médium e do guia, maior a sintonia entre ambos e maior a velocidade e a facilidade com que os pensamentos do guia passam pela mente do médium, logo, menor é o grau de consciência do médium nessa comunicação, pois sua resistência aos pensamentos do guia é menor. Essa sintonia quase perfeita é difícil de ser conseguida pois vários são os fatores que alteram a capacidade do médium em alcançar a sintonia mais próxima da faixa vibracional do guia. Entre eles, o mais comum é o tipo de mediunidade mesmo, pois a mediunidade inconsciente é realmente muito rara.
Na “incorporação parcial (consciente)”, o médium sabe que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio. Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo, perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao médium interferir na comunicação.
Na ”incorporação integral (inconsciente)”, há no médium uma perfeita sintonia com a vibração da entidade. Nesse caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o médium não vai se lembrar de nada do que se passou. Queremos esclarecer que a "incorporação parcial (consciente)" é tão autentica quanto a "incorporação integral (inconsciente)". O único problema é o médium não interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente.
Existe também uma outra mediunidade chamada de "semi-consciente", esta como o próprio nome diz, ela é uma intermediária entre a modalidade consciente e inconsciente.
Na mediunidade “semi-consciente”, comparando com a consciente, o guia tem um maior controle sobre as necessidades fisiológicas do médium, há uma maior resistência à dor, a noção de tempo fica embotada mas o médium ainda apresenta alguma resistência aos pensamentos do guia. Podemos dizer que a esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial (consciente) e uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral (inconsciente).
VIDÊNCIA: É o tipo de mediunidade que permite, àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações.
CLARIVIDÊNCIA: É o tipo de mediunidade que permite ver fatos que ocorrem no passado e que ocorrerão no futuro.
Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um tipo de mediunidade difícil de ser encontrado.
AUDIÇÃO: O médium ouve uma voz clara e nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens.
Na audição, devemos ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito a identificação de quem está dando a mensagem.
TRANSPORTE: É a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando tranqüilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser voluntário ou involuntário.
No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve.
O transporte involuntário, ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos recordamos ao acordar.
As vezes, recebemos nesses transportes soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão idéias próprias.
A respeito, diz um ditado popular: “Para a solução de um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono”.
DESDOBRAMENTO: É o afastamento do espírito com o seu perispírito do corpo, permanecendo ligados a cordões fluídicos, permitindo ao espírito tomar conhecimento de tudo que se passa com o corpo físico e, se necessário retornar instantaneamente. Podem ser classificados em:
Consciente:- Quando guarda conhecimento do processo ocorrido;
Inconsciente:- Quando ao retornar do processo nada recorda;
Voluntário:- Quando o próprio médium promove o afastamento;
Provocado:- Quando há interferência de agentes externos (encarnados e desencarnados), através de processos hipnóticos e magnéticos.
PSICOGRAFIA: Tipo de mediunidade muito comum, podendo ser intuitiva, semi-mecânica ou mecânica. É o ato de escrever um texto no exato momento em que se recebe a mensagem do espírito.
Na psicografia intuitiva, o médium recebe as mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição.
Na psicografia semi-mecânica, o médium à medida que vai escrevendo, vai também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na mão do médium.
Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do médium que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.
Na psicopictografia, é quando ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para pintar.
Nota que todos esses sintomas tendem a desaparecer com a preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao desenvolvimento dependera muito do grau de mediunidade, do interesse e da preparação espiritual do médium.
Sintomas clássicos da mediunidade:
Suor excessivo nas mãos e axilas, principalmente nas mãos;
As mãos ficam molhadas, quase geladas;
Os pés também podem ficar gelados;
As maças do rosto muito vermelhas e quentes;
As orelhas ardem;
Dormência em alguma parte do corpo principalmente nas mãos.
Na mão a linha da vida fica vermelha quando esta em algum ambiente com muita vibração.
Depressão Psíquica:
A pessoa fica totalmente instável, passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente. Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse voltado contra ela.
É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com palavras e gestos aqueles que mais gosta.
Alterações no Sono
São classificados em dois estilos:-
Insônia: à É provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir.
Sono Profundo: É devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.
Taquicardia
Comum em algumas pessoas, há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos, fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
Tipologia
São classificados em dois estilos:
PERDA DO EQUILÍBRIO à A perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente desagradável.
SENSAÇÃO DE DESMAIO à A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não cair. As vezes ocorre sensação de vomito ou de diarréia. Um copo de água com bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para contornar essa situação.
MEDOS E FOBIAS
A pessoa fica com medo de sair sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal.
As vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada.
É muito comum, também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.
E tudo muda
Antes de começar a escrever este primeiro texto pensei em diversos temas para desenvolver, dos mais diversos tipos. Contudo, acredito que nada melhor do que, desculpem a redundância, começar pelo começo. Começar pelas mudanças que costumam acontecer na vida dos médiuns quando decidem assumirem-se como umbandistas e colocar em prática o compromisso assumido antes de estarem em Terra.
Quando ingressamos numa vida religiosa, a primeira coisa que descobrimos é que nada mais na vida será como era antes, principalmente quando levamos a religião a sério.
Essa transformação ocorre com qualquer religião, porém em algumas as mudanças ocorrem de forma mais brusca e intensa. É o caso da Umbanda.
Isso acontece por diversas razões, contudo algumas merecem destaque:
A primeira delas podemos dizer que está no modo de enxergar e até mesmo de encarar diversas situações do dia-a-dia, isso porque descobrimos que absolutamente tudo na vida tem um motivo para acontecer e este pode estar ligado a algo bom ou ruim que fizemos em uma vida passada e hoje devemos receber ou pagar.
Ou ainda que nascemos em determinada família e nos relacionamos com determinadas pessoas porque temos resgates a fazer, assuntos para terminar.
Aprendemos que antes de pedir qualquer coisa é preciso saber pedir, pois aquilo que pedimos, fazemos ou até mesmo pensamos pode afetar as pessoas que nos cercam e que aquele que planta o bem, o bem colherá, e o mesmo acontece com aquele que planta o mal.
Tudo isso sem falar que descobrimos a importância da gratidão, do respeito ao próximo e da humildade. Isso porque não há exceções: todos somos iguais.
Além do mais, o corpo que temos é apenas emprestado, devemos cuidar bem dele, pois a vida não acaba com a morte, nossa jornada não termina aqui e estar encarnado é, além de uma grande oportunidade, a maior dádiva que podemos receber do Pai Maior.
Descobrimos o valor das pequenas coisas e momentos da vida, e que, como disse uma vez um grande mestre, “onde há simplicidade é onde há mais força”.
Mas acredito que a mudança mais profunda é a que devemos, ou ao menos deveríamos fazer em nossa vida profana, pois as atitudes que tomamos durante os dias não só pode como irá afetar diretamente a nossa vida religiosa.
Isso porque todo médium de Umbanda é um sacerdote e o seu corpo é o templo (aqui não se discute incorporação ou grau de desenvolvimento). Dessa forma é preciso que se cumpram os preceitos básicos que nos são passados assim que ingressamos ativamente na religião, tais como ter uma boa alimentação, evitar pensamentos negativos, entre outros, para que os templos não desmoronem. Pois como seria possível praticar a caridade, que é um dos pilares fundamentais da Umbanda, sem estar em plenas condições físicas e psicológicas?
Uma das lições mais importantes que tive até hoje dentro da Umbanda foi a de que um bom médium não é aquele que faz uma boa incorporação, mas sim aquele que tem garra, comprometimento, entrega e fé.
Tem garra aquele que não desiste, aquele que tropeça e se mantém firme, que aprende com os próprios erros (sem repeti-los), que não tem medo, que encara as adversidades de cabeça erguida e segue em frente, afinal, filho de Umbanda balanceia, mas não cai.
Comprometido é aquele se dedica, que estuda, questiona, procura melhorar sempre, não somente dentro do congá, mas melhorar como pessoa, que segue os ensinamentos, que sabe o tamanho da responsabilidade de se usar o branco.
Entrega-se aquele que vive a Umbanda não somente dentro do terreiro, mas em cada hora do dia.
Por fim, tem fé aquele que tem a Umbanda enraizada no coração e não tem dúvidas.
Quando um novo membro ingressa no terreiro costumamos dizer que entrou mais um filho para a corrente, isso porque trabalhando todos juntos, formamos uma corrente de fé, de energia, de coisas boas e cada um de nós representa um elo dessa corrente. Daí vem a importância de cumprir os ensinamentos, de procuramos estar sempre em constante desenvolvimento e viver a Umbanda em todos os momentos, para que não sejamos elos fracos, para que a corrente não se quebre e, principalmente, para que possamos atingir, com a força da união e da fé de todos, o objetivo maior da nossa religião: a prática da caridade, do bem.
Quando ingressamos numa vida religiosa, a primeira coisa que descobrimos é que nada mais na vida será como era antes, principalmente quando levamos a religião a sério.
Essa transformação ocorre com qualquer religião, porém em algumas as mudanças ocorrem de forma mais brusca e intensa. É o caso da Umbanda.
Isso acontece por diversas razões, contudo algumas merecem destaque:
A primeira delas podemos dizer que está no modo de enxergar e até mesmo de encarar diversas situações do dia-a-dia, isso porque descobrimos que absolutamente tudo na vida tem um motivo para acontecer e este pode estar ligado a algo bom ou ruim que fizemos em uma vida passada e hoje devemos receber ou pagar.
Ou ainda que nascemos em determinada família e nos relacionamos com determinadas pessoas porque temos resgates a fazer, assuntos para terminar.
Aprendemos que antes de pedir qualquer coisa é preciso saber pedir, pois aquilo que pedimos, fazemos ou até mesmo pensamos pode afetar as pessoas que nos cercam e que aquele que planta o bem, o bem colherá, e o mesmo acontece com aquele que planta o mal.
Tudo isso sem falar que descobrimos a importância da gratidão, do respeito ao próximo e da humildade. Isso porque não há exceções: todos somos iguais.
Além do mais, o corpo que temos é apenas emprestado, devemos cuidar bem dele, pois a vida não acaba com a morte, nossa jornada não termina aqui e estar encarnado é, além de uma grande oportunidade, a maior dádiva que podemos receber do Pai Maior.
Descobrimos o valor das pequenas coisas e momentos da vida, e que, como disse uma vez um grande mestre, “onde há simplicidade é onde há mais força”.
Mas acredito que a mudança mais profunda é a que devemos, ou ao menos deveríamos fazer em nossa vida profana, pois as atitudes que tomamos durante os dias não só pode como irá afetar diretamente a nossa vida religiosa.
Isso porque todo médium de Umbanda é um sacerdote e o seu corpo é o templo (aqui não se discute incorporação ou grau de desenvolvimento). Dessa forma é preciso que se cumpram os preceitos básicos que nos são passados assim que ingressamos ativamente na religião, tais como ter uma boa alimentação, evitar pensamentos negativos, entre outros, para que os templos não desmoronem. Pois como seria possível praticar a caridade, que é um dos pilares fundamentais da Umbanda, sem estar em plenas condições físicas e psicológicas?
Uma das lições mais importantes que tive até hoje dentro da Umbanda foi a de que um bom médium não é aquele que faz uma boa incorporação, mas sim aquele que tem garra, comprometimento, entrega e fé.
Tem garra aquele que não desiste, aquele que tropeça e se mantém firme, que aprende com os próprios erros (sem repeti-los), que não tem medo, que encara as adversidades de cabeça erguida e segue em frente, afinal, filho de Umbanda balanceia, mas não cai.
Comprometido é aquele se dedica, que estuda, questiona, procura melhorar sempre, não somente dentro do congá, mas melhorar como pessoa, que segue os ensinamentos, que sabe o tamanho da responsabilidade de se usar o branco.
Entrega-se aquele que vive a Umbanda não somente dentro do terreiro, mas em cada hora do dia.
Por fim, tem fé aquele que tem a Umbanda enraizada no coração e não tem dúvidas.
Quando um novo membro ingressa no terreiro costumamos dizer que entrou mais um filho para a corrente, isso porque trabalhando todos juntos, formamos uma corrente de fé, de energia, de coisas boas e cada um de nós representa um elo dessa corrente. Daí vem a importância de cumprir os ensinamentos, de procuramos estar sempre em constante desenvolvimento e viver a Umbanda em todos os momentos, para que não sejamos elos fracos, para que a corrente não se quebre e, principalmente, para que possamos atingir, com a força da união e da fé de todos, o objetivo maior da nossa religião: a prática da caridade, do bem.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Fraco ou forte?
Muitos de nós, umbandistas, já ouvimos esse termo: “O terreiro é fraco”, mas como podemos categorizar os terreiros: forte e fraco?
Qual será o parâmetro que utilizamos para essa avaliação? Seria a não realização de sonhos ou desejos?
Antes de responder ao questionamento gostaria de seu acompanhamento nesta linha de raciocínio.
Por que vamos ao terreiro? Muitas podem ser as respostas, mas vamos pensar de forma simples, vamos ao terreiro pela religião, ou seja, religar a Deus.
Este é o mínimo, mas para muito a ida até o terreiro é para: amarrar, destruir, matar, separar, perturbar alguém, etc. Bom, nesse momento o sentimento mínimo já se perdeu pelos caminhos.
Infelizmente, algumas pessoas quando chegam ao terreiro continuam com suas idéias negativas e não param nem um segundo para analisar se estão certas ou erradas.
Então é chegada a hora da consulta, e essas pessoas, mesmo após as defumações, orações e pedidos do dirigente para que elevem seus pensamentos a Deus com harmonia e amor, continuam com a idéia fixa, como se não tivessem ouvido estas palavras.
O consulente com o pensamento negativado se dirige ao encontro da entidade que lhe dará o atendimento e começa com seus lamentos e reclamações, onde todos que lhe rodeiam não prestam e ele é um coitado.
A entidade tenta amolecer a mente e o coração desde consulente através de suas sábias palavras e com o auxílio dos seus elementos de trabalho, mas como o atendimento é uma parceria entre o consulente e o guia, ele não permite que essa luz penetre em seu interior, tornando-o uma pessoa “não tão ácida”.
Após as explicações e os pedidos do consulente, o guia lhe responde positivamente que vai ajudar.
Estão assustados com a resposta do guia? Por quê?
A ajuda que o guia vai dar, será pedindo para que Oxalá dê a esse irmão as luzes de: “Oxum, pondo amor no coração, Ogum para cortar a maldade que o cerca, Obaluaê para transmutar seus sentimentos negativos em positivos, Oxóssi para o conhecimento a fim de enxergar suas fraquezas interiores”.
Ao término do seu atendimento, esse irmão volta para casa confiante de que seus pedidos “destruidores” serão realizados, mas depois de alguns dias nada acontece e ele vai até outro terreiro, com as mesmas intenções.
Outro guia lhe atende e pergunta:
_Em que posso ajudar?
O consulente repete seus pedidos destruidores e ainda complementa que o terreiro onde tinha freqüentado era muito fraco.
Antes de iniciar o seu trabalho, o guia pergunta ao consulente se ele conseguiria explicar melhor o termo “muito fraco”. O consulente firmemente responde: não fui atendido.
O guia deixa alguns segundos de silêncio e retruca ao consulente:
_Será que é fraco aquele que pede por ti, para que tenhas mais amor, luz em tua mente, mas evolução e proteção? Será que é fraco aquele que tenta abrir teus olhos à luz? Será que é fraco aquele que tenta te colocar mais perto de Deus? Será que é fraco aquele que pede perdão por ti?
Ou o fraco é aquele que não conseguiu enxergar tudo isso e mesmo assim insiste em caminhar nas trevas de sua própria ignorância, na escuridão de seus caprichos?
Após esses questionamentos, o guia retorna a pergunta ao consulente:
_Em que posso ajudar?
O consulente responde ao guia com a voz embargada:
_Me dê força e peço perdão pelos meus sentimentos “fracos” que levei para dentro de outros terreiros.
O Exu na Igreja Evangélica
A tolerência à diversidade é a palavra de ordem do momento. Longe de querer pregar o repúdio a qualquer religião, pois todas exercem sua função social e espiritual, esse texto tem o objetivo de mostrar que em alguns templos o nome das entidades da Umbanda Sagrada é usado de maneira pejorativa e que ainda assim os incansáveis trabalhadores do Astral não baixam sua guarda e nem deixam de dar proteção àqueles que os difamam.
Quantas e quantas vezes as entidades da Umbanda, em especial os compadres exus e as senhoras pombogiras, são invocadas nas igrejas evangélicas, como se fossem responsáveis por todo tipo de mal que afeta a vida de pessoas sofridas, que buscam solução para seus problemas nesses templos? Os nomes das entidades mais populares do panteão da nossa religião são citados sem qualquer respeito ou pudor. Os senhores Tranca-Ruas, Marabô, Tiriri, Tatá Caveira, Maria Padilha, Maria Mulambo e outros tantos são acusados de serem os responsáveis pelo infortúnio de pessoas desesperadas com questões materiais, espirituais, de saúde ou familiares. Esses nobres trabalhadores são acusados de causar doenças, prejuízos materiais, destruir famílias e outras mazelas mais, num ato de total desrespeito aos símbolos (nesse caso, às entidades) da religião alheia.
Esses mesmos detratores das nossas entidades – as quais acusam de serem demônios – batem no peito para bradar aos quatro ventos que “o diabo veio para mentir, roubar e matar” e não se atentam que eles próprios podem estar sendo enganados por um “diabo” (sem entrar no mérito da existência dessa figura mítica judaico-cristã) que mente, que os engana, dizendo se chamar Tranca-Ruas, Marabô, etc. Em outras palavras, zombeteiros adentram esses templos, usam os nomes das entidades da Umbanda, e aqueles mesmos que dizem que o “diabo” veio mentir, não notam que estão sendo vítimas de uma grande mentira. Caem como patinhos na lábia de verdadeiros arruaceiros espirituais que conseguem usar uma religião para denegrir outra. E o que é pior, denegrir justamente a imagem dos guardiões, daqueles que policiam sua ação nefasta no mundo espiritual e que se reflete de forma extremamente negativa no mundo material, atingindo mentes pouco esclarecidas e/ou preconceituosas, que não medem esforços em acusar os senhores exus, os verdadeiros soldados do Astral, os agentes da Lei Cósmica e cármica universal pelas mazelas que grassam as vidas daqueles que, desesperados, buscam ajuda.
Os compadres exus têm seus nomes achincalhados de maneira vergonhosa dentro de algumas igrejas, que sem o menor pudor ignoram inclusive a Carta Magna do país, que garante o respeito a todos os cultos religiosos e seus símbolos. Mal sabem esses detratores do mundo espiritual que, ao contrário deles, os nossos guardiões exus são desprovidos desse preconceito infantil e barato, e ali estão, à porta das diversas igrejas, trabalhando incansavelmente como sempre costumam fazer, impedindo que ataques do mais baixo reduto espiritual atinja a nós, encarnados, independente da religião que professamos.
Se não fossem os nossos fiéis amigos exus, quantos ataques os diversos templos religiosos sofreriam dos elementos trevosos que, apesar de desprovidos do corpo carnal, rondam e obsedam o mundo material sem que a maioria se dê conta disso?
Não importa o nome que se dê a eles. Na Umbanda e na Kimbanda chamamos de exus. Outros preferem chamar apenas de guardiões ou protetores, mas o importante é que estejam ali, guardando a entrada dos Centros Espíritas, das igrejas católicas, das protestantes tradicionais ou das neo-pentecostais, pois o fato é que ali estão, abnegados e cumprindo bem a sua tarefa de impedir que kiumbas ou trevosos deturpem o culto lá realizado.
Se em algumas denominações (especialmente neo-pentecostais) certos espetáculos acontecem, com obsessores se passando pelos exus (principalmente os mais conhecidos, por assim dizer) é porque os próprios exus de lei permitiram que eles ali adentrassem, a fim de que participassem do show de horrores para depois serem encaminhados ao devido local de merecimento, ou então têm ciência do teatro que alguns fazem usando seu nome, sem que haja, na realidade, entidade qualquer ali.
Em ambas as situações, levando-se em conta o seu caráter irreverente – apesar da seriedade com que realizam sua tarefa, os verdadeiros exus, aqueles que guardam incansavelmente até mesmo a porta das igrejas evangélicas, devem se divertir muito enquanto fazem o seu trabalho e observam essa “Broadway” de quinta categoria. E para quem conhece bem essas entidades, sabe que sua gargalhada não é apenas uma manifestação de hilaridade, e sim um fundamento usado com mestria para descarregar situações tensas, onde elas se fazem necessárias.
Exu está em toda parte, pois a sabedoria cósmica sabe como agir e onde colocar cada um de seus trabalhadores, para que desempenhem bem sua finalidade. Se alguém possui o dom da vidência, não se espante se um dia se deparar com um compadre exu guardando a entrada de uma igreja evangélica. O Universo possui razões que nós somos ainda muito imaturos para entender.
Laroyê Exu.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
ciclos
Sempre é preciso saber
quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela
mais do que o tempo necessário,
perdemos a alegria
e o sentido
das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos,
fechando portas,
terminando capítulos,
não importa o nome que damos.
O que importa é deixar no passado
os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho?
Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo
se perguntando por que isso aconteceu.
Pode dizer para si mesmo
que não dará mais um passo
enquanto não entender as razões
que levaram certas coisas,
que eram tão importantes e sólidas em sua vida,
serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude
será um desgaste imenso para todos:
seus pais, seu marido ou sua esposa,
seus amigos, seus filhos, sua irmã...
Todos estarão encerrando capítulos,
virando a folha,
seguindo adiante,
e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo
no presente e no passado,
nem mesmo quando tentamos
entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará:
não podemos ser eternamente meninos,
adolescentes tardios,
filhos que se sentem culpados
ou rancorosos com os pais,
amantes que revivem
noite e dia
uma ligação com quem já foi embora
e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam
e o melhor que fazemos
é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante
(por mais doloroso que seja!)
destruir recordações,
mudar de casa,
dar muitas coisas para orfanatos,
vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível
é uma manifestação do mundo invisível,
do que está acontecendo em nosso coração
e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço
para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora.
Soltar.
Desprender-se.
Ninguém está jogando
nesta vida com cartas marcadas.
Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo,
não espere que reconheçam seu esforço,
que descubram seu gênio,
que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional
e assistir sempre ao mesmo programa,
que mostra como você sofreu com determinada perda:
isso o estará apenas envenenando
e nada mais.
Não há nada mais perigoso
que rompimentos amorosos que não são aceitos,
promessas de emprego
que não têm data marcada para começar,
decisões que sempre são adiadas
em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo
é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou,
jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época
em que podia viver sem aquilo,
sem aquela pessoa...
Nada é insubstituível,
um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio,
pode mesmo ser difícil,
mas é muito importante.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho,
por incapacidade, ou por soberba.
Mas porque simplesmente
aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta,
mude o disco,
limpe a casa,
sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Desabafo
A cada dia descubro um pouco mais sobre a vida descubro que há muito mais beleza em coisas que considerava inúteis e feias do que minha percepção ainda imatura conseguia perceber descubro que muitos sonhos não são possíveis porque sempre existe alguém ou algo que tenta incessantemente me derrubar mas também descubro que ainda assim é preciso continuar sonhando descubro que as flores são efêmeras em sua beleza aparente e plástica no entanto a poesia que exala de suas almas puras essa poesia é eterna e se estende pelo infinito descubro que o coração humano pode estar explodindo de maldade mesmo que os olhos finjam bondade descubro que ter escrúpulos valores e virtudes em meio a essa sociedade materialista e niilista pode ser piegas e fora de moda descubro que o gozo é importante todavia as preliminares de uma vida eroticamente vivida são imprescindíveis descubro que tudo o que temos não passa de ilusão e sempre vem a "roda viva" e leva essa ilusão p'ra lá porém descubro que o importante da existência é dar um sentido pleno para a vida porque o que realmente nos inunda o coração de beleza bondade e felicidade é o sorriso sincero de quem queremos bem.
Mesmo triste sei que tudo tem um porque que tudo tem seu valor e nada pode ser igualado mas Na verdade "nada" é uma palavra esperando tradução...
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
0s guardiões do terreiro, Entidades de segurança nos Templos de Umbanda
Temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pomba Gira. Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa. Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido. E as Pomba-giras seriam as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação. Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombas Giras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos... Isto é uma coisa absurda e vulgar... O trabalho da Pomba Gira é sério. É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.
O que é esse lixo?
Nossos pensamentos negativos.
Nossa sociedade desigual, perversa e preconceituosa.
Nossas ações.
Nossas emoções negativa se sobrepondo a nossa capacidade de amar.
Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos Exús, levando-os a sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando.
Sabendo que a religião_de_Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas é “A manifestação do espírito para a prática da caridade”, qual a principal função desempenhada pelos Exús nos nossos Templos, Terreiros, Casas ou Centros?
Na Umbanda o Exú é uma Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns. Todas as religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência desses espíritos trabalhando também no Plano Astral *.
A reunião de Exú ou Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos. Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia. Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, para que tenhamos bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em muito, na sua recuperação. Muitas destas almas desorientadas não conseguem nem se aproximar dos Terreiros de Umbanda pois os Exús da Tronqueira ficam encarregados de fazerem uma triagem liberando a passagem apenas das almas que eles percebem já estarem prontas para o socorro **, ou seja, prontas para seguirem um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada. Este trabalho_de_separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, quando menos melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo. Os Exús são almas que riem, fazem troça, mas não brincam em serviço. Por este motivo, gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração, pois são eles são os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas. Cada pessoa que entra em uma casa de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões...) e são os Exús os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas limpezas. Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no caminho do desenvolvimento.
A saudação aos Exus: A saudação ao Exú é LARÓYÈ = salve, que também quer dizer salve compadre, boa noite “moça”. Exú é MOJUBÁ - Moju (Viver a noite) Bá (armar emboscadas) ou seja “armar emboscadas vivendo a noite”. Mas na Umbanda o trabalho dos Exús é o de guardião. Assim ao cumprimenta-lo estamos dizendo: Salve aquele que vive à noite e que arma emboscadas. Assim estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos pedindo “Àquele que vive a noite, que nos livre das emboscadas”.
Cada médium que passa por esta Obrigação vai colaborar com eles acrescentando energia e equilíbrio ao trabalho que eles executam. É por este motivo que tantas vezes é falado que devemos ter cuidado com nossos pensamentos e pedidos, pois eles são energias. Os Exús precisam das nossas energias positivas para que possam desempenhar melhor o seu trabalho.
Nota: Os médiuns que vão fazer a obrigação de Exú devem permanecer em estado de seriedade, afastando-se de bebidas, festas, que neste caso exercem uma atração para as almas desorientadas. A função da obrigação de Exú é basicamente para fazer com que o Exú assuma no campo a função principal de guardião do médium, desde que este se comporte a altura de sua amizade e respeito.
Bebidas: Gostam muito de bebidas voláteis e o aguardente está entre elas ao qual dão o nome de malafo ou marafo, conhaque, cerveja e outras bebidas fortes. As Pomba-giras gostam de anis e champanhe. Não há necessidade de o médium ingerir a bebida, pois a mesma pode ficar num copo e o Exú ou Pomba-gira trabalhar com a sua energia utilizando o conteúdo astral da bebida.
Comidas: Os Exús e Pomba Gira gostam de farofa, dendê, cebola, pimenta, limão, semente de mamona, e as Pombas Giras de enfeites e adornos, sem contar que gostam muito se suas oferendas enfeitadas com Rosas Vermelhas.
Alguns Nomes de Pomba Gira: Pomba Gira do Cruzeiro, do Cais, da Calunga, do Cemitério, Padilha, Mulambo, Cigana, Ciganinha, da Calunga, Maria Bonita, Rosa Maria, Maria Rosa, Maria Rita, Rosa vermelha, Rosa do cruzeiro, Sete Véus, Sete cravos, da Encruza..
Alguns Nomes de Exú: Sete Encruzilhadas, Veludo, Caveira, Tranca Ruas, Caveirinha, Exú Campina, Exú do Cruzeiro, Calunga, do Lodo, Lalu, da Madrugada, da Meia Noite, Mangueira, Mulambo, Mulambinho, Malandro, Malandrinho, Gira Mundo, Tiriri, Marabô, Sete Capas, Cadeado, dos Rios, da Cachoeira, dos Ventos, da Praia, Quebra Galho, Sete Covas, Sete Catacumbas, Sete Luas, Sete Sombras, Três Punhais, Três Cruzes, Sete Chaves, Tranca Tudo, Tira Teima, Zé Pilintra e muitos outros.
Hierarquia dos Exús: Os Exús e Pomba-giras prestam obediência ao Chefe da Casa. No caso da Casa Branca é o Exú das Sete encruzilhadas.
Exú Tronqueira: Não confundir o trabalho do Exú guardião com o trabalho do EXÚ TRONQUEIRA. O Exú Tronqueira é aquele que guarda o Terreiro e passa por uma triagem às pessoas que entram no Terreiro. Por isso a sua casa é colocada junto à porta de entrada e é a primeira a ser saudada. Todos devemos ter o máximo de respeito do Exú Tronqueira, pois se uma Gira corre bem e firme devemos agradecer principalmente a ele.
DOUTRINA DA UMBANDA
- Existência de um só Deus: único, omnipotente, omnisciente, criador de todas as coisas, irrepresentável sob qualquer forma.
- Origem comum de todos os Seres: homens, animais, plantas e até minerais, que sendo emanações do Criador, estão destinados a passar pelo mesmo processo evolutivo.
- Imortalidade do Espírito: a verdadeira natureza do homem é espiritual e a experiência terrena representa apenas uma etapa temporária, destinada a proporcionar ao espírito a aprendizagem que ele necessita para a sua evolução.
- Reencarnação: o espírito necessita de várias experiências no mundo terreno. Através de vidas sucessivas, o espírito tem a possibilidade de experimentar diferentes formas de desenvolvimento, até atingir um estágio de pleno domínio de seus recursos.
- Esquecimento de vidas passadas: todo o conhecimento adquirido em vidas passadas está registado na nossa memória espiritual. Contudo, o cérebro físico não tem condições de recuperar essas lembranças de forma clara e definida, se bem que algumas delas cheguem à consciência sob a forma de intuições ou de pequenas regressões de memória.
- Karma: Lei de Acção e Reacção ou Lei do Retorno - todos os actos que praticamos provocam reacções que se manifestam sobre nós próprios, num efeito de retorno. Assim, o bem-estar ou sofrimento que nos acompanham na nossa vida são consequências de actos equilibrados ou desequilibrados praticados nesta ou em vidas passadas.
- Livre arbítrio: todo o Ser tem o direito de escolher livremente como pretende usar as suas capacidades e recursos. A liberdade é ilimitada. Em cada momento das nossas vidas lidamos com as consequências do que fizemos no passado (Karma) e definimos livremente o nosso futuro (livre arbítrio).
- Lei do Amor: todo o Universo é regido pela Lei do Amor, que apresenta duas facetas. Além de um conceito moral, presente na ideia de não fazermos aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fizessem, é também uma Lei da Natureza, na qual diferentes formas de energia tendem a atrair-se mutuamente e a complementar-se. Os princípios físico-químicos que unem as partículas para formar os átomos e a lei da gravidade explicam a harmonia do movimento dos planetas em torno do sol.
- Mediunidade: o homem tem possibilidade de comunicar com entidades que se encontram noutros planos de vida. Todos os homens têm essa capacidade em maior ou menor grau.
- Função do médium: difundir o conhecimento da realidade no mundo espiritual, auxiliar desinteressadamente o próximo, aliviando-lhe o sofrimento e ajudando-o a encontrar o equilíbrio físico, psicológico e moral através da compreensão da Lei do Amor. Nalguns casos, o médium é um espírito que se desequilibrou de forma acentuada em vidas anteriores e que tem a possibilidade de resgatar dívidas kármicas, através da mediunidade. Noutros casos, é um espírito com um grau de evolução que abraça alegre e espontaneamente a tarefa de servir de intermediário para outros planos de vida. Pode ser ainda um espírito portador de elevadíssimas qualidades, que encarna com a missão de ser portador de grandes verdades espirituais, com o objectivo de acelerar a evolução do planeta. É o caso dos grandes avatares que descem à Terra, como Buda, Krishna e Jesus Cristo.
- Comportamento moral do médium: não deve ser um indivíduo alienado da sua época. Deve desenvolver uma actividade produtiva e ajudar a comunidade em acções de solidariedade, igualdade, civismo, respeito pela natureza. O médium não está impedido de desenvolver actividades típicas a todos os seres humanos, como manter uma vida social, aproveitar possibilidades de lazer, utilizar a sua capacidade sexual, desde que o faça de forma consciente e equilibrada.
- Afinidades vibratórias: todos os espíritos, encarnados ou desencarnados, são constituídos de energia (a matéria é energia condensada). Todas as formas de energia manifestam-se sob a forma de ondulações ou vibrações. Os nossos pensamentos também são energia. A nossa mente produz ondas vibratórias que têm uma frequência definida, e atraem ondas mentais de encarnados ou desencarnados que funcionam numa frequência semelhante. Esta atracção entre vibrações semelhantes chama-se afinidade vibratória.
- Planos espirituais: o mundo espiritual não é um só. Existe uma infinidade de planos vibratórios diferentes, para os quais são atraídos espíritos de acordo com a lei das afinidades. Expressões como Astral Superior, Baixo Astral ou Umbral servem para designar a diversidade de planos que correspondem a múltiplos níveis de evolução.
- Organização no mundo espiritual: tal como na sociedade humana, os espíritos organizam-se em função do nível de evolução, das tarefas que desenvolvem e das suas afinidades vibratórias. Os espíritos não estão soltos no tempo e espaço, têm funções definidas, trabalham em equipa, e amuam dentro de uma hierarquia. Por isso, ouvimos falar em Correntes Franciscanas, Falange dos Pretos Velhos, Linha de Ogum, Corrente dos Médicos no Espaço, entre outros.
- Multiplicidade dos mundos habitados: a vida inteligente não se restringe apenas ao nosso planeta nem às formas humanas que conhecemos. A afirmação de Cristo de que "há muitas moradas na casa de meu Pai" reflecte esta verdade. A Terra é considerada pelos espíritos como um planeta que abriga uma humanidade ainda pouco evoluída, sendo uma espécie de escola primária. Contudo, aproxima-se o momento em que a Terra deverá subir de nível, o que acontecerá à custa de algumas transformações violentas e necessárias.
- Necessidade de ritual: como elemento disciplinador e mágico.
- Respeito pelas demais religiões: todas as religiões constituem caminhos de progresso espiritual que conduzem a Deus.
- Origem comum de todos os Seres: homens, animais, plantas e até minerais, que sendo emanações do Criador, estão destinados a passar pelo mesmo processo evolutivo.
- Imortalidade do Espírito: a verdadeira natureza do homem é espiritual e a experiência terrena representa apenas uma etapa temporária, destinada a proporcionar ao espírito a aprendizagem que ele necessita para a sua evolução.
- Reencarnação: o espírito necessita de várias experiências no mundo terreno. Através de vidas sucessivas, o espírito tem a possibilidade de experimentar diferentes formas de desenvolvimento, até atingir um estágio de pleno domínio de seus recursos.
- Esquecimento de vidas passadas: todo o conhecimento adquirido em vidas passadas está registado na nossa memória espiritual. Contudo, o cérebro físico não tem condições de recuperar essas lembranças de forma clara e definida, se bem que algumas delas cheguem à consciência sob a forma de intuições ou de pequenas regressões de memória.
- Karma: Lei de Acção e Reacção ou Lei do Retorno - todos os actos que praticamos provocam reacções que se manifestam sobre nós próprios, num efeito de retorno. Assim, o bem-estar ou sofrimento que nos acompanham na nossa vida são consequências de actos equilibrados ou desequilibrados praticados nesta ou em vidas passadas.
- Livre arbítrio: todo o Ser tem o direito de escolher livremente como pretende usar as suas capacidades e recursos. A liberdade é ilimitada. Em cada momento das nossas vidas lidamos com as consequências do que fizemos no passado (Karma) e definimos livremente o nosso futuro (livre arbítrio).
- Lei do Amor: todo o Universo é regido pela Lei do Amor, que apresenta duas facetas. Além de um conceito moral, presente na ideia de não fazermos aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fizessem, é também uma Lei da Natureza, na qual diferentes formas de energia tendem a atrair-se mutuamente e a complementar-se. Os princípios físico-químicos que unem as partículas para formar os átomos e a lei da gravidade explicam a harmonia do movimento dos planetas em torno do sol.
- Mediunidade: o homem tem possibilidade de comunicar com entidades que se encontram noutros planos de vida. Todos os homens têm essa capacidade em maior ou menor grau.
- Função do médium: difundir o conhecimento da realidade no mundo espiritual, auxiliar desinteressadamente o próximo, aliviando-lhe o sofrimento e ajudando-o a encontrar o equilíbrio físico, psicológico e moral através da compreensão da Lei do Amor. Nalguns casos, o médium é um espírito que se desequilibrou de forma acentuada em vidas anteriores e que tem a possibilidade de resgatar dívidas kármicas, através da mediunidade. Noutros casos, é um espírito com um grau de evolução que abraça alegre e espontaneamente a tarefa de servir de intermediário para outros planos de vida. Pode ser ainda um espírito portador de elevadíssimas qualidades, que encarna com a missão de ser portador de grandes verdades espirituais, com o objectivo de acelerar a evolução do planeta. É o caso dos grandes avatares que descem à Terra, como Buda, Krishna e Jesus Cristo.
- Comportamento moral do médium: não deve ser um indivíduo alienado da sua época. Deve desenvolver uma actividade produtiva e ajudar a comunidade em acções de solidariedade, igualdade, civismo, respeito pela natureza. O médium não está impedido de desenvolver actividades típicas a todos os seres humanos, como manter uma vida social, aproveitar possibilidades de lazer, utilizar a sua capacidade sexual, desde que o faça de forma consciente e equilibrada.
- Afinidades vibratórias: todos os espíritos, encarnados ou desencarnados, são constituídos de energia (a matéria é energia condensada). Todas as formas de energia manifestam-se sob a forma de ondulações ou vibrações. Os nossos pensamentos também são energia. A nossa mente produz ondas vibratórias que têm uma frequência definida, e atraem ondas mentais de encarnados ou desencarnados que funcionam numa frequência semelhante. Esta atracção entre vibrações semelhantes chama-se afinidade vibratória.
- Planos espirituais: o mundo espiritual não é um só. Existe uma infinidade de planos vibratórios diferentes, para os quais são atraídos espíritos de acordo com a lei das afinidades. Expressões como Astral Superior, Baixo Astral ou Umbral servem para designar a diversidade de planos que correspondem a múltiplos níveis de evolução.
- Organização no mundo espiritual: tal como na sociedade humana, os espíritos organizam-se em função do nível de evolução, das tarefas que desenvolvem e das suas afinidades vibratórias. Os espíritos não estão soltos no tempo e espaço, têm funções definidas, trabalham em equipa, e amuam dentro de uma hierarquia. Por isso, ouvimos falar em Correntes Franciscanas, Falange dos Pretos Velhos, Linha de Ogum, Corrente dos Médicos no Espaço, entre outros.
- Multiplicidade dos mundos habitados: a vida inteligente não se restringe apenas ao nosso planeta nem às formas humanas que conhecemos. A afirmação de Cristo de que "há muitas moradas na casa de meu Pai" reflecte esta verdade. A Terra é considerada pelos espíritos como um planeta que abriga uma humanidade ainda pouco evoluída, sendo uma espécie de escola primária. Contudo, aproxima-se o momento em que a Terra deverá subir de nível, o que acontecerá à custa de algumas transformações violentas e necessárias.
- Necessidade de ritual: como elemento disciplinador e mágico.
- Respeito pelas demais religiões: todas as religiões constituem caminhos de progresso espiritual que conduzem a Deus.
CAMINHO...
CAMINHO... "Sim, seu caminho
é a Umbanda enquanto você valorizar a experiência espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em muitas formas para te auxiliar. Seu caminho é e sempre será a Umbanda, enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo, enquanto você escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e arrepios, enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo transportado para outro lugar, a Umbanda continuará sendo seu caminho enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar, o silêncio dos Pretos Velhos te emocionar, o gracejo dos Baianos te alegrar, a sinceridade dos Exus te curvar, a simpatia das Pomba Giras te atrair e a ciranda dos Erês te relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza das crianças. Sim, seu lugar é no Templo que frequenta, enquanto os espíritos regentes ainda forem referências de aprendizado, enquanto você sentir saudade ao final de cada gira, enquanto os objetivos espirituais e materiais também forem os seus objetivos, enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais, enquanto você preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote ."
é a Umbanda enquanto você valorizar a experiência espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em muitas formas para te auxiliar. Seu caminho é e sempre será a Umbanda, enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo, enquanto você escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e arrepios, enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo transportado para outro lugar, a Umbanda continuará sendo seu caminho enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar, o silêncio dos Pretos Velhos te emocionar, o gracejo dos Baianos te alegrar, a sinceridade dos Exus te curvar, a simpatia das Pomba Giras te atrair e a ciranda dos Erês te relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza das crianças. Sim, seu lugar é no Templo que frequenta, enquanto os espíritos regentes ainda forem referências de aprendizado, enquanto você sentir saudade ao final de cada gira, enquanto os objetivos espirituais e materiais também forem os seus objetivos, enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais, enquanto você preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote ."
FUNDAMENTOS UMBANDISTAS
Olá irmãos
Que a paz de Oxalá esteja com todos
Bem se puderam notar coloquei algumas apresentações no blog, quero dizer que pra mim é uma honra poder homenagear as entidades que tanto me ajudaram e continuam me ajudando.
A postagem de hoje tem um título um pouco forte, pois muitas pessoas perguntam no que a Umbanda é fundamentada, como diz um ponto conhecidissímo "UMBANDA TEM FUNDAMENTO/ É PRECISO PREPARAR", e a outros que ainda dizem que a Umbanda não tem fundamento pois não há uma liturgia escrita que todos tereiros seguem como por exemplo a igreja católica e a bíblia.
Mas digo irmãos que não serei pretensioso de dizer que está postagem será completa pois cada casa acrescenta um fundamento, mas com certeza alguns fundamentos que aqui estão postados todo terreiro de Umbanda segue.
Quando digo fundamento não quero dizer quais os dogmas, feitios ou ritos que a nossa religião tem, quero dizer em cima do que a Umbanda nasceu e quais as coisas que acreditamos.
1- Acreditamos num único Deus, alguns chamam de Olorum, outros de Zambi, este Deus que criou a terra e tudo que nela existe.
2- A creditamos que este Deus escolheu sete energias para governar o mundo, que entregou a sete Orixás sendo Oxalá o principal seguido por Iemanjá, Ibeji, Oxossí, Ogum, Obaluaye e Xangô.Os outros Orixás são subdivisões destas sete linhas.
3- Toda entidade responde a um Orixá.
4- O principal sentimento da Umbanda é a prática da Caridade. "Ajudar alguém, sem olhar a quem"
5- Prezamos também a Harmonia, tudo deve trabalhar para a harmonia e bem estar das pessoas.
6- Paz, devemos a qualquer custo levar a bandeira de Oxalá pregando a paz entre todos os irmãos
7- O Amor, a Umbanda trás o a mor de várias formas desde o amor a natureza como o amor aos guias que tanto nos ajudam, livre de preconceitos pregando aquilo que nosso mestre deixou "Ame o próximo como ama a te mesmo"
Que Oxalá nos abençoe sempre
Saravá .'.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
OGUM
OGUM
Divindade masculina ioruba, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. É sincretizado com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.
A relação de Ogum com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo ioruba. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras (que são do conhecimento apenas dos iniciados), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém, elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após ter sido evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou.
É Orixá das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa luta, batalha, briga. É filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi. Por este último nutre um enorme sentimento, um amor de irmão verdadeiro, na verdade foi Ogum quem deu as armas de caça à Oxossi. O sangue que corre no nosso corpo é regido por Ogum. Considerado como um Orixá impiedoso e cruel, temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos, ele até pode passar esta imagem, mas também sabe ser dócil e amável. É a vida em sua plenitude.
A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente. Ele não é o tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem aceita a rejeição. Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro.
Ogum não era, segundo as lendas, figura que se preocupasse com a administração do reino de seu pai, Odudua; ele não gostava de ficar quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava romances com todas as moças da região e brigas com seus namorados.
Não se interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que fosse a independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai, mas sim pela luta.
Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer (executar) a justiça ditada por Xangô. É muito mais paixão do que razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.
Ogum é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai-se expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, militares, soldados, ferreiros, trabalhadores, agricultores e, hoje em dia, mecânicos, motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o Orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. Do conhecimento da guerra para o da prática: tal conexão continua válida para nós, pois também na sociedade ocidental a maior parte das inovações tecnológicas vem justamente das pesquisas armamentistas, sendo posteriormente incorporada à produção de objetos de consumo civil, o que é particularmente notável na industria automobilística, de computação e da aviação.
Assim, Ogum não é apenas o que abre as picadas na matas e derrota os exércitos inimigos; é também aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro, instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o desenvolvimento de um novo meio de transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o desconhecido.
É pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão.
É fácil, nesse sentido, entender a popularidade de Ogum: em primeiro lugar, o negro reprimido, longe de sua terra, de seu papel social tradicional, não tinha mais ninguém para apelar, senão para os dois deuses que efetivamente o defendiam: Exu (a magia) e Ogum (a guerra); Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em qualquer luta, Ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador mas também do trabalhador manual, do operário que transforma a matéria-prima em produto acabado: ele é a própria apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia com algum objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as matérias inertes a serem modificadas .
É o dono do Obé (faca) por isso nas oferendas rituais vem logo após Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos (Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) – folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção).
Ogum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exú. Se Exú é dono das encruzilhadas, assumindo a responsabilidade do tráfego, de determinar o que pode e o que não pode passar, Ogum é o dono dos caminhos em si, das ligações que se estabelecem entre os diferentes locais.
Uma frase muito dita no Candomblé, e que agrada muito Ogum, é a seguinte: “Bi omodé bá da ilè, Kí o má se da Ògún”. (Uma pessoa pode trair tudo na Terra Só não deve trair Ogum).
Ogum foi casado com IANSÃ que o abandonou para seguir XANGÔ. Casou-se também com OXUM, mas vive só, batalhando pelas estradas e abrindo caminhos.
CARACTERÍSTICAS
Cor Vermelha (Azul Rei) (Em algumas casas também o verde)
Fio de Contas Contas e Firmas Vermelhas Leitosas
Ervas Peregum(verde), São Gonçalinho, Quitoco, Mariô, Lança de Ogum, Coroa de Ogum, Espada de Ogum, Canela de Macaco, Erva Grossa, Parietária, Nutamba, Alfavaquinha, Bredo, Cipó Chumbo.(Em algumas casas: Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de Romã, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba)
Símbolo Espada. (Também, em algumas casas: ferramentas, ferradura, lança e escudo)
Pontos da Natureza Estradas e Caminhos (Estradas de Ferro). O Meio da encruzilhada pertence a Ogum.
Flores Crista de Galo, cravos e palmas vermelhas.
Essências Violeta
Pedras Granada, Rubi, Sardio. (Em algumas casas: Lápis-Lazúli, Topázio Azul)
Metal Ferro (Aço e Manganês).
Saúde Coração e Glândulas Endócrinas
Planeta Marte
Dia da Semana Terça-Feira
Elemento Fogo
Chakra Umbilical
Saudação Ogum Iê
Bebida Cerveja Branca
Animais Cachorro, galo vermelho
Comidas Cará, feijão mulatinho com camarão e dendê. Manga Espada
Numero 2
Data Comemorativa 23 de Abril (13 de Junho)
Sincretismo São Jorge. (Santo Antônio na Bahia)
Incompatibilidades: Quiabo
Qualidades Tisalê, Xoroquê, Ogunjá, Onirê, Alagbede, Omini, Wari, Erotondo, Akoro Onigbe.
ATRIBUIÇÕES
Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois não se permitem uma conduta alternativa.
Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um “caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos freqüentadores das tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorporadores.
Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.
AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OGUM
Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande.
Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.
As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca “falam por trás” de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.
Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.
A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por ser Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. Não admite a fraqueza e a falta de garra.
Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de qualquer coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes, extraordinária coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as horas.
É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser musculosos e atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia nervosa que necessita ser descarregadas em qualquer atividade que não implique em desgastes físicos.
Sua vida amorosa tende a ser muito variada, sem grandes ligações perenes, mas sim superficiais e rápidas.
COZINHA RITUALÍSTICA
CARÁ COM DENDÊ E MEL
Lave um inhame em sete águas (sete vezes), depois coloque numa gamela de madeira ou alguidar. Com uma faca (obé), bem afiado, corte-o na vertical. Na banda do lado esquerdo se passa dendê e na do lado direito mel.
PALITEIRO DE OGUM
Cozinhe um Cará com casca e tudo. Coloque numa gamela de madeira ou alguidar. Espete palitos de Mariô por toda a superfície. Pode regar com dendê ou mel.
FEIJÃO MULATINHO
Cozinhe o feijão mulatinho (ou cavalo) e tempere-o com cebola refogada no dendê, coloque em um alguidar e enfeite com 7 camarões fritos no dendê.
LENDAS DE OGUM
COMO OGUM VIROU ORIXÁ
Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio em suas expedições, além de numerosos escravos. Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odúduá, seu pai, rei de Ifé.
Ogum continuou suas guerras. Durante uma delas, ele tomou Irê e matou o rei, Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei. Ele é saudado como Ogum Onirê! – “Ogum Rei de Irê!”
Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma pequena coroa, “akorô”. Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô – “Ogum dono da pequena coroa”.
Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo. Ogum tinha fome e sede. Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas. A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê, tudo acompanhado de muito vinho de palma. Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tornara-se um Orixá.
LENDA DE OGUM XOROQUÊ
Uma vez ao voltar de uma caçada não encontrou vinho de palma (ele devia estar com muita sede), e zangou-se de tal maneira que irado subiu a um monte ou montanha e Xoroquê (gritou Ferozmente ou cortou cruelmente do alto da montanha ou monte), cobrindo-se de sangue e fogo e vestiu-se somente com o mariwo, esse Ogum furioso chamado agora de Xoroquê, foi para longe para outros reinos, para as terras dos Ibos, para o Daomé, ate para o lado dos Ashantis, sempre furioso, Guerreando, lutando, invadindo e conquistando. Com um comportamento raivoso que muitos chegaram a pensar tratar-se de Exu zangado por não ter recebido suas oferendas ou que ele tivesse se transformado num Exu (talvez seja por isso que chegue a ser tratado como sendo metade exu por muitos do candomblé). Antes que ele chegasse a Ire, um Oluwo que vivia lá recomendou aos habitantes que oferecessem a Xoroquê, um Aja (cachorro), Exu (inhame), e muito vinho de palma, também recomendou que, com o corpo prostrado ao chão, em sinal de respeito recitassem o seus orikis, e tocadores tocassem em seu louvor. Sendo assim todos fizeram o que lhes havia sido recomendado só que o Rei não seguiu os conselho, e quando Xoroquê chegou foi logo matando o Rei, e antes que ele matasse a população Eles fizeram o recomendado e acalmaram Xoroquê, que se acalmou e se proclamou Rei de Ire sendo assim toda vez que Xoroquê se zanga ele sai para o mundo para guerrear e descontar sua ira chegando ate a ser considerado um Exu e quando retorna a Ire volta a sua característica de Ogum guerreiro e vitorioso Rei de Ire.
OGUM DÁ AO HOMEM O SEGREDO DO FERRO
Na Terra criada por Oxalá, em Ifé, os Orixás e os seres humanos trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole. Por isso o trabalho exigia grande esforço. Com o aumento da população de Ifé, a comida andava escassa. Era necessário plantar uma área maior. Os Orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as árvores do terreno e aumentar a área de lavoura. Ossãe, o Orixá da medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno. Mas seu facão era de metal mole e ele não foi bem sucedido. Do mesmo modo que Ossãe, todos os outros Orixás tentaram, um por um, e fracassaram na tarefa de limpar o terreno para o plantio. Ogum, que conhecia o segredo do ferro, não tinha dito nada até então. Quando todos os outros Orixás tinham fracassado, Ogum pegou seu facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno. Os Orixás, admirados, perguntaram a Ogum de que material era feito tão resistente facão. Ogum respondeu que era o ferro, um segredo recebido de Orunmilá. Os Orixás invejaram Ogum pelos benefícios que o ferro trazia, não só à agricultura, como à caça e até mesmo à guerra.
Por muito tempo os Orixás importunaram Ogum para saber do segredo do ferro, mas ele mantinha o segredo só para si. Os Orixás decidiram então oferecer-lhe o reinado em troca do que ele lhes ensinasse tudo sobre aquele metal tão resistente. Ogum aceitou a proposta. Os humanos também vieram a Ogum pedir-lhe o conhecimento do ferro. E Ogum lhes deu o conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro tiveram sua lança de ferro. Mas, apesar de Ogum ter aceitado o comendo dos Orixás, antes de mais nada ele era um caçador. Certa ocasião, saiu para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada. Quando voltou da mata, estava sujo e maltrapilho. Os Orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado. Eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do reinado. Ogum se decepcionou com os Orixás, pois, quando precisaram dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora dizem que não era digno de governá-los. Então Ogum banhou-se, vestiu-se com folhas de palmeira desfiadas, pegou suas armas e partiu.
Num lugar distante chamado Irê, construiu uma casa embaixo da arvore de Acoco e lá permaneceu. Os humanos que receberam de Ogum o segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de dezembro, celebravam a festa de Uidê Ogum. Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifícios em memória de Ogum. Ogum é o senhor do ferro para sempre.
OGUM LIVRA UM POBRE DE SEUS EXPLORADORES
Um pobre homem peregrinava por toda parte, trabalhando ora numa, ora noutra plantação. Mas os donos da terra sempre o despediam e se apoderavam de tudo o que ele construía. Um dia esse homem foi a um babalawo, que o mandou fazer um ebó na mata. Ele juntou o material e foi fazer o despacho, mas acabou fazendo tal barulho que Ogum, foi ver o que ocorria. O homem, então, deu-se conta da presença de Ogum e caiu a seus pés, implorando seu perdão por invadir a mata. Ofereceu-lhe todas as coisas boas que ali estavam. Ogum aceitou e satisfez-se com o ebó. Depois conversou com o peregrino, que lhe contou por que estava naquele lugar proibido. Falou-lhe de todos os seus infortúnios. Ogum mandou que ele desfiasse folhas de dendezeiro (mariwo), e as colocasse nas portas das casas de seus amigos, marcando assim cada casa a ser respeitada, pois naquela noite Ogum destruiria a cidade de onde vinha o peregrino. Seria destruído até o chão. E assim se fez. Ogum destruiu tudo, menos as casas protegidas pelo mariwo.
OGUM CHAMA A MORTE PARA AJUDA-LO NUMA APOSTA COM XANGÔ
Ogum e Xangô nunca se reconciliaram. Vez por outra digladiavam-se nas mais absurdas querelas. Por pura satisfação do espírito belicoso dos dois. Eram, os dois, magníficos guerreiros. Certa vez Ogum propôs a Xangô uma trégua em suas lutas, pelo menos até que a próxima lua chegasse. Xangô fez alguns gracejos, Ogum revidou, mas decidiram-se por uma aposta, continuando assim sua disputa permanente. Ogum propôs que ambos fossem a praia e recolhessem o maior número de búzios que conseguissem. Quem juntasse mais, ganharia. e quem perdesse daria ao vencedor o fruto da coleta. Puseram-se de acordo.
Ogum deixou Xangô e seguiu para a casa de Iansã, solicitando-lhe que pedisse a Iku (a morte) que fosse à praia no horário que tinha combinado com Xangô. Na manhã seguinte, Ogum e Xangô apresentaram-se na praia e imediatamente o enfrentamento começou. Cada um ia pegando os búzios que achava. Xangô cantarolava sotaques jocosos contra Ogum. Ogum, calado, continuava a coleta. O que Xangô não percebeu foi a aproximação de Iku. Ao erguer os olhos, o guerreiro deparou com a morte, que riu de seu espanto. Xangô soltou o saco da coleta, fugindo amedrontado e escondendo-se de Iku. À noite Ogum procurou Xangô, mostrando seu espólio. Xangô, envergonhado, abaixou a cabeça e entregou ao guerreiro o fruto de sua coleta.
MACUMBA!
Macumba, macumbeiro, encosto, olho gordo, mal olhado, mandinga, etc. etc. etc. São tantas as palavras para designar as más energias… e as boas energias? Não se fala Boacumba, bomcumbeiro, olho magro, bom olhado, boandinga… Essas eu realmente não ouvi.
Percebo como o homem tem um “lócus de controle externo”. Afinal, é muito mais fácil acreditar que não temos erros e que a culpa é do encosto.
- Não tenho emprego, meu chefe me persegue, minha mulher é uma bruxa, sou bêbado, os caminhos estão fechados (essa todo umbandista já ouviu). Tudo isso é culpa do tal encosto.
Poderosos esses encostos…
Nós esquecemos do nosso livre e arbítrio. Esquecemos que somos imperfeitos.
Esquecemos que erramos. Esquecemos que estamos vivos para aprender, crescer em direção ao Criador. Esquecemos que podemos errar. “Errar é humano!”. Colocar a culpa “nos outros” é feio…
Certamente existem os trabalhos feitos. As famosas macumbas – diga-se de passagem, macumba é um instrumento musical – são simplesmente “bombas” energéticas endereçadas e programadas para estourar para quem desejamos o mal.
Despachos, galinhas pretas, nome na boca do sapo, fitas amarradas nas vísceras de alguns animais. A imaginação desses “pais-de-encosto” é fértil! Haja criatividade, tempo e pessoas incautas que se prestam a pagar por esse tipo de “trabalho forte”.
Esquecem-se que a maior magia vem do coração, da alma, do pensamento. Magia é fazer orações para alguém parar de beber. É clamar por melhores condições no emprego (e claro, trabalhar também), é tentar convencer de que algo é melhor ou pior.
A magia está no pensamento, a nossa vontade. A pior “macumba” é aquele pensamento fixo em prejudicar alguém. Muito mais forte que qualquer trabalho encomendado.
Outro dia, Pai Joaquim do Cruzeiro das Almas, com seu jeito inerente a todo preto-velho, apenas disse: “Filho, cada pensamento ruim contra alguém, é como se fosse um pedaço de carvão que você pega e tenta atirar num pano limpo, que está colocado longe de você. Ao terminar de atirar várias pedras de carvão, você vai estar mais sujo que o pano.”
Em outra ocasião perguntaram a ele se macumba pegava. A resposta: “Se o pano estiver muito próximo de quem está atirando o carvão, então mais sujo ele vai ficar…”
Acho que essas palavras simples e sábias podem esclarecer o que devemos fazer para ficarmos imunes as energias de baixa freqüência.
Devemos deixar o “pano” longe do carvão. Elevar nossos pensamentos, permanecer ligados ao Grande Mestre. Trabalhar nosso “lócus de controle interno”. Reconhecer nossas limitações e tentar eliminá-las. Viver na alegria. Cantar em dias ensolarados. Correr na chuva. Rir, abraçar, beijar, sentir saudades, comemorar, sentar na praia, conversar com os amigos. Fazendo isso, estamos fazendo um trabalho forte. Um trabalho FORTE (com letras maiúsculas). Fechando nosso
corpo das “macumbas”. Quebrando trabalho de feitiçaria “braba”!
Simples não?
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
SALVE SALVE A RAINHA DO MAR ODOYA IEMANJÁ 02/02/2011
SALVE SALVE A RAINHA DO MAR ODOYA IEMANJÁ
02/02/2011
Hoje é dia de Iemanjá e, apesar de ser totalmente leiga em Umbanda e Candomblé me identifico muito com esse orixá, talvez pela adoração que eu tenho pelo mar. E, como hoje é o dia dela, deixo aqui minha homenagem!! Salve salve, Iemanjá!!
O MAR ME TRAZ PAZ DE ESPIRITO NÃO É ATOA NÃ
02/02/2011
Hoje é dia de Iemanjá e, apesar de ser totalmente leiga em Umbanda e Candomblé me identifico muito com esse orixá, talvez pela adoração que eu tenho pelo mar. E, como hoje é o dia dela, deixo aqui minha homenagem!! Salve salve, Iemanjá!!
O MAR ME TRAZ PAZ DE ESPIRITO NÃO É ATOA NÃ
É 2 de Fevereiro, é dia de Iemanjá
“Conta a tradição dos povos iorubás (atual Nigéria), que Iemanjá era a filha de Olokum, deus do mar. Em Ifé, tornou-se a esposa de Olofin-Odudua, com o qual teve dez filhos, todos orixás. De tanto amamentar seus filhos, os seios de Iemanjá tornaram-se imensos. Cansada da sua estadia em Ifé, Iemanjá fugiu na direção do “entardecer-da-terra”, como os iorubas designam o Oeste, chegando a Abeokutá. Iemanjá continuava muito bonita. Okerê propôs-lhe casamento. Ela aceitou com a condição que ele jamais ridicularizasse a imensidão dos seus seios.
Um dia, Okerê voltou para casa bêbado. Tropeçou em Iemanjá, que lhe chamou de bêbado imprestável. Okerê então gritou: “Você, com esses peitos compridos e balançantes!” Ofendida, Iemanjá fugiu. Okerê colocou seus guerreiros em perseguição e Iemanjá, vendo-se cercada, lembrou que tinha recebido de Olokum uma garrafa, com a recomendação que só abrisse em caso de necessidade. Iemanjá tropeçou e esta quebrou-se, nascendo um rio de águas tumultuadas, que levaram Iemanjá em direção ao oceano, residência de Olokum.
Okerê, tentou impedir a fuga de sua mulher e se transformou numa colina. Iemanjá, vendo bloqueado seu caminho, chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos, que lançou um raio sobre a colina Okerê, que abriu-se em duas, dando passagem para Iemanjá, que foi para o mar, ao encontro de Olokum.
Iemanjá usa roupas cobertas de pérola, tem filhos no mundo inteiro e está em todo lugar chega o mar. Seus filhos fazem oferendas para acalmá-la e agradá-la. Iemanjá, Odô Ijá (rainha das águas), nunca mais voltou para a terra. Ainda existe, na Nigéria, uma colina dividida em duas, de nome Okerê, que dá passagem ao rio Ogun, que corre para o oceano.”
Um dia, Okerê voltou para casa bêbado. Tropeçou em Iemanjá, que lhe chamou de bêbado imprestável. Okerê então gritou: “Você, com esses peitos compridos e balançantes!” Ofendida, Iemanjá fugiu. Okerê colocou seus guerreiros em perseguição e Iemanjá, vendo-se cercada, lembrou que tinha recebido de Olokum uma garrafa, com a recomendação que só abrisse em caso de necessidade. Iemanjá tropeçou e esta quebrou-se, nascendo um rio de águas tumultuadas, que levaram Iemanjá em direção ao oceano, residência de Olokum.
Okerê, tentou impedir a fuga de sua mulher e se transformou numa colina. Iemanjá, vendo bloqueado seu caminho, chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos, que lançou um raio sobre a colina Okerê, que abriu-se em duas, dando passagem para Iemanjá, que foi para o mar, ao encontro de Olokum.
Iemanjá usa roupas cobertas de pérola, tem filhos no mundo inteiro e está em todo lugar chega o mar. Seus filhos fazem oferendas para acalmá-la e agradá-la. Iemanjá, Odô Ijá (rainha das águas), nunca mais voltou para a terra. Ainda existe, na Nigéria, uma colina dividida em duas, de nome Okerê, que dá passagem ao rio Ogun, que corre para o oceano.”
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