quarta-feira, 23 de novembro de 2011
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
zé pilintra exu , malandro ou baiano
Zé Pilintra é um Baiano sim senhor, por trabalhar muito ligado a linha do descarrego, muitas pessoas confundem sua verdadeira identidade, mas o mistério continua, pois quem poderá dizer se um dia Zé Pilintra não foi um Exú?, não vou confundir você querido irmão, mas muitas entidades em seu campo evolutivo passaram de uma potência vibratória para outra, muitos Pretos Velhos ja foram Baianos, e assim vai, pois não podemos de forma alguma pensar que as entidades não estiveram presentes em outras encarnações.
Então acreditamos que baseado em muitos estudos que a vibração maior de nosso querido Zé Pilintra está no Povo da Bahia, então vamos falar um pouco dessas queridas entidades.
Os Baianos formam esta linha espíritos de pessoas que viveram no Estado da Bahia ou estados do nordeste, próximos à Bahia. Os Baianos trabalham na orientação material ou espiritual, desmancham trabalhos de magia negativa, nos ajudam no desenvolvimento mediúnico, nos assuntos e desavenças matrimoniais, nos assuntos profissionais, etc.
Os Baianos são muito comunicativos e muito brincalhões, usam bebidas alcoólicas e cigarros em seus trabalhos (não fumam os cigarros, fazem defumações com eles). O Baiano depois de um determinado período de comparecimento aos trabalhos, transforma-se em verdadeiro amigo e confidente e neles depositamos imensa confiança. A origem dos Baianos é normalmente a Quimbanda e são grandes conhecedores do que por lá é praticado. Usam hoje esses conhecimentos no combate direto as forças do mal, desmancham feitiços, quebram demandas, etc. Nunca andam sozinhos, o que os torna poderosos no combate ao mal.
Os Baianos são poderosos aliados da Umbanda e grandes amigos de seguidores ou praticantes do culto. Eles ajudarão qualquer pessoa em tudo o que for permitido praticar em nome de Deus, eles estarão sempre ao seu lado, desde que você não tenha má índole. Quando uma pessoa não é correta e os procura pedindo ajuda, vão ouvir deles o que não gostam de ouvir. Baiano não tem osso na língua, o que ele tiver que falar a uma pessoa, ele o fará, goste a pessoa ou não. O objetivo dessa conduta é apenas um, ajudar aos homens a andar direito na vida. Baiano de terreiro, como é chamado, "não pactua com vagabundos". Ao menos os Baianos verdadeiros agem dessa forma, não fazem conchavos de qualquer espécie.
A Linha dos Baianos sempre foi para nós de um valor imenso, a amizade que sempre demonstraram, os puxões de orelha que sempre nos deram na hora certa, corrigindo nossos defeitos e nossa conduta e as provas que sempre nos deram, sempre aumentaram a nossa fé, enfim: aos Baianos devemos muito.
Entre eles, existe uma amizade muito grande, um é irmão do outro. A Linha dos Baianos não é propriamente só dos Baianos. Os espíritos com conhecimentos de magia que viveram nos estados do nordeste também comparecem na linha dos Baianos, embora não tenham vivido sempre na Bahia.
Como exemplo, há alguns anos foi trazido a um trabalho de Baianos, uma entidade que se apresentou como Salustiano, nitidamente um espírito de evolução mais baixa, que informou ter sido um cangaceiro, nascido na cidade de Exu, em Pernambuco. Porém, essa entidade embora não seja um baiano de origem, trabalha no meio deles e deixou isso claro cantando o seguinte ponto:
“O meu pai foi do tumbeiro e me criou lá no cangaço,
Na cidade de Exú terra que dá muito macho
Me chamo Salustiano e eu sei bem o que faço
É na linha de Baiano, vim aqui corta embaraço”
Essa é a prova que nem todo Baiano que se apresenta como tal, viveu na Bahia, podem ser pernambucanos, alagoanos, cearenses, etc. Uma coisa só lhes é peculiar: todos eles quando encarnados eram praticantes da magia negativa. Hoje usam esses conhecimentos para combater o mal, valendo-se da inversão dos pólos.
Consideramos a linha dos Baianos, não somente uma linha de trabalhadores amigos mas sim, uma das linhas mais fortes que existe na Umbanda. Não conhecemos feitiço que não desmanchassem, não constatamos situação que não resolvessem.
Então acreditamos que baseado em muitos estudos que a vibração maior de nosso querido Zé Pilintra está no Povo da Bahia, então vamos falar um pouco dessas queridas entidades.
Os Baianos formam esta linha espíritos de pessoas que viveram no Estado da Bahia ou estados do nordeste, próximos à Bahia. Os Baianos trabalham na orientação material ou espiritual, desmancham trabalhos de magia negativa, nos ajudam no desenvolvimento mediúnico, nos assuntos e desavenças matrimoniais, nos assuntos profissionais, etc.
Os Baianos são muito comunicativos e muito brincalhões, usam bebidas alcoólicas e cigarros em seus trabalhos (não fumam os cigarros, fazem defumações com eles). O Baiano depois de um determinado período de comparecimento aos trabalhos, transforma-se em verdadeiro amigo e confidente e neles depositamos imensa confiança. A origem dos Baianos é normalmente a Quimbanda e são grandes conhecedores do que por lá é praticado. Usam hoje esses conhecimentos no combate direto as forças do mal, desmancham feitiços, quebram demandas, etc. Nunca andam sozinhos, o que os torna poderosos no combate ao mal.
Os Baianos são poderosos aliados da Umbanda e grandes amigos de seguidores ou praticantes do culto. Eles ajudarão qualquer pessoa em tudo o que for permitido praticar em nome de Deus, eles estarão sempre ao seu lado, desde que você não tenha má índole. Quando uma pessoa não é correta e os procura pedindo ajuda, vão ouvir deles o que não gostam de ouvir. Baiano não tem osso na língua, o que ele tiver que falar a uma pessoa, ele o fará, goste a pessoa ou não. O objetivo dessa conduta é apenas um, ajudar aos homens a andar direito na vida. Baiano de terreiro, como é chamado, "não pactua com vagabundos". Ao menos os Baianos verdadeiros agem dessa forma, não fazem conchavos de qualquer espécie.
A Linha dos Baianos sempre foi para nós de um valor imenso, a amizade que sempre demonstraram, os puxões de orelha que sempre nos deram na hora certa, corrigindo nossos defeitos e nossa conduta e as provas que sempre nos deram, sempre aumentaram a nossa fé, enfim: aos Baianos devemos muito.
Entre eles, existe uma amizade muito grande, um é irmão do outro. A Linha dos Baianos não é propriamente só dos Baianos. Os espíritos com conhecimentos de magia que viveram nos estados do nordeste também comparecem na linha dos Baianos, embora não tenham vivido sempre na Bahia.
Como exemplo, há alguns anos foi trazido a um trabalho de Baianos, uma entidade que se apresentou como Salustiano, nitidamente um espírito de evolução mais baixa, que informou ter sido um cangaceiro, nascido na cidade de Exu, em Pernambuco. Porém, essa entidade embora não seja um baiano de origem, trabalha no meio deles e deixou isso claro cantando o seguinte ponto:
“O meu pai foi do tumbeiro e me criou lá no cangaço,
Na cidade de Exú terra que dá muito macho
Me chamo Salustiano e eu sei bem o que faço
É na linha de Baiano, vim aqui corta embaraço”
Essa é a prova que nem todo Baiano que se apresenta como tal, viveu na Bahia, podem ser pernambucanos, alagoanos, cearenses, etc. Uma coisa só lhes é peculiar: todos eles quando encarnados eram praticantes da magia negativa. Hoje usam esses conhecimentos para combater o mal, valendo-se da inversão dos pólos.
Consideramos a linha dos Baianos, não somente uma linha de trabalhadores amigos mas sim, uma das linhas mais fortes que existe na Umbanda. Não conhecemos feitiço que não desmanchassem, não constatamos situação que não resolvessem.
a magia na umbanda
A umbanda é magia: magia não é privilégio de ninguém. Magia é a arte de manipular a natureza criando campos de força. E é exatamente isso que fazem os Guias nos Templos Umbandistas. Juntam elementos para criar, desde um simples patuá, até uma enorme energia positiva para destruir outra da mesma intensidade, criada por espíritos malignos. Magia não tem receituário nem dicionário. Magia é magia. Apenas é lamentável o mau uso do termo magia.
Todas as pessoas que trabalham na Umbanda são pequenos magos. Uns conscientes e outros inconscientes, mas, direta ou indiretamente, praticam a magia. Por ignorância tem gente matando cabritos, comendo carne crua e alguns, pasmem, praticando a magia do sexo, esta a mais burra e inexistente magia. São pessoas desorientadas e pervertidas usando o nome da magia para saciar seus instintos grotescos. Isto nada tem a ver com a verdadeira magia e muito menos com a Umbanda. Os Guias são sábios magiadores do BEM.
Magia do álcool
A cachaça, o vinho, a cerveja e etc..., têm função magística. No plano astral, servem para fins que fogem, na maioria das vezes, completamente à nossa compreensão. Pela volatilidade do álcool, apresenta eterização para desintegrar morbos e campos de forças mais densos. Espírito não vem no terreiro para beber. Um Exu Senhor Tranca Ruas das Almas, inquirido sobre a necessidade do espírito beber respondeu: - “se quisesse beber não viria nos terreiros. Iria freqüentar os bares onde vivem os alcoólatras e lá arranjaria um copo-vivo (ermo usado para aqueles que são dominados por espíritos viciados em bebida).
Aqui vale um ensinamento. No mundo espiritual existe o principio da lei dos semelhantes, ou seja, o semelhante atrai o semelhante. Todo homem embriagado quase sempre está acompanhado de um espírito semelhante. O grande problema é que, como o espírito não pode ingerir a bebida, ele aspira, para sua satisfação, a emanação do álcool, razão pela qual o bêbado (copo-vivo), ingere enormes quantidades de bebida. Uma parte para ele e outra para o espírito. Interessante que esses espíritos protegem o seu doador, bem como nós fazemos com o copo que nos serve para beber água, mas quando não mais lhe serve, abandona a criatura em estado deplorável.
Magia da fumaça
Todas as religiões do mundo usam a fumaça como depurador das energias. A defumação é sagrada e consagrada pelo mundo inteiro, desde os monges tibetanos até os padres católicos. O turíbulo do Guia é o charuto, o cachimbo ou o cigarro.... Faz parte da cultura indígena e, por extensão, da umbanda. Não devemos confundir a fumaça do charuto com a defumação através de ervas ou bastões cheirosos. Ambos têm funções importantes na religião, mas são usados de forma diferente. Não devemos esquecer os vários tipos de fumaça usadas pelos espíritos. Além do charuto, o cachimbo do preto-velho, o cigarro comum das pombas-gira e alguns exus, também produzem o mesmo efeito.
Aqui cabe a mesma consideração, espíritos guias não fumam. A fumaça que se eteriza é que tem função magística...
Magia do som e do movimento
A música foi feita para as pessoas se amarem. O som mexe nossos sentimentos. E também fazia parte da cultura dos índios. É um mântra. Mas não é só isso. O som repercute no éter. Ele vibra. A fala mansa domina e a fala grosseira irrita. Ele tem um equilíbrio, regulando nossas emoções. Quando ouvimos uma música forte, sentimos força interior. Ficamos mansos e dóceis ao som de uma música suave. Quem não se lembra da suavidade da canção de ninar docemente cantadas por nossas mães? E quem não se lembra dos sustos e medos passados na infância por gritos histéricos de alguém? Imaginem estarmos sentados à beira de um rio, olhos fechados, ouvindo o gostoso barulho da água formando pequenas marolas, ainda premiado com o canto de um sabiá e outros pássaros e uma pequena brisa nos refrescando. É um sentimento ligado ao som e ao movimento. Agora estamos voltando para casa. Os carros em sentido contrário fazendo o ruído na janela, a buzina dos apressados motoristas tentando a ultrapassagem, com o som ligado em volume máximo, tocando um pagode imoral desses conjuntos comerciais ou as barulhentas guitarras dessas bandas histéricas. Nossas emoções, com certeza, serão diferentes.
O movimento tem o mesmo efeito do som. Reparem que um andar seguro, calmo e firme transmite uma personalidade segura. Um andar desordenado e atabalhoado agita as energias em sua volta. Vejam um exército marchando. O garbo dos soldados emociona a todos. Falei do andar. E a dança! Quantos efeitos ela causa. Quando se fala em espiritualidade nosso parâmetro é Jesus Cristo. Jesus era um homem sereno, de andar firme, gestos harmoniosos e voz suave, pausada e clara, o que em absoluto me faz pensar fosse um homem triste. Ao contrário, imagino tenha sido um homem levando sempre um sorriso a todos, mas nunca deve ter dado uma gargalhada. Nas suas caminhadas não devia cansar, pois seus passos deveriam ser firmes e uniformes, sem jamais correr. Se alguém me perguntasse qual o movimento mais equilibrado que pudesse conceber, responderia, sem hesitação: o levantar do braço de Jesus Cristo acompanhado de sua firme voz.
Assim devem ser os Pontos Cantados e as danças na Umbanda. Se os pontos não forem cantados dentro da sua harmonia, com a mentalização sagrada e religiosa de quem vibra mentalmente nas irradiações dos Orixás e Guias, se tornam um amontoado de sons, sem repercussão magística. É necessário que os pontos sejam mântras, cantados com respeito, amor e vibração. Não se trata de formar um coral ou de se fazer uma apresentação vocal. Trata-se de concentração, respeito e amor naquilo que se está fazendo: invocando, louvando e irradiando caritativamente as vibrações sagradas ou Guias de Trabalho da Umbanda.
O mesmo podemos dizer da dança, que deve ser invocatória, harmonizada pelos gestos às vibrações invocadas. Isto acontece na maioria dos ritos religiosos, principalmente no Oriente. Canto e dança no louvor e invocação do sagrado.
Magia da guia
A guia é um elemento de ligação entre o médium e o espírito ou vibração. Imanta-se um campo de força nela centralizado, criando uma eficiente proteção contra eventuais energias negativas.
Ela se torna um pára-raios, ou melhor, um pára-energias. Às vezes ela arrebenta pela atração de energias negativas e forte. Essa pequena guia serve para o médium, como para invocar e atrair energia negativas, num ato de caridade em relação aos outros. Elas devem ser fechadas com duas firmas que concentram a polaridade positiva e negativa. Poderão ter, presas, uma cruz de aço, ou outro emblema ou ponto riscado dado pelo seu Guia, ou Guia da casa em que você trabalha.
A guia deve ser feita de acordo com a vontade do Guia que a solicite. Guia não é colar e, muito menos, enfeite. Existem vários tipos de guias. As guias dos orixás do médium, que são feitas com contas da cor cultuada pelo terreiro. São contas de cristal ou louça, e suas miçangas podem ser distribuídas com bom gosto. Mas jamais exageradas ou grande. Deve ser usada pendurada no pescoço e nunca atravessada no ombro, pois isto é coisa para quem tem cargo e assim é determinado. Atravessar Guia simboliza chefia. As guias podem conter sementes de capiá, também conhecida como lágrimas-de-Nossa-Senhora, outras sementes como coronha (olho-de-boi), bambús, olho de caboclo, conchas e outros elementos marítimos e até penas coloridas, tudo de acordo com a solicitação da entidade, autorização do Templo e conforme a sua origem.
Os pretos-velho, normalmente, são mais simples em suas guias. Gostam de muita simplicidade e preferem a guia inteira de sementes de capiá e poucos elementos.
Magia do ponto riscado
A sagrada grafia dos orixás serve para identificar o espírito comunicante, para chamar falanges e construir campos de força.
Através do Ponto riscado a Entidade se identifica e cria o campo energético de trabalho da sua vibração. Quando uma Entidade risca o ponto ele exerce uma atividade magística de identificação, para o campo astral, de suas ordens e comandos de trabalho (se identifica), pede licença para trabalhar dentro dessa vibração e mantém o pólo magnetizador que atrai energias pesadas, neutralizando-as e envia energias saudáveis ao consulente.
Os Pontos riscados são também usados na invocação das Vibrações dos Orixás e para a formação das Mandalas magísticas de trabalho em prol da caridade.
Magia do ponteiro
Os antigos magistas já usavam a espada como elemento de grande importância em seus trabalhos de magia. Na verdade a ponta do aço é usada para explodir campos negativos de forças. Quando fincado, ele firma a magia, ou seja, firma o ponto. Todos os espíritos, na umbanda, fazem uso do ponteiro. É difícil identificar suas intenções quando "batem os ponteiros". Mas batem, e batem muito bem.
Magia do Templo Umbandista
O Templo Umbandista é a casa santa dos umbandistas. Nele se concentram todas as energias dos Orixás e Guias. Suas firmezas, o Congá, o Santuário, a Casa dos Exus, o respeito dos freqüentadores.
É o lugar onde cultuamos e desenvolvemos nossa espiritualidade através do emocionante encontro com o mundo dos espíritos, o outro lado da vida, a nossa Aruanda.
Magia da Disciplina e da Hierarquia
Uma pessoa muito culta me disse um dia: "gostei muito da Umbanda. Lá todos são deuses, ou seja, todos têm condição de fazer o milagre." A hierarquia na umbanda é respeitadíssima por todos os participantes. O pai (Babalorixá) dita as regras e a filosofia da casa, os pais e mães-pequenos são seus auxiliares diretos, as Ekédis cuidam da gira e dos médiuns e os ogans cuidam da disciplina e do conjunto de instrumentos usados no terreiro. Sobre a obediência à hierarquia o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse: quem não sabe obedecer, jamais poderá mandar. Este conjunto de respeito forma a união e a integridade mágica da casa espiritualista de Umbanda. Sem disciplina rígida e séria uma Casa de Umbanda não prossegue seu trabalho sob os auspícios da Espiritualidade Superior. O que parece, às vezes, exagero do Pai ou Pais e Mães pequenos no sentido da manutenção da disciplina, do respeito ao terreiro e aos Guias, do respeito à hierarquia constituída, da não permissão de fofocas ou conversas fúteis, constitui-se, na verdade, no grande para-raio ou entrave à entrada de espíritos obsessores, zombeteiros, mistificadores que, em nome de uma suposta caridade sentimentalóide e adocicada, atuam criando confusões, brigas, desentendimentos, desânimos e queda da Casa Umbandista. Todo cuidado é pouco. Não importa que agrade ou desagrade. Quem tem o espírito de amor e busca um Templo sério e a verdadeira espiritualidade, que conduz à evolução, compreende, adere. Caso contrário, é melhor que fique de fora da corrente, pois o orgulho, a vaidade e a ignorância são instrumentos nas mãos dos inimigos invisíveis para a produção de parada ou desmoralização de um Grupo Espiritualista.
Diz André Luiz, pelo médium Chico Xavier que : "Caridade sem disciplina é perda de tempo".
A corrente é a grande força do Templo Umbandista. Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo. Tudo gira em torno dela. Se um elo dessa corrente estiver fraco, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a essa casa espiritual. Devemos sempre lembrar: "Ninguém é tão forte como todos nós juntos".
Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina tem que ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia. O membro da Corrente que não se sinta inserido nesse campo de atividade de acordo com as normas da Casa deve se afastar, pois será melhor para ele, e evitar-se-ão problemas futuros, bem como a possibilidade de entrada de quiumbas por tele-mentalização nesses médiuns desavisados.
Magia do Congá
O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.
É Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.
É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes.
É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.
É Expansor pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.
É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.
É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).
O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão da espiritualidade.
Todas as pessoas que trabalham na Umbanda são pequenos magos. Uns conscientes e outros inconscientes, mas, direta ou indiretamente, praticam a magia. Por ignorância tem gente matando cabritos, comendo carne crua e alguns, pasmem, praticando a magia do sexo, esta a mais burra e inexistente magia. São pessoas desorientadas e pervertidas usando o nome da magia para saciar seus instintos grotescos. Isto nada tem a ver com a verdadeira magia e muito menos com a Umbanda. Os Guias são sábios magiadores do BEM.
Magia do álcool
A cachaça, o vinho, a cerveja e etc..., têm função magística. No plano astral, servem para fins que fogem, na maioria das vezes, completamente à nossa compreensão. Pela volatilidade do álcool, apresenta eterização para desintegrar morbos e campos de forças mais densos. Espírito não vem no terreiro para beber. Um Exu Senhor Tranca Ruas das Almas, inquirido sobre a necessidade do espírito beber respondeu: - “se quisesse beber não viria nos terreiros. Iria freqüentar os bares onde vivem os alcoólatras e lá arranjaria um copo-vivo (ermo usado para aqueles que são dominados por espíritos viciados em bebida).
Aqui vale um ensinamento. No mundo espiritual existe o principio da lei dos semelhantes, ou seja, o semelhante atrai o semelhante. Todo homem embriagado quase sempre está acompanhado de um espírito semelhante. O grande problema é que, como o espírito não pode ingerir a bebida, ele aspira, para sua satisfação, a emanação do álcool, razão pela qual o bêbado (copo-vivo), ingere enormes quantidades de bebida. Uma parte para ele e outra para o espírito. Interessante que esses espíritos protegem o seu doador, bem como nós fazemos com o copo que nos serve para beber água, mas quando não mais lhe serve, abandona a criatura em estado deplorável.
Magia da fumaça
Todas as religiões do mundo usam a fumaça como depurador das energias. A defumação é sagrada e consagrada pelo mundo inteiro, desde os monges tibetanos até os padres católicos. O turíbulo do Guia é o charuto, o cachimbo ou o cigarro.... Faz parte da cultura indígena e, por extensão, da umbanda. Não devemos confundir a fumaça do charuto com a defumação através de ervas ou bastões cheirosos. Ambos têm funções importantes na religião, mas são usados de forma diferente. Não devemos esquecer os vários tipos de fumaça usadas pelos espíritos. Além do charuto, o cachimbo do preto-velho, o cigarro comum das pombas-gira e alguns exus, também produzem o mesmo efeito.
Aqui cabe a mesma consideração, espíritos guias não fumam. A fumaça que se eteriza é que tem função magística...
Magia do som e do movimento
A música foi feita para as pessoas se amarem. O som mexe nossos sentimentos. E também fazia parte da cultura dos índios. É um mântra. Mas não é só isso. O som repercute no éter. Ele vibra. A fala mansa domina e a fala grosseira irrita. Ele tem um equilíbrio, regulando nossas emoções. Quando ouvimos uma música forte, sentimos força interior. Ficamos mansos e dóceis ao som de uma música suave. Quem não se lembra da suavidade da canção de ninar docemente cantadas por nossas mães? E quem não se lembra dos sustos e medos passados na infância por gritos histéricos de alguém? Imaginem estarmos sentados à beira de um rio, olhos fechados, ouvindo o gostoso barulho da água formando pequenas marolas, ainda premiado com o canto de um sabiá e outros pássaros e uma pequena brisa nos refrescando. É um sentimento ligado ao som e ao movimento. Agora estamos voltando para casa. Os carros em sentido contrário fazendo o ruído na janela, a buzina dos apressados motoristas tentando a ultrapassagem, com o som ligado em volume máximo, tocando um pagode imoral desses conjuntos comerciais ou as barulhentas guitarras dessas bandas histéricas. Nossas emoções, com certeza, serão diferentes.
O movimento tem o mesmo efeito do som. Reparem que um andar seguro, calmo e firme transmite uma personalidade segura. Um andar desordenado e atabalhoado agita as energias em sua volta. Vejam um exército marchando. O garbo dos soldados emociona a todos. Falei do andar. E a dança! Quantos efeitos ela causa. Quando se fala em espiritualidade nosso parâmetro é Jesus Cristo. Jesus era um homem sereno, de andar firme, gestos harmoniosos e voz suave, pausada e clara, o que em absoluto me faz pensar fosse um homem triste. Ao contrário, imagino tenha sido um homem levando sempre um sorriso a todos, mas nunca deve ter dado uma gargalhada. Nas suas caminhadas não devia cansar, pois seus passos deveriam ser firmes e uniformes, sem jamais correr. Se alguém me perguntasse qual o movimento mais equilibrado que pudesse conceber, responderia, sem hesitação: o levantar do braço de Jesus Cristo acompanhado de sua firme voz.
Assim devem ser os Pontos Cantados e as danças na Umbanda. Se os pontos não forem cantados dentro da sua harmonia, com a mentalização sagrada e religiosa de quem vibra mentalmente nas irradiações dos Orixás e Guias, se tornam um amontoado de sons, sem repercussão magística. É necessário que os pontos sejam mântras, cantados com respeito, amor e vibração. Não se trata de formar um coral ou de se fazer uma apresentação vocal. Trata-se de concentração, respeito e amor naquilo que se está fazendo: invocando, louvando e irradiando caritativamente as vibrações sagradas ou Guias de Trabalho da Umbanda.
O mesmo podemos dizer da dança, que deve ser invocatória, harmonizada pelos gestos às vibrações invocadas. Isto acontece na maioria dos ritos religiosos, principalmente no Oriente. Canto e dança no louvor e invocação do sagrado.
Magia da guia
A guia é um elemento de ligação entre o médium e o espírito ou vibração. Imanta-se um campo de força nela centralizado, criando uma eficiente proteção contra eventuais energias negativas.
Ela se torna um pára-raios, ou melhor, um pára-energias. Às vezes ela arrebenta pela atração de energias negativas e forte. Essa pequena guia serve para o médium, como para invocar e atrair energia negativas, num ato de caridade em relação aos outros. Elas devem ser fechadas com duas firmas que concentram a polaridade positiva e negativa. Poderão ter, presas, uma cruz de aço, ou outro emblema ou ponto riscado dado pelo seu Guia, ou Guia da casa em que você trabalha.
A guia deve ser feita de acordo com a vontade do Guia que a solicite. Guia não é colar e, muito menos, enfeite. Existem vários tipos de guias. As guias dos orixás do médium, que são feitas com contas da cor cultuada pelo terreiro. São contas de cristal ou louça, e suas miçangas podem ser distribuídas com bom gosto. Mas jamais exageradas ou grande. Deve ser usada pendurada no pescoço e nunca atravessada no ombro, pois isto é coisa para quem tem cargo e assim é determinado. Atravessar Guia simboliza chefia. As guias podem conter sementes de capiá, também conhecida como lágrimas-de-Nossa-Senhora, outras sementes como coronha (olho-de-boi), bambús, olho de caboclo, conchas e outros elementos marítimos e até penas coloridas, tudo de acordo com a solicitação da entidade, autorização do Templo e conforme a sua origem.
Os pretos-velho, normalmente, são mais simples em suas guias. Gostam de muita simplicidade e preferem a guia inteira de sementes de capiá e poucos elementos.
Magia do ponto riscado
A sagrada grafia dos orixás serve para identificar o espírito comunicante, para chamar falanges e construir campos de força.
Através do Ponto riscado a Entidade se identifica e cria o campo energético de trabalho da sua vibração. Quando uma Entidade risca o ponto ele exerce uma atividade magística de identificação, para o campo astral, de suas ordens e comandos de trabalho (se identifica), pede licença para trabalhar dentro dessa vibração e mantém o pólo magnetizador que atrai energias pesadas, neutralizando-as e envia energias saudáveis ao consulente.
Os Pontos riscados são também usados na invocação das Vibrações dos Orixás e para a formação das Mandalas magísticas de trabalho em prol da caridade.
Magia do ponteiro
Os antigos magistas já usavam a espada como elemento de grande importância em seus trabalhos de magia. Na verdade a ponta do aço é usada para explodir campos negativos de forças. Quando fincado, ele firma a magia, ou seja, firma o ponto. Todos os espíritos, na umbanda, fazem uso do ponteiro. É difícil identificar suas intenções quando "batem os ponteiros". Mas batem, e batem muito bem.
Magia do Templo Umbandista
O Templo Umbandista é a casa santa dos umbandistas. Nele se concentram todas as energias dos Orixás e Guias. Suas firmezas, o Congá, o Santuário, a Casa dos Exus, o respeito dos freqüentadores.
É o lugar onde cultuamos e desenvolvemos nossa espiritualidade através do emocionante encontro com o mundo dos espíritos, o outro lado da vida, a nossa Aruanda.
Magia da Disciplina e da Hierarquia
Uma pessoa muito culta me disse um dia: "gostei muito da Umbanda. Lá todos são deuses, ou seja, todos têm condição de fazer o milagre." A hierarquia na umbanda é respeitadíssima por todos os participantes. O pai (Babalorixá) dita as regras e a filosofia da casa, os pais e mães-pequenos são seus auxiliares diretos, as Ekédis cuidam da gira e dos médiuns e os ogans cuidam da disciplina e do conjunto de instrumentos usados no terreiro. Sobre a obediência à hierarquia o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse: quem não sabe obedecer, jamais poderá mandar. Este conjunto de respeito forma a união e a integridade mágica da casa espiritualista de Umbanda. Sem disciplina rígida e séria uma Casa de Umbanda não prossegue seu trabalho sob os auspícios da Espiritualidade Superior. O que parece, às vezes, exagero do Pai ou Pais e Mães pequenos no sentido da manutenção da disciplina, do respeito ao terreiro e aos Guias, do respeito à hierarquia constituída, da não permissão de fofocas ou conversas fúteis, constitui-se, na verdade, no grande para-raio ou entrave à entrada de espíritos obsessores, zombeteiros, mistificadores que, em nome de uma suposta caridade sentimentalóide e adocicada, atuam criando confusões, brigas, desentendimentos, desânimos e queda da Casa Umbandista. Todo cuidado é pouco. Não importa que agrade ou desagrade. Quem tem o espírito de amor e busca um Templo sério e a verdadeira espiritualidade, que conduz à evolução, compreende, adere. Caso contrário, é melhor que fique de fora da corrente, pois o orgulho, a vaidade e a ignorância são instrumentos nas mãos dos inimigos invisíveis para a produção de parada ou desmoralização de um Grupo Espiritualista.
Diz André Luiz, pelo médium Chico Xavier que : "Caridade sem disciplina é perda de tempo".
A corrente é a grande força do Templo Umbandista. Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo. Tudo gira em torno dela. Se um elo dessa corrente estiver fraco, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a essa casa espiritual. Devemos sempre lembrar: "Ninguém é tão forte como todos nós juntos".
Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina tem que ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia. O membro da Corrente que não se sinta inserido nesse campo de atividade de acordo com as normas da Casa deve se afastar, pois será melhor para ele, e evitar-se-ão problemas futuros, bem como a possibilidade de entrada de quiumbas por tele-mentalização nesses médiuns desavisados.
Magia do Congá
O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.
É Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.
É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes.
É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.
É Expansor pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.
É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.
É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).
O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão da espiritualidade.
sábado, 16 de julho de 2011
Lição de Exu
Em um dia agitado em todo mundo, Exu rondava e visitava os seus filhos que haviam se esquecido dos aliados do plano espiritual, quando se deparou-se com uma situação muito interessante.Era um filho seu que não havia esquecido o pai, porém, estava revoltado e decidido a blasfemar o quanto pudesse a quem um dia o ajudara tanto. Esse filho estava tão revoltado que gritava aos quatro cantos, que Exu decidiu parar ali e ouvir as palavras do mesmo. O homem gritava o seguinte:
-Foi Exu! É tudo culpa daquele demônio dos infernos!!! Eu o servi durante anos como um escravo e veja hoje a minha situação; não tenho família, dinheiro, amigos e nem mesmo um teto para morar. Não caiam na tentação do demônio. Ele lhes prometerá muitas coisas, mais no final, nada fará por vocês!
E ele continuou durante horas a blasfemar a quem tanto o ajudara num passado recente, e só parou quando viu a Magestosa figura do Guardião das Encruzas a sua frente que Indagou-o:
-Por que essa revolta homem?
Respondeu o homem com outra indagação:
-Porque fez isso comigo? Porque me deixaste chegar a esse Ponto?
E Exu explicou:
-Não fui eu que o deixei chegar a esse ponto! Foi você que se Jogou nessa lama onde hoje se encontra! Lembre-se que errou querendo fazer fortuna com um dom que lhe foi concedido para auxiliar o próximo. Lembre-se que nada além da paz e satisfação espiritual foi lhe prometido. E eu também lhe disse que a estabilidade material só viria após a maturidade espiritual.
Respondeu o homem em prantos:
-Sim! Sei que Errei! Mas sei também que vós errou junto a mim, pois quando eu lhe enviava algum pensamento ou pedido de má fé, o senhor não me dizia se eu estava certo ou errado!
E Exu após uma gargalhada retrucou:
-Eu nunca lhe disse se estava certo ou errado, porque não existe certo ou errado, bom ou ruim! Existe spenas aquilo que é justo. Eu sou Exu e Trabalho em harmonia com o universo. Eu não sou bom e nem ruim. Eu não sou certo e nem errado...sou Apenas justo! Você fez muito mal a muitos que o procuraram buscando Auxílio, e por isso se encontra assim Hoje. Você não procurou a paz de espírito e apenas visou a abonança material que como eu já o havia alertado, só viria após uma maturidade espiritual, que por sua vez, dependia de sua paz de espírito que só viria com a caridade e compaixão ao próximo. Você sabia de tudo Isso, porém, preferiu seguir um caminho mais longo e doloroso. Eu não interferi em nenhum momento, pois se assim o fizesse, estaria eu influindo no seu livre arbitrio.
Implorou o homem já caído ao chão sem forças após tanto chorar:
-Tudo bem! Agora compreendo que para estar bem é preciso querer bem a todos a nossa volta, e não somente o nosso. Mas Agora que entendi, por favor, Ajude-me, esteja ao meu lado e reerga-me com todo seu Axé?!
E Exu com uma nova gargalhada exclamou:
-Nunca deixei de estar ao teu lado! Nunca lhe neguei a mão! Foi você quem virou-me as costas e desistiu de viver. Para se reerguer, basta se levantar e continuar sua jornada honestamente! E se assim o fizer, sempre que precisar eu serei justo e o ajudarei. Porém, se novamente errar...novamente serei justo e o punirei!!!nnnnn
-Foi Exu! É tudo culpa daquele demônio dos infernos!!! Eu o servi durante anos como um escravo e veja hoje a minha situação; não tenho família, dinheiro, amigos e nem mesmo um teto para morar. Não caiam na tentação do demônio. Ele lhes prometerá muitas coisas, mais no final, nada fará por vocês!
E ele continuou durante horas a blasfemar a quem tanto o ajudara num passado recente, e só parou quando viu a Magestosa figura do Guardião das Encruzas a sua frente que Indagou-o:
-Por que essa revolta homem?
Respondeu o homem com outra indagação:
-Porque fez isso comigo? Porque me deixaste chegar a esse Ponto?
E Exu explicou:
-Não fui eu que o deixei chegar a esse ponto! Foi você que se Jogou nessa lama onde hoje se encontra! Lembre-se que errou querendo fazer fortuna com um dom que lhe foi concedido para auxiliar o próximo. Lembre-se que nada além da paz e satisfação espiritual foi lhe prometido. E eu também lhe disse que a estabilidade material só viria após a maturidade espiritual.
Respondeu o homem em prantos:
-Sim! Sei que Errei! Mas sei também que vós errou junto a mim, pois quando eu lhe enviava algum pensamento ou pedido de má fé, o senhor não me dizia se eu estava certo ou errado!
E Exu após uma gargalhada retrucou:
-Eu nunca lhe disse se estava certo ou errado, porque não existe certo ou errado, bom ou ruim! Existe spenas aquilo que é justo. Eu sou Exu e Trabalho em harmonia com o universo. Eu não sou bom e nem ruim. Eu não sou certo e nem errado...sou Apenas justo! Você fez muito mal a muitos que o procuraram buscando Auxílio, e por isso se encontra assim Hoje. Você não procurou a paz de espírito e apenas visou a abonança material que como eu já o havia alertado, só viria após uma maturidade espiritual, que por sua vez, dependia de sua paz de espírito que só viria com a caridade e compaixão ao próximo. Você sabia de tudo Isso, porém, preferiu seguir um caminho mais longo e doloroso. Eu não interferi em nenhum momento, pois se assim o fizesse, estaria eu influindo no seu livre arbitrio.
Implorou o homem já caído ao chão sem forças após tanto chorar:
-Tudo bem! Agora compreendo que para estar bem é preciso querer bem a todos a nossa volta, e não somente o nosso. Mas Agora que entendi, por favor, Ajude-me, esteja ao meu lado e reerga-me com todo seu Axé?!
E Exu com uma nova gargalhada exclamou:
-Nunca deixei de estar ao teu lado! Nunca lhe neguei a mão! Foi você quem virou-me as costas e desistiu de viver. Para se reerguer, basta se levantar e continuar sua jornada honestamente! E se assim o fizer, sempre que precisar eu serei justo e o ajudarei. Porém, se novamente errar...novamente serei justo e o punirei!!!nnnnn
sábado, 2 de julho de 2011
exus
sarava abao Pai Omolu, com licença Seu Exu joão Caveira e suas falanges para que através deste trabalho e da minha vivência possa eu aqui transmitir com este artigo alguns pontos da lei de quimbanda e dos seus queridos filhos a meus irmãos.
A quimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos cultos afro-brasileiros; suas influências não são somente bantu, nagô e yorubá. Também abrangem em larga escala vários aspectos da religião indígena, católica, o espiritismo moderno, a alquimia e mesmo o estudo da natureza fundamental da realidade e correntes orientais.
É importante lembrar que apesar de existir o sincretismo entre exu e o diabo os Exus são intermediários entre os orixás e os homens! Quanta confusão se faz com eles. Quantos lhe confundem, sem ao menos o conhecerem. Consta na 3º lei de Newton: "a toda ação corresponde uma reação igual, de mesma direção e sentido contrário". E como se Newton falava de exu quando formulou sua lei, pois ele é a reação! Ele é o sentido contrário! Ele é a força que equilibra e mantém a todos que o invocam no caminho de evolução!
O equilíbrio é alcançado quando conseguimos nos sobrepor às dificuldades pela vontade e aproveitamento das influências astrais ritualísticas. É fato que sem a ignorância não se chegaria ao conhecimento, sem a dor não se chegaria à cura e sem as trevas não se chegaria a luz. Exu é o momento inicial de tudo, onde a falta de conhecimento é superada pela evolução e então aparecem as soluções para os males.
Mas o Exu não é o diabo como muitos afirmam. Ele não é o sofrimento e nem a solidão. Ele é o vento, é o sorriso, é a rebeldia, é a luta pela vitória. Ele é a própria vitória e a alegria por tê-la conseguido. Ele é o trabalho e a evolução, é o respeito e a admiração. É a elegância, a arrogância, a cortesia, a gentileza, a dolência, a malemolência, a malandragem, é até mesmo o trabalho. Enfim ele é, o que se pedir para ele ser. Ele é o limiar da espiritualidade com a humanidade. Ele entende aos dois. Ele chora com a tristeza do filho e ri com a sua vitória. Ele bebe, ele fuma, ele dança, ele é a festa. Ele é exatamente como gostaríamos de ser ou já somos. Nos momentos de trabalho, trabalhamos; nas festas dançamos, sorrimos, nos alegramos somos e nos consideramos demônios ou diabos quando necessário ou para todo o sempre são os exus.
A pomba-gira, é a manifestação feminina do exu. São mulheres maravilhosas, que admiram a beleza, a festa e a música. Do ponto de vista da quimbanda, exu é entidade, não é divindade. Exu e pomba-gira, entidades de quimbanda, foram homens e mulheres que quando encarnados, amavam a noite, eram boêmios, indulgentes segundo o relato deles que por escolha ou determinação de outros planos desconhecidos, trabalham agora na espiritualidade, utilizando esta nova roupagem. Quem sabe o que nos aguarda quando as nossas faltas tivermos de pesar.
Exus Satânicos
Salvaguardamos várias confusões ao verificar que atualmente muitas pessoas pensam que a quimbanda é um culto "satanista", tendo aquele sentimento de dualidade aonde as pessoas vêem o bem e o mal em uma luta eterna confundindo a figura do diabo com tudo de ruim sem lembrar que ele é quem representa os sentidos e a liberdade de suas ações desde o princípio dos tempos. O conceito de polaridades, positiva e negativa não se encaixa no plano imaterial, o exu quer acordos e pactos. Ele tem seu preço e realiza seu trabalho. Isso não quer dizer o mesmo que atitudes, positiva e negativa mas sim jogos de interesses e trocas de energia.
Exu de fato é um ser satânico mais não da maneira interpretada pelos ignorantes e pelas famigeradas religiões da mão direita. Ele é satânico no mesmo sentido que os satanistas são. São estratégicos e ensinam como lidar com situações de guerras, amorosas e profissionais em fim todos os desafios que enfrentamos no dia a dia e não temos domínio completo. Se nossa visão é limitada é ai que eles ajudam no plano astral com sua energia imaterial junto à vontade do pai de santo e das pessoas envolvidas no terreiro. Os rituais são o inicio da materialização destas forças almejadas e por esta atuação pedem os exus seus salários, os despachos. Quem conseguir entender esta profundidade vai entender o por que me referi aos exus como sendo satânicos pois apesar de não serem o diabo dos cristãos são professores dos mistérios ocultos incorporados em carne humana.
É bom deixar claro também que o exu da quimbanda não é o mesmo exu do candomblé aonde ele é um orixá menor da cultura yorubá, o Exu da quimbanda é geralmente um Egum sendo que na maioria dos casos, assim como eles mesmo dizem, a alma de alguém que pertenceu ao culto, feitiçarias, orgias, matanças, conquistas e agora trabalha como mensageiro dos orixás. Segundo a Quimbanda, os espíritos, exus, com os quais estamos tratando hoje tiveram em sua maioria encarnações aqui na terra em finais do século XIX e princípios a meados do século XX e daí vêm muitos de seus costumes, suas vestimentas e comportamento.
Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que até hoje discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para apresentar o que muitos pensam ser a verdadeira organização hierárquica da quimbanda mas é somente a cópia de um livro antigo de evocação e cultos da cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas hierarquias e poderes, o “Grimorium Verum”. A formação da quimbanda teve uma forte influência dos escravos e índios que sincretizaram exu com o diabo por este ser “inimigo dos brancos” e por não aceitarem os santos católicos, identificando-se assim mais uma vez com o exército das trevas.
O Nascimento da Quimbanda
Com o advento da umbanda começou o trabalho de quimbanda em terreiros e isso deu sustentação firme aos trabalhos com os “compadres” exus que logo se popularizou, e assim formatou o atual culto da quimbanda. Na verdade pode-se dizer que a quimbanda como a conhecemos atualmente nasceu juntamente com a umbanda em 15 de novembro de 1908, pois uma linha completa o outra formando esta força que nos da vida e este reino cheio de luz.
A quimbanda esta organizada hierarquicamente em sete grandes reinos: as sete linhas da quimbanda, sendo que na quimbanda quem manda é o Sr. Omolu. O rei, coroado por oxalá, este delega os poderes aos exus chefes de falange. É importante lembrar que quando o exu, qualquer um deles, estiver incorporado no pai de santo, no dirigente dos trabalhos, ele esta trabalhando com a coroa e por este motivo é o chefe dos trabalhos da gira de quimbanda tendo liberdade de movimento entre os reinos através do contato com os outros exus presentes no trabalho. Trabalhar com os "compadres", exus requer muito respeito e consideração por parte dos dirigentes, médiuns e consulentes pois são entidades muito poderosas e de muita energia.
Espíritos Zombeteiros
Enfim os exus são magos astrais conhecedores e mestres das artimanhas. São indulgentes, sabem o valor da liberdade, são brincalhões e adoram colocar temor naqueles de que nada sabem e que em nada vão acrescentar. Por isso em todas as minhas publicações tenho dito que é necessário um profundo conhecimento e intimidade com estas entidades para não ser enganado por espíritos zombeteiros que ao invés de alertar e ensinar as mandingas e feitiços mantém na mais pura enganação os invocadores despreparados. E não somente isso mais assim extraem deste energia vital para todo o tipo de despachos levando o mesmo a uma servidão sem fim. Os espíritos zombeteiros são exatamente como aquelas pessoas que vivem nas ruas mentindo se dizendo feiticeiros cartomantes e toda esta casta que vivem tentando adivinhar circunstâncias da vida pessoal de suas vitimas.
Muita vezes os zombeteiros já estão acompanhando as pessoas e por isso sabem fatos particulares da vida da mesma e então quando encontram médiuns, as vezes um amigo ou amiga da vitima eles incorporarão nesta pessoa e começam a dizer fatos particulares e que precisa se fazer um despacho e que depois disto tudo vai mudar. Muitas das vezes esta mudança realmente acontece por que ai o espírito o abandona e passa a acompanhar o médium não desenvolvido onde terá mais energia e possibilidades de manifestações e adorações. E então o médium inconsciente de sua mediunidade pela suas forças intuitivas ao perceber que as coisas não andam bem depois que aconteceu a primeira incorporação procurara defesas em casas do gênero ou pessoas mais experientes.
Estas ações dos espiritos obcessores são presididas pelos exus que na verdade tem o intuito de trazer ao local certo tanto o médiun inexperiente para o desenvolver e também os obsessores que ao realizarem seus trabalhos acabam voltando as calungas.
Conhecendo uma entidade genuína ou seja os chefes exus.
Os chefes exus são entidades de extrema postura, imponentes, desafiadores; ficam frente a frente e olham nos olhos. São carismáticas, sábias, seus ensinamentos são surpreendentes e completos sua energia é transcendental e eletrizante. Suas oratória e gestos são poderosos, expressivos, demoníacos e livres sem redundância nos assuntos e termos. São detetives do plano astral sondam inimigos, projetos "secretos' e revelam com efetividade e precisão os fatos necessários, as atitudes a serem tomadas e as magias a serem utilizadas ou seja, tudo o que for do interesse do filho de fé para obtenção de méritos. Pedem sempre em seus despachos artigos e comidas e bebidas de "requinte".
Reconhecendo os obsessores (quiumbas).
Espíritos confusos as vezes falam em morte e desgraças o tempo todo são eles que são mandados para casa de inimigos e pessoas não queridas pelos quimbandeiros ou por quem encomenda algum trabalho. No todo emanam uma energia repugnante até mesmo em suas vozes, pois falam entre os dentes. Não possuem postura, olham para o chão o tempo todo e devido aos lugares trevosos onde vivem sua sabedoria é inexistente e falam de coisas do passado e de pessoas que trouxeram dores emocionais e pedem sempre putrefações em seus despachos.
O contato com os obsessores é chocante e trás sensação de muito medo a pessoas sensíveis, e por isso mesmo quando tentam imitar os chefes exus podem ter sucesso. São seres extremamente desgraçados, amargos, maliciosos revoltados e obsessivos. Quando é feito um trabalho no qual é liberado um destes por outros quimbandeiros ou por encomendas a vítima chega a vir no centro para se desfazer da manifestação deste espírito muitas das vezes o incorporado e tentam agredir de morte a vitima do feitiço. É necessário sempre pessoa preparada ao redor para contê-los e o chefe de terreiro vai conversar com este espírito ver o que ele recebeu para estar atuando naquela vida quem o mandou e o que ele quer para sair de lá. Ai então recebem o exu de cabeça que irá levá-lo embora para o devido local liberando a vitima deste vampiro espiritual para então cumprir com suas obrigações e tratos que fora feitos.
Estas duas explicações são básicas outros formatos podem ser manifestos, por isso a necessidade de extremo discernimento.
A quimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos cultos afro-brasileiros; suas influências não são somente bantu, nagô e yorubá. Também abrangem em larga escala vários aspectos da religião indígena, católica, o espiritismo moderno, a alquimia e mesmo o estudo da natureza fundamental da realidade e correntes orientais.
É importante lembrar que apesar de existir o sincretismo entre exu e o diabo os Exus são intermediários entre os orixás e os homens! Quanta confusão se faz com eles. Quantos lhe confundem, sem ao menos o conhecerem. Consta na 3º lei de Newton: "a toda ação corresponde uma reação igual, de mesma direção e sentido contrário". E como se Newton falava de exu quando formulou sua lei, pois ele é a reação! Ele é o sentido contrário! Ele é a força que equilibra e mantém a todos que o invocam no caminho de evolução!
O equilíbrio é alcançado quando conseguimos nos sobrepor às dificuldades pela vontade e aproveitamento das influências astrais ritualísticas. É fato que sem a ignorância não se chegaria ao conhecimento, sem a dor não se chegaria à cura e sem as trevas não se chegaria a luz. Exu é o momento inicial de tudo, onde a falta de conhecimento é superada pela evolução e então aparecem as soluções para os males.
Mas o Exu não é o diabo como muitos afirmam. Ele não é o sofrimento e nem a solidão. Ele é o vento, é o sorriso, é a rebeldia, é a luta pela vitória. Ele é a própria vitória e a alegria por tê-la conseguido. Ele é o trabalho e a evolução, é o respeito e a admiração. É a elegância, a arrogância, a cortesia, a gentileza, a dolência, a malemolência, a malandragem, é até mesmo o trabalho. Enfim ele é, o que se pedir para ele ser. Ele é o limiar da espiritualidade com a humanidade. Ele entende aos dois. Ele chora com a tristeza do filho e ri com a sua vitória. Ele bebe, ele fuma, ele dança, ele é a festa. Ele é exatamente como gostaríamos de ser ou já somos. Nos momentos de trabalho, trabalhamos; nas festas dançamos, sorrimos, nos alegramos somos e nos consideramos demônios ou diabos quando necessário ou para todo o sempre são os exus.
A pomba-gira, é a manifestação feminina do exu. São mulheres maravilhosas, que admiram a beleza, a festa e a música. Do ponto de vista da quimbanda, exu é entidade, não é divindade. Exu e pomba-gira, entidades de quimbanda, foram homens e mulheres que quando encarnados, amavam a noite, eram boêmios, indulgentes segundo o relato deles que por escolha ou determinação de outros planos desconhecidos, trabalham agora na espiritualidade, utilizando esta nova roupagem. Quem sabe o que nos aguarda quando as nossas faltas tivermos de pesar.
Exus Satânicos
Salvaguardamos várias confusões ao verificar que atualmente muitas pessoas pensam que a quimbanda é um culto "satanista", tendo aquele sentimento de dualidade aonde as pessoas vêem o bem e o mal em uma luta eterna confundindo a figura do diabo com tudo de ruim sem lembrar que ele é quem representa os sentidos e a liberdade de suas ações desde o princípio dos tempos. O conceito de polaridades, positiva e negativa não se encaixa no plano imaterial, o exu quer acordos e pactos. Ele tem seu preço e realiza seu trabalho. Isso não quer dizer o mesmo que atitudes, positiva e negativa mas sim jogos de interesses e trocas de energia.
Exu de fato é um ser satânico mais não da maneira interpretada pelos ignorantes e pelas famigeradas religiões da mão direita. Ele é satânico no mesmo sentido que os satanistas são. São estratégicos e ensinam como lidar com situações de guerras, amorosas e profissionais em fim todos os desafios que enfrentamos no dia a dia e não temos domínio completo. Se nossa visão é limitada é ai que eles ajudam no plano astral com sua energia imaterial junto à vontade do pai de santo e das pessoas envolvidas no terreiro. Os rituais são o inicio da materialização destas forças almejadas e por esta atuação pedem os exus seus salários, os despachos. Quem conseguir entender esta profundidade vai entender o por que me referi aos exus como sendo satânicos pois apesar de não serem o diabo dos cristãos são professores dos mistérios ocultos incorporados em carne humana.
É bom deixar claro também que o exu da quimbanda não é o mesmo exu do candomblé aonde ele é um orixá menor da cultura yorubá, o Exu da quimbanda é geralmente um Egum sendo que na maioria dos casos, assim como eles mesmo dizem, a alma de alguém que pertenceu ao culto, feitiçarias, orgias, matanças, conquistas e agora trabalha como mensageiro dos orixás. Segundo a Quimbanda, os espíritos, exus, com os quais estamos tratando hoje tiveram em sua maioria encarnações aqui na terra em finais do século XIX e princípios a meados do século XX e daí vêm muitos de seus costumes, suas vestimentas e comportamento.
Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que até hoje discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para apresentar o que muitos pensam ser a verdadeira organização hierárquica da quimbanda mas é somente a cópia de um livro antigo de evocação e cultos da cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas hierarquias e poderes, o “Grimorium Verum”. A formação da quimbanda teve uma forte influência dos escravos e índios que sincretizaram exu com o diabo por este ser “inimigo dos brancos” e por não aceitarem os santos católicos, identificando-se assim mais uma vez com o exército das trevas.
O Nascimento da Quimbanda
Com o advento da umbanda começou o trabalho de quimbanda em terreiros e isso deu sustentação firme aos trabalhos com os “compadres” exus que logo se popularizou, e assim formatou o atual culto da quimbanda. Na verdade pode-se dizer que a quimbanda como a conhecemos atualmente nasceu juntamente com a umbanda em 15 de novembro de 1908, pois uma linha completa o outra formando esta força que nos da vida e este reino cheio de luz.
A quimbanda esta organizada hierarquicamente em sete grandes reinos: as sete linhas da quimbanda, sendo que na quimbanda quem manda é o Sr. Omolu. O rei, coroado por oxalá, este delega os poderes aos exus chefes de falange. É importante lembrar que quando o exu, qualquer um deles, estiver incorporado no pai de santo, no dirigente dos trabalhos, ele esta trabalhando com a coroa e por este motivo é o chefe dos trabalhos da gira de quimbanda tendo liberdade de movimento entre os reinos através do contato com os outros exus presentes no trabalho. Trabalhar com os "compadres", exus requer muito respeito e consideração por parte dos dirigentes, médiuns e consulentes pois são entidades muito poderosas e de muita energia.
Espíritos Zombeteiros
Enfim os exus são magos astrais conhecedores e mestres das artimanhas. São indulgentes, sabem o valor da liberdade, são brincalhões e adoram colocar temor naqueles de que nada sabem e que em nada vão acrescentar. Por isso em todas as minhas publicações tenho dito que é necessário um profundo conhecimento e intimidade com estas entidades para não ser enganado por espíritos zombeteiros que ao invés de alertar e ensinar as mandingas e feitiços mantém na mais pura enganação os invocadores despreparados. E não somente isso mais assim extraem deste energia vital para todo o tipo de despachos levando o mesmo a uma servidão sem fim. Os espíritos zombeteiros são exatamente como aquelas pessoas que vivem nas ruas mentindo se dizendo feiticeiros cartomantes e toda esta casta que vivem tentando adivinhar circunstâncias da vida pessoal de suas vitimas.
Muita vezes os zombeteiros já estão acompanhando as pessoas e por isso sabem fatos particulares da vida da mesma e então quando encontram médiuns, as vezes um amigo ou amiga da vitima eles incorporarão nesta pessoa e começam a dizer fatos particulares e que precisa se fazer um despacho e que depois disto tudo vai mudar. Muitas das vezes esta mudança realmente acontece por que ai o espírito o abandona e passa a acompanhar o médium não desenvolvido onde terá mais energia e possibilidades de manifestações e adorações. E então o médium inconsciente de sua mediunidade pela suas forças intuitivas ao perceber que as coisas não andam bem depois que aconteceu a primeira incorporação procurara defesas em casas do gênero ou pessoas mais experientes.
Estas ações dos espiritos obcessores são presididas pelos exus que na verdade tem o intuito de trazer ao local certo tanto o médiun inexperiente para o desenvolver e também os obsessores que ao realizarem seus trabalhos acabam voltando as calungas.
Conhecendo uma entidade genuína ou seja os chefes exus.
Os chefes exus são entidades de extrema postura, imponentes, desafiadores; ficam frente a frente e olham nos olhos. São carismáticas, sábias, seus ensinamentos são surpreendentes e completos sua energia é transcendental e eletrizante. Suas oratória e gestos são poderosos, expressivos, demoníacos e livres sem redundância nos assuntos e termos. São detetives do plano astral sondam inimigos, projetos "secretos' e revelam com efetividade e precisão os fatos necessários, as atitudes a serem tomadas e as magias a serem utilizadas ou seja, tudo o que for do interesse do filho de fé para obtenção de méritos. Pedem sempre em seus despachos artigos e comidas e bebidas de "requinte".
Reconhecendo os obsessores (quiumbas).
Espíritos confusos as vezes falam em morte e desgraças o tempo todo são eles que são mandados para casa de inimigos e pessoas não queridas pelos quimbandeiros ou por quem encomenda algum trabalho. No todo emanam uma energia repugnante até mesmo em suas vozes, pois falam entre os dentes. Não possuem postura, olham para o chão o tempo todo e devido aos lugares trevosos onde vivem sua sabedoria é inexistente e falam de coisas do passado e de pessoas que trouxeram dores emocionais e pedem sempre putrefações em seus despachos.
O contato com os obsessores é chocante e trás sensação de muito medo a pessoas sensíveis, e por isso mesmo quando tentam imitar os chefes exus podem ter sucesso. São seres extremamente desgraçados, amargos, maliciosos revoltados e obsessivos. Quando é feito um trabalho no qual é liberado um destes por outros quimbandeiros ou por encomendas a vítima chega a vir no centro para se desfazer da manifestação deste espírito muitas das vezes o incorporado e tentam agredir de morte a vitima do feitiço. É necessário sempre pessoa preparada ao redor para contê-los e o chefe de terreiro vai conversar com este espírito ver o que ele recebeu para estar atuando naquela vida quem o mandou e o que ele quer para sair de lá. Ai então recebem o exu de cabeça que irá levá-lo embora para o devido local liberando a vitima deste vampiro espiritual para então cumprir com suas obrigações e tratos que fora feitos.
Estas duas explicações são básicas outros formatos podem ser manifestos, por isso a necessidade de extremo discernimento.
sábado, 11 de junho de 2011
A missaõ de cada Orixá.
Um dia nosso pai Oxalá deu aos espiritos iluminados por sua infinita luz, chamados de Orixás, a missão de ajudar a todos sem excessão e nos dar orientação e socorro nas horas dificeis. Assim cada um com sua respectiva arma iniciou sua batalha pelo bem e para o bem.
Ao Pai Bará ele deu 7 chaves que tinham o poder de abrir os caminhos para que todos os outros Orixás viessem e pasassem um a um para cumprir suas missões livremente.
Para Ogum ele deu uma espada, um escudo e uma armadura de ferro:
na ponta da espada, Oxalá pos doses fortes de amor para quando os invejosos, maldosos e cruéis atacassem a outro irmão ele impunhasse sua espada e tocasse seus corações cheios de ódio e com fé abatesse de vez tais sentimentos ...
No escudo, uma porção reforçada de fé e espiritualidade para que, quando os humanos fossem alvo de sentimentos ruins não se deixassem abalar e não desistissem de continuar sua caminhada.
A armadura foi dada para que Ogum conseguisse ser vitorioso e não deixasse nenhum mortal sem socorro e para que ele próprio continuasse com sua fé e fosse sempre vencedor em suas batalhas
Para Inhasã, Oxalá deu os raios e as tempestades, mas não pra ela destruir nada, mas sim, pra que ela soprasse ao vento muito amor e para que coma energia de seus raios ela queimasse a ira, a raiva e o desamor nos corações humanos.
Ao Pai Bará ele deu 7 chaves que tinham o poder de abrir os caminhos para que todos os outros Orixás viessem e pasassem um a um para cumprir suas missões livremente.
Para Ogum ele deu uma espada, um escudo e uma armadura de ferro:
na ponta da espada, Oxalá pos doses fortes de amor para quando os invejosos, maldosos e cruéis atacassem a outro irmão ele impunhasse sua espada e tocasse seus corações cheios de ódio e com fé abatesse de vez tais sentimentos ...
No escudo, uma porção reforçada de fé e espiritualidade para que, quando os humanos fossem alvo de sentimentos ruins não se deixassem abalar e não desistissem de continuar sua caminhada.
A armadura foi dada para que Ogum conseguisse ser vitorioso e não deixasse nenhum mortal sem socorro e para que ele próprio continuasse com sua fé e fosse sempre vencedor em suas batalhas
Para Inhasã, Oxalá deu os raios e as tempestades, mas não pra ela destruir nada, mas sim, pra que ela soprasse ao vento muito amor e para que coma energia de seus raios ela queimasse a ira, a raiva e o desamor nos corações humanos.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
A FE FAZ MILAGRES
Dona Melina tinha 65 anos de idade e era fumante feroz , pois chegava a fumar até 3 cartelas por dia .
Uma certa tarde ela assistiu a um programa de televisão em que uma curandeira deu uma entrevista . A vidente disse que quando uma esposa possui um marido bêbado a melhor simpatia a fazer é deixar um copo de cerveja , escondido , no caminho por onde o alcoólatra passa . Segundo esta sensitiva deve – se fazer isto para atrair os espíritos maus que causam o vício no homem , daí estas almas bebem o copo abandonado e deixam o viciado em paz .
Assim Melina falou em voz alta :
- Será que este tipo de magia , também , funciona para quem é fumante ?
- Será que se eu deixar uma cartela de cigarros na esquina o meu vício pode sumir ?
Deste jeito a empregada escutou e respondeu :
- Esta simpatia dá certo , sim !
- Porque nas esquinas existe uma entidade chamada Tranca – Ruas e quando uma pessoa quer se livrar de algum vício , basta colocar o produto em uma esquina que este espírito usa e liberta a criatura da dependência .
Então naquela noite Melina colocou uma cartela de cigarros na esquina de sua casa .
Dia após dia a mulher passou a ter nojo de cigarro .
Uma semana depois ela foi até a esquina , notou que alguém abriu a cartela e tinha fumado sete cigarros . Desta maneira ela disse em voz alta :
- Nossa , há uma semana que esta cartela está aqui e não sumiu !
- Eu queria saber em sonho quem fumou tudo isto !
Naquela mesma noite Melina teve o seguinte pesadelo :
Ela estava na esquina de sua residência , quando um homem moreno vestido de branco comentou :
- Boa – noite !
- Sou o Tranca – Ruas e vim agradecer – lhe pela cartela de cigarros .
- Eu fumei sete cigarros , um em cada dia da semana .
- Você me deu este presente e em troca libertarei seu espírito do vício .
Após ouvir estas palavras , esta senhora acordou e foi de camisola até a esquina de sua casa . Lá ela
percebeu que a cartela de cigarro não se encontrava mais e no seu lugar havia um chapéu branco.
♥Salve Tranca Ruas da Estrada!!!♥
quinta-feira, 2 de junho de 2011
PEÇA......
PEÇA LIBERDADE AOS VENTOS DE OYÁ...
PEÇA JUSTIÇA AO MACHADO DE XANGÔ...
PEÇA FORÇAS À ESPADA DE OGUM...
PEÇA PROTEÇÃO AO ARCO E AS FLECHAS DE OXÓSSI...
PEÇA O AXÉ DAS FOLHAS DE OSANHA...
PEÇA SAÚDE E BENÇÃO ÀS FORÇAS DE OBALUAYÊ....
PEÇA TEMPO DE PAZ E FELICIDADE AO PRÓPRIO TEMPO....
PEÇA RIQUEZA E AXÉ OXUMARÉ...
PEÇA PROTEÇÃO DE OLOOKÊ...
PEÇA REVELAÇÕES A IFÁ...
PEÇA SABEDORIA À QUERIDA MÃE NANÃ...
PEÇA ENCANTO À LOGUN-EDÉ..
PEÇA A DOÇURA DAS ÁGUAS DE OXUM...
PEÇA BELEZA, EQUILÍBRIO E A GRANDEZA DE ESPÍRITO, QUAL OS MARES DE YEMANJÁ...
PEÇA A ALEGRIA E A IREVERÊNCIA DO GARGALHAR DE EXÚ...
PEÇA A MALANDRAGEM BOA DE SEU ZÉ PILINTRA E SEUS MALANDROS...
PEÇA A FÉ DAS REZAS DE PAI JOAQUIM D’ANGOLA E TODOS OS PRETOS VELHOS....
PEÇA O COLORIDO DO MUNDO CIGANO A ALEGRIA...
PEÇA A DOÇURA E INOCÊNCIA AOS ERÊS...
PEÇA TESOUROS AO CRIADOR...
SABE O QUE VAI RECEBER???.......
A Proteção de todos os Orixás!!!!!
PEÇA JUSTIÇA AO MACHADO DE XANGÔ...
PEÇA FORÇAS À ESPADA DE OGUM...
PEÇA PROTEÇÃO AO ARCO E AS FLECHAS DE OXÓSSI...
PEÇA O AXÉ DAS FOLHAS DE OSANHA...
PEÇA SAÚDE E BENÇÃO ÀS FORÇAS DE OBALUAYÊ....
PEÇA TEMPO DE PAZ E FELICIDADE AO PRÓPRIO TEMPO....
PEÇA RIQUEZA E AXÉ OXUMARÉ...
PEÇA PROTEÇÃO DE OLOOKÊ...
PEÇA REVELAÇÕES A IFÁ...
PEÇA SABEDORIA À QUERIDA MÃE NANÃ...
PEÇA ENCANTO À LOGUN-EDÉ..
PEÇA A DOÇURA DAS ÁGUAS DE OXUM...
PEÇA BELEZA, EQUILÍBRIO E A GRANDEZA DE ESPÍRITO, QUAL OS MARES DE YEMANJÁ...
PEÇA A ALEGRIA E A IREVERÊNCIA DO GARGALHAR DE EXÚ...
PEÇA A MALANDRAGEM BOA DE SEU ZÉ PILINTRA E SEUS MALANDROS...
PEÇA A FÉ DAS REZAS DE PAI JOAQUIM D’ANGOLA E TODOS OS PRETOS VELHOS....
PEÇA O COLORIDO DO MUNDO CIGANO A ALEGRIA...
PEÇA A DOÇURA E INOCÊNCIA AOS ERÊS...
PEÇA TESOUROS AO CRIADOR...
SABE O QUE VAI RECEBER???.......
A Proteção de todos os Orixás!!!!!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
As chamas das velas em nossas vidas....
Quatro velas estavam queimando calmamente.
O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo
entre elas.
A primeira disse:
- Eu sou a "PAZ"! Apesar da minha luz, as
pessoas não me conseguem manter acesa.
Em seguida, a sua chama, devagarzinho se apagou, totalmente.
A segunda disse:
- Eu me chamo "FÉ"! Infelizmente, sou supérflua para as pessoas.
Elas não querem saber de Deus, por isso não faz sentido continuar
queimando.
Ao terminar sua fala, um vento bateu, levemente, sobre ela, e,
também, a sua chama se apagou.
Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o " AMOR"! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me
deixam de lado, porque só conseguem enxergar elas mesmas, esquecem
até daqueles que estão à sua volta. E, também, apagou-se.
De repente, chegou uma criança e viu as três velas apagadas...
- QUE è isto? Vocês devem ficar acesas e queimar até o fim.
Então, a quarta vela falou:
- Não tenhas medo, criança. Enquanto eu estiver acesa poderemos
acender as outras velas.
PAUSA PARA REFLEXÃO
Quando apagamos as chamas da PAZ, FÉ e AMOR, ainda assim,
nem tudo está perdido...
Alguma coisa há de ter restado dentro da gente. E isto tem que
ser preservado acima de tudo...
Então, a criança pegou a vela da ESPERANÇA e acendeu, novamente,
as que estavam apagadas.
Qua a vela da ESPERANÇA nunca se apague dentro de VOCÊ.
Ela é a nossa LUZ no fim do túnel.
O caminho da felicidade precisa, antes, ser pavimentado com
ESPERANÇA...
a felicidade nem sempre bate à nossa porta. Para tê-la é preciso
uma busca incessante. e ao encontrá-la ter a coragem de trazê-la
para dentro de nos!
O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo
entre elas.
A primeira disse:
- Eu sou a "PAZ"! Apesar da minha luz, as
pessoas não me conseguem manter acesa.
Em seguida, a sua chama, devagarzinho se apagou, totalmente.
A segunda disse:
- Eu me chamo "FÉ"! Infelizmente, sou supérflua para as pessoas.
Elas não querem saber de Deus, por isso não faz sentido continuar
queimando.
Ao terminar sua fala, um vento bateu, levemente, sobre ela, e,
também, a sua chama se apagou.
Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o " AMOR"! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me
deixam de lado, porque só conseguem enxergar elas mesmas, esquecem
até daqueles que estão à sua volta. E, também, apagou-se.
De repente, chegou uma criança e viu as três velas apagadas...
- QUE è isto? Vocês devem ficar acesas e queimar até o fim.
Então, a quarta vela falou:
- Não tenhas medo, criança. Enquanto eu estiver acesa poderemos
acender as outras velas.
PAUSA PARA REFLEXÃO
Quando apagamos as chamas da PAZ, FÉ e AMOR, ainda assim,
nem tudo está perdido...
Alguma coisa há de ter restado dentro da gente. E isto tem que
ser preservado acima de tudo...
Então, a criança pegou a vela da ESPERANÇA e acendeu, novamente,
as que estavam apagadas.
Qua a vela da ESPERANÇA nunca se apague dentro de VOCÊ.
Ela é a nossa LUZ no fim do túnel.
O caminho da felicidade precisa, antes, ser pavimentado com
ESPERANÇA...
a felicidade nem sempre bate à nossa porta. Para tê-la é preciso
uma busca incessante. e ao encontrá-la ter a coragem de trazê-la
para dentro de nos!
quarta-feira, 11 de maio de 2011
talvez...
Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.
Mas, lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer
de minha vida.
Mas, farei que elas percam a importância diante dos
gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos
meus ideais.
Mas, jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.
Mas, não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar.
Mas, então irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.
Mas, jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.
Mas, terei humildades para aceitar as mãos que
se estenderão em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame
muitas lágrimas.
Mas, não terei vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.
Mas, não deixarei de acreditar que em algum
lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes
erros.
Mas, não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.
Mas, irei aprender que aqueles que realmente são
meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.
Mas, irei continuar plantando a semente da
fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo
seguir o ritmo da música.
Mas, então, farei que a música siga o compasso
dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco=iris.
Mas, aprenderei a desenhar um, nem que seja
dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco.
Mas, amanhã irei recomeçar, nem que seja de
ma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas, terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos
já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber
a letra daquela música.
Mas, ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se
a minha companheira.
Mas, ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.
Mas, não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.
Mas, passarei a admirar quem sou.
Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis
dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso, é porque como
diz aquele ditado:
"ainda não chegou o fim"
Porque no final não haverá nenhum "talvez"
e sim a certeza de que a minha vida valeu
a pena e eu fiz o melhor que podia
Mas, lutarei para que cada dia tenha valido a pena.
Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer
de minha vida.
Mas, farei que elas percam a importância diante dos
gestos de amor que encontrei.
Talvez eu não tenha forças para realizar todos
meus ideais.
Mas, jamais irei me considerar um derrotado.
Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.
Mas, não ficarei por muito tempo olhando para o chão.
Talvez um dia o sol deixe de brilhar.
Mas, então irei me banhar na chuva.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.
Mas, jamais irei assumir o papel de vítima.
Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.
Mas, terei humildades para aceitar as mãos que
se estenderão em minha direção.
Talvez numa dessas noites frias, eu derrame
muitas lágrimas.
Mas, não terei vergonha por esse gesto.
Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.
Mas, não deixarei de acreditar que em algum
lugar alguém merece a minha confiança.
Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes
erros.
Mas, não desistirei de continuar trilhando meu caminho.
Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.
Mas, irei aprender que aqueles que realmente são
meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.
Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.
Mas, irei continuar plantando a semente da
fraternidade por onde passar.
Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo
seguir o ritmo da música.
Mas, então, farei que a música siga o compasso
dos meus passos.
Talvez eu nunca consiga enxergar um arco=iris.
Mas, aprenderei a desenhar um, nem que seja
dentro do meu coração.
Talvez hoje eu me sinta fraco.
Mas, amanhã irei recomeçar, nem que seja de
ma maneira diferente.
Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas, terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos
já estão gravados em minha alma.
Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber
a letra daquela música.
Mas, ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.
Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se
a minha companheira.
Mas, ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.
Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.
Mas, não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.
Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.
Mas, passarei a admirar quem sou.
Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis
dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso, é porque como
diz aquele ditado:
"ainda não chegou o fim"
Porque no final não haverá nenhum "talvez"
e sim a certeza de que a minha vida valeu
a pena e eu fiz o melhor que podia
segunda-feira, 9 de maio de 2011
DIA DAS MÃES
o Dia das Mães e como é impossível deixar passar essa data em branco quero exporalguns pontos para que possamos vivenciar esse dia de forma diferente e especial.
Saibam que a comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga a entrada da primavera era celebrada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. Na África Yemanjá é a Orixá Mãe, orixá que gerou todos e todas, é a Mãe cujos filhos são peixes, portanto, para os cultos de nação e para as religiões de origem africana, Yemanjá é o orixá feminino de maior representação e de maior força. Já Maria, a Mãe de Deus, é o maior fenômeno religioso que ultrapassa as barreiras de qualquer religião e transcende no íntimo de cada ser humano pelo seu amor incondicional e exemplo real de uma mulher realizadora, forte e fiel à sua crença.
Assim como Yemanjá, Eva, Rhea, Maria e Marias, Aparecidas, Joanas, Silvanas, Anas… Mães que como tantas outras geram, propiciam, lutam, choram, realizam e amam, amam e amam. Um amor tão pleno que é capaz de mudar o homem e gerar a Paz.
Mães que criam futuros e que, portanto, são responsáveis pelo hoje e pelo amanhã. Mães que sofrem e que creem. Mães que fazem, vivem e que muitas vezes esquecem o que são e do que são capazes.
E envolvidas por esse ‘esquecer’, se esquecem de sonhar e de criar um futuro. Esquecem de suas responsabilidades e de quanto amor existe dentro delas. Esquecem de olhar a vida de forma diferente, esquecem de ver as flores, borboletas, estrelas, nuvens, pássaros….
Esquecem, enfim, que seu olhar de adulta já foi um olhar de criança. E pensando nisso, reproduzo um trecho do livro “A Festa de Maria”, de Rubem Alves, que ajudará de forma muito peculiar em nossas reflexões.
O Olhar Adulto
“Lá vão pelo caminho a mãe e a criança, que vai sendo arrastada pelo braço – segurar pelo braço é mais eficiente que segurar pela mão. Vão os dois pelo mesmo caminho, mas não vão pelo mesmo caminho. Bleke dizia que a árvore que o tolo vê não é a mesma árvore que o sábio vê. Pois eu digo que o caminho porque anda a mãe não é o mesmo caminho porque anda a criança.
Os olhos da criança vão como borboletas, pulando de coisa em coisa, para cima, para baixo, para os lados, é uma casca de cigarra num tronco de árvore, quer parar para pegar, a mãe lhe dá um puxão, a criança continua, logo adiante vê o curiosíssimo espetáculo de dois cachorros num estranho brinquedo, um cavalgando o outro, quer que a mãe também veja, com certeza ela vai achar divertido, mas ela, ao invés de rir, fica brava e dá um puxão mais forte, aí a criança vê uma mosca azul flutuando inexplicavelmente pelo ar, que coisa mais estranha, que cor mais bonita, tenta pegar a mosca, mas ela foge, seu olhos batem então numa amêndoa no chão e a criança vira jogador de futebol, vai chutando a amêndoa, depois é uma vagem seca de flamboyant pedindo para ser chacoalhada, assim vai a criança, à procura dos que moram em todos os caminhos, que divertido é andar, pena que a mãe não saiba andar por não ter os olhos que saibam brincar, ela tem muita pressa, é preciso chegar, há coisas urgentes a fazer, seu pensamento está nas obrigações de dona de casa, por isso vai dando safanões nervosos na criança, se ele conseguisse ver e brincar com os brinquedos que moram no caminho, ela não precisaria fazer análise …
A mãe caminha com passos resolutos, adultos, de quem sabe o que quer, olhando para a frente e para o chão. Olhando para o chão ela procura as pedras no meio do caminho, não por amor ao Drummond, mas para não dar topadas, e procura também as poças d’agua, não porque tenha se comovido com o lindo desenho do Escher de nome Poça d´água, uma poça de água suja na qual se refletem o céu azul e os ramos verdes dos pinheiros, ela procura as poças para não sujar o sapato. A pedra do Drummond e a poça de água suja do Escher os adultos não vêem, só as crianças e os artistas …
A mãe não nasceu assim. Pequenina, seus olhos eram iguais aos do filho que ela arrasta agora. Eram olhos vagabundos, brincalhões, que olhavam as coisas para brincar com elas. As coisas vistas são gostosas, para ser brincadas. E é por isso que os nenezinhos têm esse estranho costume de botar na boca tudo o que vêem, dizendo que tudo é gostoso, tudo é para ser comido, tudo é para ser colocado dentro do corpo. O que os olhos desejam, realmente, é comer o que vêem. Assim dizia Neruda, que confessava ser capaz de comer as montanhas e beber os mares. Os olhos nascem brincalhões e vagabundos – vêem pelo puro prazer de ver, coisas que, vez por outra, aparece ainda nos adultos no prazer de ver figuras. Mas aí a mãe foi sendo educada, numa caminhada igual a essa, sua mãe também a arrastava pelo braço, e quando ela tropeçava numa pedra ou pisava numa poça de água, porque seus olhos estavam vagabundeando por moscas azuis e cachorros sem-vergonha, sua mãe lhe dava um safanão e dizia: “Olha pra frente menina!”.
“Olha pra frente!” Assim são os olhos adultos.
Coitados dos adultos! Arrancaram os olhos vagabundos e brincalhões de crianças e os substituíram por olhos ferramentas de trabalho. Os olhos tornam-se escravos do dever. Os olhos solicitam: “ Brinquem comigo! É tão divertido! Se vocês brincarem comigo, eu ficarei feliz, e vocês ficarão felizes …”.
É, não dá para reclamar de violência se propiciamos violência, e olha que ela nem precisa ser física, assim como não dá para esquecer nossa responsabilidade com o futuro e com a Paz.
Mães, incorporem o sentido da Mãe, vivam como Mãe, amem, lutem, deem, ensinem a beleza da vida, a plenitude da fé e exemplifiquem o sentido real da crença. Assim, quem sabe, nosso filhos, netos e toda a humanidade saberá o que é o AMOR.
Para todas as mães, um excelente Dia das Mães! A todos, um grande e forte Axé!
Saibam que a comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga a entrada da primavera era celebrada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. Na África Yemanjá é a Orixá Mãe, orixá que gerou todos e todas, é a Mãe cujos filhos são peixes, portanto, para os cultos de nação e para as religiões de origem africana, Yemanjá é o orixá feminino de maior representação e de maior força. Já Maria, a Mãe de Deus, é o maior fenômeno religioso que ultrapassa as barreiras de qualquer religião e transcende no íntimo de cada ser humano pelo seu amor incondicional e exemplo real de uma mulher realizadora, forte e fiel à sua crença.
Assim como Yemanjá, Eva, Rhea, Maria e Marias, Aparecidas, Joanas, Silvanas, Anas… Mães que como tantas outras geram, propiciam, lutam, choram, realizam e amam, amam e amam. Um amor tão pleno que é capaz de mudar o homem e gerar a Paz.
Mães que criam futuros e que, portanto, são responsáveis pelo hoje e pelo amanhã. Mães que sofrem e que creem. Mães que fazem, vivem e que muitas vezes esquecem o que são e do que são capazes.
E envolvidas por esse ‘esquecer’, se esquecem de sonhar e de criar um futuro. Esquecem de suas responsabilidades e de quanto amor existe dentro delas. Esquecem de olhar a vida de forma diferente, esquecem de ver as flores, borboletas, estrelas, nuvens, pássaros….
Esquecem, enfim, que seu olhar de adulta já foi um olhar de criança. E pensando nisso, reproduzo um trecho do livro “A Festa de Maria”, de Rubem Alves, que ajudará de forma muito peculiar em nossas reflexões.
O Olhar Adulto
“Lá vão pelo caminho a mãe e a criança, que vai sendo arrastada pelo braço – segurar pelo braço é mais eficiente que segurar pela mão. Vão os dois pelo mesmo caminho, mas não vão pelo mesmo caminho. Bleke dizia que a árvore que o tolo vê não é a mesma árvore que o sábio vê. Pois eu digo que o caminho porque anda a mãe não é o mesmo caminho porque anda a criança.
Os olhos da criança vão como borboletas, pulando de coisa em coisa, para cima, para baixo, para os lados, é uma casca de cigarra num tronco de árvore, quer parar para pegar, a mãe lhe dá um puxão, a criança continua, logo adiante vê o curiosíssimo espetáculo de dois cachorros num estranho brinquedo, um cavalgando o outro, quer que a mãe também veja, com certeza ela vai achar divertido, mas ela, ao invés de rir, fica brava e dá um puxão mais forte, aí a criança vê uma mosca azul flutuando inexplicavelmente pelo ar, que coisa mais estranha, que cor mais bonita, tenta pegar a mosca, mas ela foge, seu olhos batem então numa amêndoa no chão e a criança vira jogador de futebol, vai chutando a amêndoa, depois é uma vagem seca de flamboyant pedindo para ser chacoalhada, assim vai a criança, à procura dos que moram em todos os caminhos, que divertido é andar, pena que a mãe não saiba andar por não ter os olhos que saibam brincar, ela tem muita pressa, é preciso chegar, há coisas urgentes a fazer, seu pensamento está nas obrigações de dona de casa, por isso vai dando safanões nervosos na criança, se ele conseguisse ver e brincar com os brinquedos que moram no caminho, ela não precisaria fazer análise …
A mãe caminha com passos resolutos, adultos, de quem sabe o que quer, olhando para a frente e para o chão. Olhando para o chão ela procura as pedras no meio do caminho, não por amor ao Drummond, mas para não dar topadas, e procura também as poças d’agua, não porque tenha se comovido com o lindo desenho do Escher de nome Poça d´água, uma poça de água suja na qual se refletem o céu azul e os ramos verdes dos pinheiros, ela procura as poças para não sujar o sapato. A pedra do Drummond e a poça de água suja do Escher os adultos não vêem, só as crianças e os artistas …
A mãe não nasceu assim. Pequenina, seus olhos eram iguais aos do filho que ela arrasta agora. Eram olhos vagabundos, brincalhões, que olhavam as coisas para brincar com elas. As coisas vistas são gostosas, para ser brincadas. E é por isso que os nenezinhos têm esse estranho costume de botar na boca tudo o que vêem, dizendo que tudo é gostoso, tudo é para ser comido, tudo é para ser colocado dentro do corpo. O que os olhos desejam, realmente, é comer o que vêem. Assim dizia Neruda, que confessava ser capaz de comer as montanhas e beber os mares. Os olhos nascem brincalhões e vagabundos – vêem pelo puro prazer de ver, coisas que, vez por outra, aparece ainda nos adultos no prazer de ver figuras. Mas aí a mãe foi sendo educada, numa caminhada igual a essa, sua mãe também a arrastava pelo braço, e quando ela tropeçava numa pedra ou pisava numa poça de água, porque seus olhos estavam vagabundeando por moscas azuis e cachorros sem-vergonha, sua mãe lhe dava um safanão e dizia: “Olha pra frente menina!”.
“Olha pra frente!” Assim são os olhos adultos.
Coitados dos adultos! Arrancaram os olhos vagabundos e brincalhões de crianças e os substituíram por olhos ferramentas de trabalho. Os olhos tornam-se escravos do dever. Os olhos solicitam: “ Brinquem comigo! É tão divertido! Se vocês brincarem comigo, eu ficarei feliz, e vocês ficarão felizes …”.
É, não dá para reclamar de violência se propiciamos violência, e olha que ela nem precisa ser física, assim como não dá para esquecer nossa responsabilidade com o futuro e com a Paz.
Mães, incorporem o sentido da Mãe, vivam como Mãe, amem, lutem, deem, ensinem a beleza da vida, a plenitude da fé e exemplifiquem o sentido real da crença. Assim, quem sabe, nosso filhos, netos e toda a humanidade saberá o que é o AMOR.
Para todas as mães, um excelente Dia das Mães! A todos, um grande e forte Axé!
sábado, 23 de abril de 2011
Às suas espadas meu Pai!!!
Todos os dias e especialmente hoje me apresento como seu filho, pronto para fazer parte do seu exército. Todas as batalhas serão vencidas, todos os sofrimentos serão superados.
Agradeço ao Senhor com meu suor, com meu sangue, com minha alma e me coloco à disposição da Lei e da Ordem. Aceito com resignação e trabalho o que necessário para minha evolução. No seu reino não há espaço para lamentações, não há espaço para lamúrias, injúrias, preguiça, vitimismo ou vaidade. Assim também será minha passagem neste plano terreno, campo de suas batalhas.
Faça de mim seu instrumento.
À suas ordens meu pai!!!
OBRIGADO MEU PAI!!!
Agradeço a Ogum por me conduzir no lugar que me encontro hoje. Tenho o privilégio de estar numa Casa Santa com um Ogum encarnado!!!!
Axé a todos,
Meu Sagrado Pai Ogum, chegou seu dia; dia este de demonstrarmos nossa fé no Senhor com toda nossa convicção; fé ativa, certeza de que tudo o que o senhor nos dá é somente para o nosso bem e evolução!
Como é maravilhoso ser filha de Ogum! É sentir no peito uma força, uma coragem que sabemos que só pode vir de um Pai cheio de amor e dedicação por nós.
Obrigada meu Pai, mesmo passando momentos difíceis, EU SEI QUE O SENHOR ESTÁ AO MEU LADO, ME ENCORAJANDO E ME FORTALECENDO!
Que eu possa ser digno, um dia, de ser chamada de umbandista na acepção completa .
Obrigada Mãe Suelena por zelar tanto por mim e proporcionar essa experiencia enriquecedora!
Desejo a todos muito OGUM em suas vidas!
PATACORY MEU PAI OGUM!!!!!
Dia 23 de Abril. Chegou o dia, o dia máximo de nossa festa !
Penso na importância desse dia para a Umbanda, dia em que a vibração máxima da ação, da força, da coragem, da Verdade Suprema está ativamente em ronda.
Dia em que os “sentidos” dos umbandistas afloram, afinal é Dia de Ogum !!!
Como passar por esse dia sem falar sobre a importância da ação dos médiuns umbandistas?
Como aceitar umbandista sem ação, fechados dentro de seus mundos deixando de lado o trabalho, o compartilhar, a ação em prol do próximo?
Sei que a vida dá voltas e, são exatamente nessas voltas em que a vida dá que temos que ser retos, convictos em nossos propósitos, principalmente de fé.
Fé, que além do seu sentido harmonizador, é impulsionadora, e é por esse impulso que agimos e realizamos. Portanto quando temos fé, temos Ogum manifestado em nossos corações.
Claro que muitas pessoas dizem que têm fé mas, dizer só, não é um ato de fé.
Fé é vibrante, Fé é ação reta, é agir ativo!
Fé é trabalho e todo trabalho só é produtivo se tiver ordem, portanto fé é ação, é caminho, é retidão, é trabalho, é ordem, ou seja, FÉ é OGUM !
Ogum não é falar, é sentir e agir!
Ogum não é querer, é trabalhar para conquistar!
Ogum não é tristeza, é certeza verdadeira!
Ogum não é pensar, é ser, estar, agir, pleno em tudo e por todos!
Ogum não é silêncio, não é passivo, é ativo com consciência!
Ogum é provocativo! É pensar na frente, é ser a causa e é estar na frente!
Não dá para no dia de hoje não refletirmos sobre nossa condição espiritual, mediúnica e principalmente umbandista. A Umbanda, a espiritualidade, o espírito, precisam de ação, não sobrevivem na passividade, sem que trabalhem ou que haja benefício do próximo.
A Umbanda, a espiritualidade, o espírito, não são poupança, não devem ficar guardados. Devem ser compartilhados!
Hoje é dia de vermos Ogum, de sentirmos Ogum, de nos dedicarmos à Ogum!
Como pensar em pouco quando falamos em Ogum!
Hoje é dia de falar com Ogum!
É dia de verdadeiramente nos posicionarmos diante dele como soldados: agindo em sentido de alerta, praticando a Umbanda na sua essência, em posição, estufando o peito, olhando reto e confirmando nossa verdadeira fé !
Ser Umbandista
É ter o privilégio de sentir OGUM
com toda sua força e determinação;
É ter o privilégio de ouvir OGUM e
aprender com sua estratégia e coragem;
Ser Umbandista
É ter o privilégio de segurar a espada,
o escudo e a lança de OGUM
com toda sua convicção e proteção;
É ter o privilégio de girar em OGUM com sua reverência e valentia;
Ser Umbandista
É ter coragem e proteção;
É ter convicção e determinação;
É ter a Glória e a Salvação à sua disposição;
Ser Umbandista para mim,
É ter Ogum cravado no coração e manifestado diariamente, com toda sua excelência!
Patakori Ogum!!!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
As Lendas dos Orixás.
As Lendas de Aruanda.
Conto 01 – Os Orixás Viajaram em Tumbeiros
Saravá, meu pai, confio em Deus! Saravá é uma saudação nos terreiros de cultos afro-brasileiros, que tem o significado de “salve”. Corruptela da palavra portuguesa “salvar”, cujos escravos tinham dificuldade de pronunciar, e diziam “salavar”. Sob a influência da fonologia banta, passou a se falar “saravá”, para desespero e raiva dos puristas gramaticais, que acham que a nossa Língua tem que ser a mesma que veio nas caravelas de Pedro Álvares Cabral e seus sucessores, não importando a dimensão continental do Brasil nem a origem dos seus povoadores. Saravá!
Apesar de ser Oxalá o criador da humanidade, não é ele o Ser Supremo de Aruanda. Isso compete a Olorum, o deus-Uno, o Criador do Plano Astral e dos orixás, que um dia foram gente influente e poderosa aqui na terra e se tornaram entidades divinizadas quando desencarnaram, servindo de ponte que liga os humanos a Olorum, ou Olodumaré (Olorum para os nagôs; Zambi ou Obatalá para os bantus), com suas paixões e defeitos, cuja origem remota a mais de cinco mil anos.
Aruanda é um dos nomes do plano astral superior, o Paraíso dos católicos, os Campos Elíseos dos gregos. A Roma iorubaiana fica em Ifé, cidade a sudoeste da Nigéria, hoje com uma população de 152 mil habitantes. O Latim de seus cultos se chama Iorubá, que teve sua origem na Nigéria Ocidental e se espalhou pelo mundo nos navios negreiros, sendo que os iorubaianos, trazidos em larga escala para o Brasil, aqui chegando, receberam o nome de nagô e exerceram forte influência social e religiosa sobre outros grupos igualmente escravizados, principalmente na Bahia, com exceção dos malês, negros da África muçulmana, praticantes do Islã.
O sincretismo religioso que se propaga aos quatro ventos como fato consumado entre o catolicismo e a afro-religião, mais propriamente ao Candomblé, não é, de fato, a fusão filosófica das duas religiões em uma só, conforme acepção da palavra. Nem mesmo há uma fusão parcial. Os negros, proibidos de cultuar seus deuses nas senzalas ou nos morros, fingiam homenagear os santos católicos nas suas festas e batuques e assim eram tolerados pelos brancos e deixados em paz pela polícia. Nas festas ditas sincréticas, o que há é um paralelismo dogmático entre os católicos, que cultuam seus santos em suas igrejas ou comunidades, e os seguidores da afro-religião, que reverenciam suas deidades em seus batuques, não havendo nenhuma síntese doutrinária ou junção filosófica entre essas religiões. Cada uma segue o seu rito distinto, sem consagração sacramental nos terreiros, nem toque de atabaques nas eucaristias.
Epa baba! Saravá, meu rei!
Sexta-feira é dia de Oxalá, o criador da humanidade, e os seus filhos devem vestir branco.
Oxalá tem vários nomes, entre eles, Oxalufan, que é Oxalá velho, Oxaguian, quando está guerreando, Orixanlá pra qualquer coisa, e Obatalá, quando assume sua condição de Rei Branco e leva semanas para tomar uma decisão importante, ponderando os prós e os contra, com lenta meticulosidade. No sincretismo baiano, ele é o Senhor do Bonfim, a maior divindade dos baianos, e talvez seja por causa de Obatalá que os conterrâneos do ministro Gilberto Gil levam semanas para morrer de morte súbita. Nos outros cantos do Brasil ele é Jesus Cristo.
Faz parte do seu traje de cerimonial: seu cajado de prata ou de metal prateado, ornado de arandelas sobrepostas, encimado por um pássaro ou coroa, chamado de opaxorô, ou paxorô.
Conto 02 - O Rei e o Pássaro Comedor de Inhame
Okê Arô!
Okê Oxossi!
No reino de Ifé, no sudoeste da Nigéria, todos os anos se comemorava a festa dos inhames e ninguém podia usufruir a nova colheita enquanto não acabasse a farra. O rei Odudua, nesse dia, fazia questão de desfilar com suas mulheres e ministros, distribuindo simpatia no meio do povo. A festa corria bem, com os ifelenses comendo inhame de manhã, de tarde e de noite, bebendo vinho de palma, porém as feiticeiras Iyá-mi, donas dos terríveis pássaros noturnos, chateadas porque não foram convidadas para a festa, resolveram acabar com o festival inhamal e enviaram para Ifé uma ave gigantesca e aterradora, que pousou na torre do palácio, promovendo a maior tragédia de que se teve notícia na Nigéria. Chamaram o destemido Oxó Togum, o caçador de vinte flechas, para matar o pássaro; errou todas, escapou de ser devorado pelo pássaro, mas foi direto para o calabouço e durante muitos anos viu o sol nascer quadrado. Chamaram então Oxó Togi, o caçador de quarenta flechas, mas não conseguiu acertar o temível pássaro e teve o mesmo destino de Oxó Togum; trouxeram Oxó Todotá, o caçador de cinqüenta flechas, que tremeu nas bases e teve o mesmo fim dos seus colegas caçadores. O rei, desesperado, não viu mais nenhum caçador famoso para chamar. Então o mensageiro da corte se lembrou de Oxó Tocanxoxô, o caçador pobre, que só tinha uma flecha. Rei e súditos riram amarelados, incrédulos. Mas era a última esperança do rei Odudua. Oxó Tocanxoxô desafiou:
— Que me cortem aos pedaços se eu não matar esse comedor de inhame gigante!
Oxó Tocanxoxô era filho único e a sua mãe não queria perdê-lo assim, sem mais nem menos. Se não matasse o pássaro, seria esquartejado. Consultou um feiticeiro famoso, que a aconselhou a fazer uma oferenda, única maneira de seu filho se salvar e se tornar rico. Ela cumpriu fielmente o ritual: em uma encruzilhada, ofereceu uma galinha com o peito aberto às Iyá-mi e gritou “que o peito do pássaro receba esta oferenda!”. O pássaro, enjoado de comer inhame, ao receber a oferenda, abriu as asas e disse “oba!”, vacilando e desguarnecendo o peito. O caçador de uma flecha só aproveitou a oportunidade para acertar o seu coração. Foi tiro e queda. Digo, foi flecha e queda. E o povo feliz, liberto do terror, ovacionou seu herói, gritando “Oxó Ussi!, Oxó Ussi”, que, com o passar do tempo, foi simplificado para Oxossi, traduzindo para o Português, significa “Guardião do povo”.
E assim os ifelenses continuaram a festa, dessa vez, comendo inhame com carne do pássaro abatido e, em agradecimento, fizeram do caçador Oxó Tocanxô, o rei de Ketu.
Oxossi é o orixá da vida. Para ele não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. Seu fetiche é um arco e flecha, uma frigideira de barro e uma pedra. Suas cores são o verde, o azul e o vermelho vivo e as filhas de santo devem vestir verde e amarelo com pulseira de bronze. Seu dia é a quinta-feira e sua festa anual é no dia de Corpus Christi. No sincretismo religioso, ele é identificado como São Jorge, na Bahia e Pernambuco e São Sebastião, no Rio de Janeiro.
Conto 03 - Um deus suicida
Oguniê!
Ogum é filho de Iemanjá com Odudua. Desde pequeno que era destemido e viril, tornando-se um guerreiro bravo e conquistador, tomando para si tudo o que desejava, das mulheres ao poder.
Ogum guerreou e conquistou a cidade de Irê, tornando-se seu rei. Expandiu seu território pelas cidades vizinhas e se transformou em senhor absoluto. Nos intervalos das guerras, criou os metais e a forja, se tornando num exímio ferreiro, fabricando, além de lanças e espadas, ferramentas úteis no campo para o plantio.
Um dia saiu a guerrear pelo mundo com seu irmão mais velho, Exu, e coroou o seu filho rei de Irê. Os moradores, em sua homenagem, fizeram voto de silêncio e de jejum que deveria ser aplicado em determinadas ocasiões.
Ogum, em sua sede de guerra, deu a volta ao mundo e nem percebeu que havia retornado ao seu reinado, Irê. Coincidiu ser o dia do voto de fome e de silêncio e Ogum não sabia disso. Faminto, sedento, queria ser servido, porém esbarrou na falta de comida e na mudez dos habitantes. Achando que era um desrespeito a ele, desembainhou a espada e cortou a cabeça de quase metade da população, incendiou as casas e quebrou tudo que encontrou pela frente. No meio da fúria, reconheceu o filho que lhe levava água e comida.
Satisfeito o apetite, o seu filho lhe falou que, em sua honra, ninguém deveria falar naquele dia. Ogum lamentou o acontecido, arrependido, disse que já vivera o bastante. Ato contínuo, cravou a espada no chão e foi tragado pela terra, fazendo um ruído medonho.
Ao abrir picadas na mata, Ogum abriu caminhos para o progresso. Está associado à luta, conquista e tecnologia e, no sincretismo, corresponde a São Jorge e o seu dia é comemorado em 23 de abril.
O dia da semana é terça-feira e os seus filhos devem vestir vermelho, azul e verde.
Conto 04 – Eram os Orixás Adúlteros?
Kawo kabiesilé, Xangô!
Eparrê, Iansã!
Quarta-feira, é o dia de Xangô e de uma de suas três esposas, Iansã, conhecida também como Oyá. Seus filhos devem vestir vermelho e branco para Xangô, ou grená e marrom para Iansã.
Xangô é o orixá símbolo da Justiça, um mulherengo inveterado e bom orador. Perseguidor implacável dos malfeitores, dizem que cospe fogo tal qual os dragões em seus momentos de fúria. No sincretismo com os santos católicos, corresponde a São Jerônimo.
Iansã é a divindade dos ventos, dos raios e das tempestades. A Santa Bárbara dos católicos. Foi a primeira esposa de Xangô e ex-esposa de Ogum, o ferreiro, este, filho de Yemanjá com Oxalá.
Diz a lenda que Oyá era companheira de Ogum e lhe auxiliava na sua metalúrgica, trabalhando como ajudante de ferreiro, ora atiçando o fole, ora carregando as ferramentas. Ogum, grato à companheira por lhe ajudar sem cobrar salário nem torrar a sua paciência, lhe presenteou com uma lança igual a sua, que tinha o poder de dividir o homem em sete. Tão apaixonado estava, que a lança de Oyá ganhou poderes de se dividir em nove durante um combate, caso fosse tocada pela arma do adversário.
Um dia Xangô apareceu jogando olhares lascivos para Oyá, uma bela morena de cabelos anelados e olhos tentadores. Xangô era um orixá vigoroso, seguro de si, usando brincos e pulseiras, além de belos anéis nos dedos. Oyá sentiu os olhares penetrantes de Xangô abalar seus alicerces sentimentais, não resistiu, e fugiu com ele para a floresta. Ogum, ferido em seus brios de macho, pediu permissão a Olorum para duelar com sua ex-amante. Queria vingar a honra ferida.
Permissão concedida, partiu Ogum atrás de Oyá e travaram um longo, violento e inesquecível duelo, e chegou uma hora que os dois se tocaram com suas armas, mutuamente. Ogum se dividiu em sete e Oyá em nove, se transformando em Iansã, que quer dizer, mãe dividida em nove, ou nove mães. Em desvantagem numérica, Ogum desistiu da luta e foi para o mar esfriar a cabeça. Xangô e Iansã pegaram um avião e foram passar a lua-de-mel em Aruanda, e viveram felizes até o dia em que apareceram duas pretendentes ao amor de Xangô: uma, outra ex-mulher de Ogum, uma guerreira de nome Obá; a outra, a mais bela das belas deidades, Oxum, a orixá da fertilidade.
Xangô, além de mulherengo, era um comilão e adorava pratos suculentos e variados. As duas pretendentes travaram um duelo ao pé do fogão, cada uma com sua culinária requintada, procurando fisgar o coração de Xangô pela boca.
Um dia Oxum preparava um prato para o seu amado com um véu cobrindo-lhe as orelhas, quando se aproximou Obá; curiosa, quis saber o que a rival estava cozinhando.
– Estou fazendo ensopado de minhas orelhas, pois descobri que Xangô adora uma orelha ensopada – disse a dengosa e inteligente orixá.
Obá ficou de botuca e viu quando Xangô chegou, se aboletou e devorou a comida com tremendo gosto e satisfação, lambendo os lábios, os dedos e repetindo o prato mais seis vezes. A semana seguinte seria a sua vez de servir o almoço para Xangô e não contou conversa: passou o facão em uma orelha sua e serviu ao molho pardo ao orixá da Guerra e da Justiça, o Guerreiro Supremo. Este, sentindo o gosto de cera de ouvido, quando soube do que se tratava, deu um urro, se levantou furioso, meteu o pé na mesa, chutou o prato longe e ainda deu uns catiripapos na orixá guerreira. Sem entender patavina de nada, Obá foi ter com Oxum e saber o que tinha saído errado. Chegando lá, caiu em si e tomou consciência de que havia sido vítima de uma sórdida armadilha, preparada pela debochada rival. Travaram o maior quebra-pau em Aruanda, com as duas se unhando e se descabelando, e Obá querendo arrancar a orelha de Oxum a dentadas, até que um vizinho correu para avisar a Xangô e o mesmo apareceu para pôr ordem na casa, distribuindo bofetões a torto e a direito, ameaçando soltar fogo pelas ventas. Dizem que as duas, com medo da fúria de Xangô, fugiram para a floresta e se transformaram em rios.
É por causa da vergonha da orelha decepada que Obá se manifesta nos humanos cobrindo as orelhas.
Conto 05 – A Sereia, o Caçador e o Sapo
Odoyá!
Iemanjá, ou Janaína, era filha de Olokun, a deusa do mar. Casou-se com Olófim Odudua e teve dez filhos, os quais gostavam muito de mamar e esticaram imensamente os seios da mãe. Como não havia cirurgia plástica naquela época nem prótese de silicone, Iemanjá, vaidosa que ela só, sentia grande vergonha de aparecer de biquíni na praia de Ifé. Um dia, cansada dos cochichos e risinhos debochados das siliconadas do reino, resolveu fugir para bem longe, rumo oeste, indo parar no reinado de Okerê, a cidade de Xaki. Como até os deuses sentem amor à primeira vista, Iemanjá e Okerê juntaram as escovas de dente, porém Iemanjá impôs uma condição ao seu amado: que ele nunca falasse de seus enormes seios. E viveram felizes para sempre até o dia em que Okerê encheu a cara de cachaça e esqueceu o prometido, passando a dizer gracinhas a respeito da protuberância das tetas de Iemanjá. Magoada e ofendida, a peituda saiu correndo mundo afora, levando um pote de porção mágica que sua mãe lhe dera para ser usado em caso de necessidade. Durante a fuga, Iemanjá tropeçou, foi ao chão, quebrando o pote da porção mágica, que a transformou em um caudaloso rio, correndo para o mar. Okerê, ciente da besteira que tinha feito pois não se pode brincar com a vaidade feminina, se transformou em uma montanha para represar as águas do mais novo rio do seu reinado. Iemanjá pediu ajuda ao seu filho Xangô, o mal-humorado, e este partiu a montanha ao meio, com um raio de não sei quantos megatons, seguindo o rio o seu curso normal, alcançando o mar, e Iemanjá se transformando na rainha das águas, para júbilo e deleite da vaidade feminina.
Se alguém quiser convidá-la para uma farra, tem que ser regada a champanhe, de preferência francesa, pois é a mais chique das divindades, não aceitando oferenda de um-nove-nove ou presente importado do Paraguai.
Seus filhos, predominantemente de mulheres, devem vestir branco e prata, aos sábados. Sua festa anual é no dia 2 de fevereiro. O santo correspondente no sincretismo é Nossa Senhora e algumas de suas denominações.
Ewê, ewê ô!
Ossaim é o orixá das folhas e das liturgias, detentor dos segredos medicinais e conhecedor das palavras que despertam o axé (força, poder) das folhas e por isso é o primeiro orixá consagrado nos rituais do candomblé, pois as folhas estão diretamente relacionadas com o cotidiano dos seguidores da afro-religião e, por causa disso, sem Ossaim e sua cura por meio das folhas, não há axé nos candomblés nem batuques nos terreiros gaúchos.
Filho caçula de Iemanjá e Oxalá, nascido na região de Iraô, na Nigéria, desde pequeno vivia no mato e aprendeu com Olodumaré o segredo das folhas, e assim viajou o mundo curando o povo. Como não havia dinheiro naquele tempo, recebia mel, fumo e cachaça como pagamento.
Os outros orixás, seus irmãos, viviam enciumados com o sucesso de Ossaim. O temperamental Xangô, um dia pediu a Iansã, sua esposa, para que soprasse um vento e espalhasse as folhas para ele e os outros orixás, para que cada um obtivesse os segredos das folhas e assim não precisassem mais dos favores do irmão, que a tudo cobrava. Iansã atendeu o pedido do marido e mandou o maior vendaval, espalhando as folhas por todo o reino de Aruanda. No meio da ventania, Ossain gritou: “eu, eu assa!”, que significava “oh, folhas” e assim evitou que o poder das mesmas fosse distribuído com os outros, pois, embora pareça fácil, só ele sabia pronunciar essas palavras e conhecer as forças de cada uma delas. Sem outra alternativa, os outros orixás tiveram que devolver as folhas para Ossaim, pois, nas mãos deles, não passavam de folhas mortas.
Carrega um bastão metálico de sete pontas, com um pombo no centro e o seu dia é a segunda-feira, para o Candomblé, e a terça-feira, para o Batuque, e seus filhos devem vestir verde e branco (Candomblé) e verde e amarelo (Batuque).*
*O Batuque é um variante do Candomblé, no Rio Grande do Sul.
Loci, loci, Logum!
Já falei da disputa de Oxum, a mais bela das divindades, e da guerreira Obá, a orixá de uma orelha só e dos amores impossíveis, pelo amor de Xangô, o orixá dos raios, e que culminou na maior disputa culinária que Xangô pôde apreciar e degustar.
Só que Oxum, a deusa da fertilidade, tempos antes de se meter nessa encrenca, era casada com Ogum, o ferreiro guerreiro, e nutria uma paixão desenfreada por Oxossi, o todo-poderoso. Um dia, Ogum partiu para mais uma batalha e Oxum aproveitou para pular a cerca e, como as orixás não usavam anticoncepcional nem se preveniam com camisinha, Oxum ficou grávida de Oxossi.
Nove meses passados, Ogum mandou avisar que estava de volta, justamente quando Oxum dava a luz ao filho de Oxossi. Não podendo mostrar o rebento para o marido, prova cabal de sua traição, deixou o filho em cima de um lírio e foi acalmar Ogum, que voltava doido por um xodó.
Tempos depois, passeando Iansã pela mata, encontrou o menino e o criou, ensinando- o a arte da caça e da pesca. Deu-lhe o nome de Logum Edé que se tornou no mais belo dos orixás.
Caçador nato, certo dia ele se encontrava no alto de uma cachoeira e avistou uma bela mulher se olhando no espelho. Parou e ficou admirando aquela deusa da beleza e da sensualidade, sem saber que se tratava da sua mãe.
Oxum, sentindo-se observada e desejada, mirou o espelho para Logum Edé que caiu encantado dentro d'água, transformado em cavalo-marinho. Ao saber do acontecido, Iansã procurou Ogum e lhe disse tratar-se do seu filho bastardo. Oxum desfez o encantamento, porém transformou Logun Edé em um anfíbio, sendo que seis meses viveria na água e seis meses na terra.
Único orixá hermafrodita, no Brasil ele é cultuado como caçador e em uma parte da África também; a outra parte acha que ele é uma versão masculina de Oxum. O seu dia é a quinta-feira e os seus filhos devem vestir azul-turquesa e amarelo. O seu símbolo é o ofá (arco e flecha) e o leque, chamado de abebé.
Conto 06 - A Vovó e os Netinhos
Burukê Salubá Nanã!
Nana Burukê, a ancestral dos orixás, é a deidade dos lagos e pântanos, mas não é por isso que alguns dos seus filhos vivem no atoleiro. Às vezes é considerada a mãe, outras vezes, a avó dos orixás. Como acontece na vida real, está sendo relegada a segundo plano e alguns terreiros já a internaram em asilo para velhinhos. Na sua juventude, foi considerada a mãe da Terra, a divindade que tudo sabia e que tudo determinava, mas, com o passar do tempo, arranjaram-lhe outra função, a de guia das almas desencarnadas, mas já há quem pense em destituí-la de tal função pois, devido à idade avançada, não tem mais discernimento na hora de separar o joio do trigo, ou seja, está conduzindo a alma de alguns políticos para a Ala dos Inocentes.
Usa uma vassoura de palha para neutralizar as energias negativas do ar e purificar a atmosfera, e aquele que tem olho gordo não deve passar por perto do seu terreiro, porém os seus filhos, poucos mas tem, devem se manifestar no dia de sábado, usando roxo, branco e azul escuro.
Ibeji omo olorum!
Ibeji oró!
Orixás erês (crianças), portadores da alegria e da pureza, protetores dos irmãos gêmeos e dominadores de tudo que nasce, os Ibejis são divindades gêmeas infantis, muito festejadas no mês de setembro, principalmente por aqueles que tiveram filhos gêmeos. Brincalhões e irreverentes, têm o seu culto próprio, apesar de, em algumas variantes da afro-religião, serem considerados como Xangô e Oxum crianças.
Não há cores preferidas no seu dia, sendo que as mais utilizadas são as cores vermelha, branca, azul e amarela. O seu dia é terça-feira e domingo e a festa anual é em 27 de setembro. No sincretismo católico, corresponde a São Cosme e a São Damião.
Havia dois pequenos príncipes gêmeos que trazia a sorte para as pessoas e resolviam problemas insolúveis, inclusive dor-de-cotovelo e menopausa precoce. Como eram crianças, só aceitavam pagamento em doces, guloseimas, brinquedos ou viagem de férias para a Disney.
Como não poderia deixar de ser, eram muito peraltas e viviam aprontando poucas e boas, apesar dos seus pais serem rígidos na educação. Um dia de aula comum, desviaram-se da escola para tomar banho de cachoeira. Um deles escorregou do alto do penhasco, caiu no rio e morreu afogado, o que levou o rei a decretar luto oficial por três dias. O príncipe sobrevivente não se perdoava pela infeliz idéia de ter convencido o irmão a gazetear a aula para um banho de rio e também queria morrer. Vivia chorando pelos cantos, sem comer nada, e orando a Orumilá para levá-lo também, pois sentia muita saudade do irmão. Sensibilizada, Orumilá resolveu atender ao seu pedido e o levou a passear com o irmão em nuvens de algodão doce, deixando na terra duas imagens de barro, as quais devem ser deixadas oferendas pelos seus devotos.
Conto 07 – As Criaturas
Arrumbobô!
Nana Burukê concebeu um filho de Oxalá, o terrível e temível de feio Obaluaiyê, um monstro, se comparado aos outros bebês de Aruanda. Quando Nanã Burukê passava com o primogênito, as outras mães começavam a cantar: “ô, coisinha/ tão bonitinho/ do pai!” e a mulher de Oxalá foi consultar Ifá, o orixá ginecologista, e este lhe disse que convencesse Oxalá a lhe dar outro filho, que seria uma candura de menino, belo o tanto quanto o arco-íris, porém ela não privaria de sua companhia, não poderia amamentá-lo nem trocar a sua fralda.
E assim, depois que engravidou, passou a esnobar as vizinhas, pois sabia que o seu filho seria uma belezura de menino. Nove meses depois nasceu um estranho rebento, que recebeu o nome de Oxumaré. Quando a enfermeira levou o garoto para a mãe dar um cheiro, ele se transformou em um arco-íris e desapareceu no céu, e, como dizia as profecias, durante seis meses do ano ele passou a decompor as cores da luz, canalizando água para o seu pai Oxalá, em Aruanda. Os outros seis meses ele se transformava em cobra, que dava uma volta na Terra. Faminto, queria comer o próprio rabo e, de tanto se esforçar, deu um solavanco no planeta e este nunca mais parou de girar sobre o seu eixo.
Considerado o transmissor do axé e da sabedoria, Senhor do arco-íris, o seu símbolo da cobra mordendo o próprio rabo representa a Vida, a Morte e o Renascimento. O seu dia é a quinta-feira, suas cores são amarelas e pretas e deve se usar um adorno com duas cobras de metal.
Atotô Obaluaiê! Atotô baba!
Omolu, o representante da varíola e de todo tipo de epidemia, mete medo em quem o vê. Irmão mais velho de Oxumaré, vive enrolado dos pés à cabeça para esconder as feridas e o corpo esquelético, e curvado sob as dores e os tremores da febre. Carrega um cetro adornado em contas e búzios, de nome Xaxará, que usa como captador de cargas negativas.
Também é conhecido como Xapanã e Obaluyaiê, quase não há seguidores, sendo que os poucos filhos devem vestir preto, vermelho e branco no dia de segunda-feira. No sincretismo, corresponde a São Lázaro, o santo das chagas, e sua festa anual é em 17 de dezembro.
Irrô!
Rincô Ewá!
Ewá era uma exímia e bela caçadora. Sua beleza não só ofuscava os admiradores, como também cegava, devido ao veneno que ela lançava em quem ousasse lhe encarar ou lhe dar uma simples piscadela de olhos. Um dia ela encontrou Omolu, o Ser Supremo, vadiando pela mata e por ele se apaixonou perdidamente. Casaram-se na igreja e no civil, porém Omulu era extremamente ciumento e um dia, desconfiado dos bochichos à boca pequena da vizinhança fofoqueira, se invocou que estava sendo traído e prendeu Ewá em um formigueiro, deixando-a entregue à própria sorte. As formigas fizeram um banquete com a carne da rainha da caça e da beleza, e quando Ewá ameaçou dar o último suspiro, Omulu apareceu e a levou para casa, certo de que a sirigaita havia aprendido a lição. Ewá ficou totalmente deformada pelas picadas das formigas, cheia de hematomas pelo corpo. O seu rosto, cuja beleza matara muita gente, virou um rosto feio e disforme, tomado pelas cicatrizes. Omulu a cobriu de palha-da-costa, de coloração vermelha, para que ninguém visse sua feiúra nem o repreendesse pelo castigo dado à esposa por uma simples suspeita. Qualquer semelhança com o mundo dos mortais é mera coincidência.
É considerada a orixá da temperança e da pureza. Os seus filhos devem vestir vermelho, no sábado.
Laroiê Exu Mojubá!
Ao contrário do que se pensa a respeito dele, Exu é o mensageiro dos orixás, elemento de ligação entre o mundo dos vivos e o espiritual. De tanto subir e descer, adquiriu o vício dos humanos e só trabalha mediante pagamento, quer seja em dinheiro, bebida ou sacrifício de animais. Quem não cumprir o trato, será severamente castigado por ele.
No jogo de Ifá (jogo de búzios), ele é portador da resposta.
Conhecido também como Legba ou Elegba, carrega sempre seu bastão de madeira de nome Ógo e os seus poucos seguidores devem usar roupa preta e vermelha nos dias de segunda-feira. Não há santo correspondente na religião católica, sendo que ele é erroneamente comparado com o Diabo. Mas, por precaução, é melhor não invocá-lo em vão, pois há três tipos de Exus (Pagão, Batizado e Coroado) e um deles, o Pagão, gosta de reverter as coisas quando não se sai bem lá em cima. Ou seja: o feitiço pode virar contra o feiticeiro.
Todo orixá tem um Exu, ou o seu mensageiro.
Conto 01 – Os Orixás Viajaram em Tumbeiros
Saravá, meu pai, confio em Deus! Saravá é uma saudação nos terreiros de cultos afro-brasileiros, que tem o significado de “salve”. Corruptela da palavra portuguesa “salvar”, cujos escravos tinham dificuldade de pronunciar, e diziam “salavar”. Sob a influência da fonologia banta, passou a se falar “saravá”, para desespero e raiva dos puristas gramaticais, que acham que a nossa Língua tem que ser a mesma que veio nas caravelas de Pedro Álvares Cabral e seus sucessores, não importando a dimensão continental do Brasil nem a origem dos seus povoadores. Saravá!
Apesar de ser Oxalá o criador da humanidade, não é ele o Ser Supremo de Aruanda. Isso compete a Olorum, o deus-Uno, o Criador do Plano Astral e dos orixás, que um dia foram gente influente e poderosa aqui na terra e se tornaram entidades divinizadas quando desencarnaram, servindo de ponte que liga os humanos a Olorum, ou Olodumaré (Olorum para os nagôs; Zambi ou Obatalá para os bantus), com suas paixões e defeitos, cuja origem remota a mais de cinco mil anos.
Aruanda é um dos nomes do plano astral superior, o Paraíso dos católicos, os Campos Elíseos dos gregos. A Roma iorubaiana fica em Ifé, cidade a sudoeste da Nigéria, hoje com uma população de 152 mil habitantes. O Latim de seus cultos se chama Iorubá, que teve sua origem na Nigéria Ocidental e se espalhou pelo mundo nos navios negreiros, sendo que os iorubaianos, trazidos em larga escala para o Brasil, aqui chegando, receberam o nome de nagô e exerceram forte influência social e religiosa sobre outros grupos igualmente escravizados, principalmente na Bahia, com exceção dos malês, negros da África muçulmana, praticantes do Islã.
O sincretismo religioso que se propaga aos quatro ventos como fato consumado entre o catolicismo e a afro-religião, mais propriamente ao Candomblé, não é, de fato, a fusão filosófica das duas religiões em uma só, conforme acepção da palavra. Nem mesmo há uma fusão parcial. Os negros, proibidos de cultuar seus deuses nas senzalas ou nos morros, fingiam homenagear os santos católicos nas suas festas e batuques e assim eram tolerados pelos brancos e deixados em paz pela polícia. Nas festas ditas sincréticas, o que há é um paralelismo dogmático entre os católicos, que cultuam seus santos em suas igrejas ou comunidades, e os seguidores da afro-religião, que reverenciam suas deidades em seus batuques, não havendo nenhuma síntese doutrinária ou junção filosófica entre essas religiões. Cada uma segue o seu rito distinto, sem consagração sacramental nos terreiros, nem toque de atabaques nas eucaristias.
Epa baba! Saravá, meu rei!
Sexta-feira é dia de Oxalá, o criador da humanidade, e os seus filhos devem vestir branco.
Oxalá tem vários nomes, entre eles, Oxalufan, que é Oxalá velho, Oxaguian, quando está guerreando, Orixanlá pra qualquer coisa, e Obatalá, quando assume sua condição de Rei Branco e leva semanas para tomar uma decisão importante, ponderando os prós e os contra, com lenta meticulosidade. No sincretismo baiano, ele é o Senhor do Bonfim, a maior divindade dos baianos, e talvez seja por causa de Obatalá que os conterrâneos do ministro Gilberto Gil levam semanas para morrer de morte súbita. Nos outros cantos do Brasil ele é Jesus Cristo.
Faz parte do seu traje de cerimonial: seu cajado de prata ou de metal prateado, ornado de arandelas sobrepostas, encimado por um pássaro ou coroa, chamado de opaxorô, ou paxorô.
Conto 02 - O Rei e o Pássaro Comedor de Inhame
Okê Arô!
Okê Oxossi!
No reino de Ifé, no sudoeste da Nigéria, todos os anos se comemorava a festa dos inhames e ninguém podia usufruir a nova colheita enquanto não acabasse a farra. O rei Odudua, nesse dia, fazia questão de desfilar com suas mulheres e ministros, distribuindo simpatia no meio do povo. A festa corria bem, com os ifelenses comendo inhame de manhã, de tarde e de noite, bebendo vinho de palma, porém as feiticeiras Iyá-mi, donas dos terríveis pássaros noturnos, chateadas porque não foram convidadas para a festa, resolveram acabar com o festival inhamal e enviaram para Ifé uma ave gigantesca e aterradora, que pousou na torre do palácio, promovendo a maior tragédia de que se teve notícia na Nigéria. Chamaram o destemido Oxó Togum, o caçador de vinte flechas, para matar o pássaro; errou todas, escapou de ser devorado pelo pássaro, mas foi direto para o calabouço e durante muitos anos viu o sol nascer quadrado. Chamaram então Oxó Togi, o caçador de quarenta flechas, mas não conseguiu acertar o temível pássaro e teve o mesmo destino de Oxó Togum; trouxeram Oxó Todotá, o caçador de cinqüenta flechas, que tremeu nas bases e teve o mesmo fim dos seus colegas caçadores. O rei, desesperado, não viu mais nenhum caçador famoso para chamar. Então o mensageiro da corte se lembrou de Oxó Tocanxoxô, o caçador pobre, que só tinha uma flecha. Rei e súditos riram amarelados, incrédulos. Mas era a última esperança do rei Odudua. Oxó Tocanxoxô desafiou:
— Que me cortem aos pedaços se eu não matar esse comedor de inhame gigante!
Oxó Tocanxoxô era filho único e a sua mãe não queria perdê-lo assim, sem mais nem menos. Se não matasse o pássaro, seria esquartejado. Consultou um feiticeiro famoso, que a aconselhou a fazer uma oferenda, única maneira de seu filho se salvar e se tornar rico. Ela cumpriu fielmente o ritual: em uma encruzilhada, ofereceu uma galinha com o peito aberto às Iyá-mi e gritou “que o peito do pássaro receba esta oferenda!”. O pássaro, enjoado de comer inhame, ao receber a oferenda, abriu as asas e disse “oba!”, vacilando e desguarnecendo o peito. O caçador de uma flecha só aproveitou a oportunidade para acertar o seu coração. Foi tiro e queda. Digo, foi flecha e queda. E o povo feliz, liberto do terror, ovacionou seu herói, gritando “Oxó Ussi!, Oxó Ussi”, que, com o passar do tempo, foi simplificado para Oxossi, traduzindo para o Português, significa “Guardião do povo”.
E assim os ifelenses continuaram a festa, dessa vez, comendo inhame com carne do pássaro abatido e, em agradecimento, fizeram do caçador Oxó Tocanxô, o rei de Ketu.
Oxossi é o orixá da vida. Para ele não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. Seu fetiche é um arco e flecha, uma frigideira de barro e uma pedra. Suas cores são o verde, o azul e o vermelho vivo e as filhas de santo devem vestir verde e amarelo com pulseira de bronze. Seu dia é a quinta-feira e sua festa anual é no dia de Corpus Christi. No sincretismo religioso, ele é identificado como São Jorge, na Bahia e Pernambuco e São Sebastião, no Rio de Janeiro.
Conto 03 - Um deus suicida
Oguniê!
Ogum é filho de Iemanjá com Odudua. Desde pequeno que era destemido e viril, tornando-se um guerreiro bravo e conquistador, tomando para si tudo o que desejava, das mulheres ao poder.
Ogum guerreou e conquistou a cidade de Irê, tornando-se seu rei. Expandiu seu território pelas cidades vizinhas e se transformou em senhor absoluto. Nos intervalos das guerras, criou os metais e a forja, se tornando num exímio ferreiro, fabricando, além de lanças e espadas, ferramentas úteis no campo para o plantio.
Um dia saiu a guerrear pelo mundo com seu irmão mais velho, Exu, e coroou o seu filho rei de Irê. Os moradores, em sua homenagem, fizeram voto de silêncio e de jejum que deveria ser aplicado em determinadas ocasiões.
Ogum, em sua sede de guerra, deu a volta ao mundo e nem percebeu que havia retornado ao seu reinado, Irê. Coincidiu ser o dia do voto de fome e de silêncio e Ogum não sabia disso. Faminto, sedento, queria ser servido, porém esbarrou na falta de comida e na mudez dos habitantes. Achando que era um desrespeito a ele, desembainhou a espada e cortou a cabeça de quase metade da população, incendiou as casas e quebrou tudo que encontrou pela frente. No meio da fúria, reconheceu o filho que lhe levava água e comida.
Satisfeito o apetite, o seu filho lhe falou que, em sua honra, ninguém deveria falar naquele dia. Ogum lamentou o acontecido, arrependido, disse que já vivera o bastante. Ato contínuo, cravou a espada no chão e foi tragado pela terra, fazendo um ruído medonho.
Ao abrir picadas na mata, Ogum abriu caminhos para o progresso. Está associado à luta, conquista e tecnologia e, no sincretismo, corresponde a São Jorge e o seu dia é comemorado em 23 de abril.
O dia da semana é terça-feira e os seus filhos devem vestir vermelho, azul e verde.
Conto 04 – Eram os Orixás Adúlteros?
Kawo kabiesilé, Xangô!
Eparrê, Iansã!
Quarta-feira, é o dia de Xangô e de uma de suas três esposas, Iansã, conhecida também como Oyá. Seus filhos devem vestir vermelho e branco para Xangô, ou grená e marrom para Iansã.
Xangô é o orixá símbolo da Justiça, um mulherengo inveterado e bom orador. Perseguidor implacável dos malfeitores, dizem que cospe fogo tal qual os dragões em seus momentos de fúria. No sincretismo com os santos católicos, corresponde a São Jerônimo.
Iansã é a divindade dos ventos, dos raios e das tempestades. A Santa Bárbara dos católicos. Foi a primeira esposa de Xangô e ex-esposa de Ogum, o ferreiro, este, filho de Yemanjá com Oxalá.
Diz a lenda que Oyá era companheira de Ogum e lhe auxiliava na sua metalúrgica, trabalhando como ajudante de ferreiro, ora atiçando o fole, ora carregando as ferramentas. Ogum, grato à companheira por lhe ajudar sem cobrar salário nem torrar a sua paciência, lhe presenteou com uma lança igual a sua, que tinha o poder de dividir o homem em sete. Tão apaixonado estava, que a lança de Oyá ganhou poderes de se dividir em nove durante um combate, caso fosse tocada pela arma do adversário.
Um dia Xangô apareceu jogando olhares lascivos para Oyá, uma bela morena de cabelos anelados e olhos tentadores. Xangô era um orixá vigoroso, seguro de si, usando brincos e pulseiras, além de belos anéis nos dedos. Oyá sentiu os olhares penetrantes de Xangô abalar seus alicerces sentimentais, não resistiu, e fugiu com ele para a floresta. Ogum, ferido em seus brios de macho, pediu permissão a Olorum para duelar com sua ex-amante. Queria vingar a honra ferida.
Permissão concedida, partiu Ogum atrás de Oyá e travaram um longo, violento e inesquecível duelo, e chegou uma hora que os dois se tocaram com suas armas, mutuamente. Ogum se dividiu em sete e Oyá em nove, se transformando em Iansã, que quer dizer, mãe dividida em nove, ou nove mães. Em desvantagem numérica, Ogum desistiu da luta e foi para o mar esfriar a cabeça. Xangô e Iansã pegaram um avião e foram passar a lua-de-mel em Aruanda, e viveram felizes até o dia em que apareceram duas pretendentes ao amor de Xangô: uma, outra ex-mulher de Ogum, uma guerreira de nome Obá; a outra, a mais bela das belas deidades, Oxum, a orixá da fertilidade.
Xangô, além de mulherengo, era um comilão e adorava pratos suculentos e variados. As duas pretendentes travaram um duelo ao pé do fogão, cada uma com sua culinária requintada, procurando fisgar o coração de Xangô pela boca.
Um dia Oxum preparava um prato para o seu amado com um véu cobrindo-lhe as orelhas, quando se aproximou Obá; curiosa, quis saber o que a rival estava cozinhando.
– Estou fazendo ensopado de minhas orelhas, pois descobri que Xangô adora uma orelha ensopada – disse a dengosa e inteligente orixá.
Obá ficou de botuca e viu quando Xangô chegou, se aboletou e devorou a comida com tremendo gosto e satisfação, lambendo os lábios, os dedos e repetindo o prato mais seis vezes. A semana seguinte seria a sua vez de servir o almoço para Xangô e não contou conversa: passou o facão em uma orelha sua e serviu ao molho pardo ao orixá da Guerra e da Justiça, o Guerreiro Supremo. Este, sentindo o gosto de cera de ouvido, quando soube do que se tratava, deu um urro, se levantou furioso, meteu o pé na mesa, chutou o prato longe e ainda deu uns catiripapos na orixá guerreira. Sem entender patavina de nada, Obá foi ter com Oxum e saber o que tinha saído errado. Chegando lá, caiu em si e tomou consciência de que havia sido vítima de uma sórdida armadilha, preparada pela debochada rival. Travaram o maior quebra-pau em Aruanda, com as duas se unhando e se descabelando, e Obá querendo arrancar a orelha de Oxum a dentadas, até que um vizinho correu para avisar a Xangô e o mesmo apareceu para pôr ordem na casa, distribuindo bofetões a torto e a direito, ameaçando soltar fogo pelas ventas. Dizem que as duas, com medo da fúria de Xangô, fugiram para a floresta e se transformaram em rios.
É por causa da vergonha da orelha decepada que Obá se manifesta nos humanos cobrindo as orelhas.
Conto 05 – A Sereia, o Caçador e o Sapo
Odoyá!
Iemanjá, ou Janaína, era filha de Olokun, a deusa do mar. Casou-se com Olófim Odudua e teve dez filhos, os quais gostavam muito de mamar e esticaram imensamente os seios da mãe. Como não havia cirurgia plástica naquela época nem prótese de silicone, Iemanjá, vaidosa que ela só, sentia grande vergonha de aparecer de biquíni na praia de Ifé. Um dia, cansada dos cochichos e risinhos debochados das siliconadas do reino, resolveu fugir para bem longe, rumo oeste, indo parar no reinado de Okerê, a cidade de Xaki. Como até os deuses sentem amor à primeira vista, Iemanjá e Okerê juntaram as escovas de dente, porém Iemanjá impôs uma condição ao seu amado: que ele nunca falasse de seus enormes seios. E viveram felizes para sempre até o dia em que Okerê encheu a cara de cachaça e esqueceu o prometido, passando a dizer gracinhas a respeito da protuberância das tetas de Iemanjá. Magoada e ofendida, a peituda saiu correndo mundo afora, levando um pote de porção mágica que sua mãe lhe dera para ser usado em caso de necessidade. Durante a fuga, Iemanjá tropeçou, foi ao chão, quebrando o pote da porção mágica, que a transformou em um caudaloso rio, correndo para o mar. Okerê, ciente da besteira que tinha feito pois não se pode brincar com a vaidade feminina, se transformou em uma montanha para represar as águas do mais novo rio do seu reinado. Iemanjá pediu ajuda ao seu filho Xangô, o mal-humorado, e este partiu a montanha ao meio, com um raio de não sei quantos megatons, seguindo o rio o seu curso normal, alcançando o mar, e Iemanjá se transformando na rainha das águas, para júbilo e deleite da vaidade feminina.
Se alguém quiser convidá-la para uma farra, tem que ser regada a champanhe, de preferência francesa, pois é a mais chique das divindades, não aceitando oferenda de um-nove-nove ou presente importado do Paraguai.
Seus filhos, predominantemente de mulheres, devem vestir branco e prata, aos sábados. Sua festa anual é no dia 2 de fevereiro. O santo correspondente no sincretismo é Nossa Senhora e algumas de suas denominações.
Ewê, ewê ô!
Ossaim é o orixá das folhas e das liturgias, detentor dos segredos medicinais e conhecedor das palavras que despertam o axé (força, poder) das folhas e por isso é o primeiro orixá consagrado nos rituais do candomblé, pois as folhas estão diretamente relacionadas com o cotidiano dos seguidores da afro-religião e, por causa disso, sem Ossaim e sua cura por meio das folhas, não há axé nos candomblés nem batuques nos terreiros gaúchos.
Filho caçula de Iemanjá e Oxalá, nascido na região de Iraô, na Nigéria, desde pequeno vivia no mato e aprendeu com Olodumaré o segredo das folhas, e assim viajou o mundo curando o povo. Como não havia dinheiro naquele tempo, recebia mel, fumo e cachaça como pagamento.
Os outros orixás, seus irmãos, viviam enciumados com o sucesso de Ossaim. O temperamental Xangô, um dia pediu a Iansã, sua esposa, para que soprasse um vento e espalhasse as folhas para ele e os outros orixás, para que cada um obtivesse os segredos das folhas e assim não precisassem mais dos favores do irmão, que a tudo cobrava. Iansã atendeu o pedido do marido e mandou o maior vendaval, espalhando as folhas por todo o reino de Aruanda. No meio da ventania, Ossain gritou: “eu, eu assa!”, que significava “oh, folhas” e assim evitou que o poder das mesmas fosse distribuído com os outros, pois, embora pareça fácil, só ele sabia pronunciar essas palavras e conhecer as forças de cada uma delas. Sem outra alternativa, os outros orixás tiveram que devolver as folhas para Ossaim, pois, nas mãos deles, não passavam de folhas mortas.
Carrega um bastão metálico de sete pontas, com um pombo no centro e o seu dia é a segunda-feira, para o Candomblé, e a terça-feira, para o Batuque, e seus filhos devem vestir verde e branco (Candomblé) e verde e amarelo (Batuque).*
*O Batuque é um variante do Candomblé, no Rio Grande do Sul.
Loci, loci, Logum!
Já falei da disputa de Oxum, a mais bela das divindades, e da guerreira Obá, a orixá de uma orelha só e dos amores impossíveis, pelo amor de Xangô, o orixá dos raios, e que culminou na maior disputa culinária que Xangô pôde apreciar e degustar.
Só que Oxum, a deusa da fertilidade, tempos antes de se meter nessa encrenca, era casada com Ogum, o ferreiro guerreiro, e nutria uma paixão desenfreada por Oxossi, o todo-poderoso. Um dia, Ogum partiu para mais uma batalha e Oxum aproveitou para pular a cerca e, como as orixás não usavam anticoncepcional nem se preveniam com camisinha, Oxum ficou grávida de Oxossi.
Nove meses passados, Ogum mandou avisar que estava de volta, justamente quando Oxum dava a luz ao filho de Oxossi. Não podendo mostrar o rebento para o marido, prova cabal de sua traição, deixou o filho em cima de um lírio e foi acalmar Ogum, que voltava doido por um xodó.
Tempos depois, passeando Iansã pela mata, encontrou o menino e o criou, ensinando- o a arte da caça e da pesca. Deu-lhe o nome de Logum Edé que se tornou no mais belo dos orixás.
Caçador nato, certo dia ele se encontrava no alto de uma cachoeira e avistou uma bela mulher se olhando no espelho. Parou e ficou admirando aquela deusa da beleza e da sensualidade, sem saber que se tratava da sua mãe.
Oxum, sentindo-se observada e desejada, mirou o espelho para Logum Edé que caiu encantado dentro d'água, transformado em cavalo-marinho. Ao saber do acontecido, Iansã procurou Ogum e lhe disse tratar-se do seu filho bastardo. Oxum desfez o encantamento, porém transformou Logun Edé em um anfíbio, sendo que seis meses viveria na água e seis meses na terra.
Único orixá hermafrodita, no Brasil ele é cultuado como caçador e em uma parte da África também; a outra parte acha que ele é uma versão masculina de Oxum. O seu dia é a quinta-feira e os seus filhos devem vestir azul-turquesa e amarelo. O seu símbolo é o ofá (arco e flecha) e o leque, chamado de abebé.
Conto 06 - A Vovó e os Netinhos
Burukê Salubá Nanã!
Nana Burukê, a ancestral dos orixás, é a deidade dos lagos e pântanos, mas não é por isso que alguns dos seus filhos vivem no atoleiro. Às vezes é considerada a mãe, outras vezes, a avó dos orixás. Como acontece na vida real, está sendo relegada a segundo plano e alguns terreiros já a internaram em asilo para velhinhos. Na sua juventude, foi considerada a mãe da Terra, a divindade que tudo sabia e que tudo determinava, mas, com o passar do tempo, arranjaram-lhe outra função, a de guia das almas desencarnadas, mas já há quem pense em destituí-la de tal função pois, devido à idade avançada, não tem mais discernimento na hora de separar o joio do trigo, ou seja, está conduzindo a alma de alguns políticos para a Ala dos Inocentes.
Usa uma vassoura de palha para neutralizar as energias negativas do ar e purificar a atmosfera, e aquele que tem olho gordo não deve passar por perto do seu terreiro, porém os seus filhos, poucos mas tem, devem se manifestar no dia de sábado, usando roxo, branco e azul escuro.
Ibeji omo olorum!
Ibeji oró!
Orixás erês (crianças), portadores da alegria e da pureza, protetores dos irmãos gêmeos e dominadores de tudo que nasce, os Ibejis são divindades gêmeas infantis, muito festejadas no mês de setembro, principalmente por aqueles que tiveram filhos gêmeos. Brincalhões e irreverentes, têm o seu culto próprio, apesar de, em algumas variantes da afro-religião, serem considerados como Xangô e Oxum crianças.
Não há cores preferidas no seu dia, sendo que as mais utilizadas são as cores vermelha, branca, azul e amarela. O seu dia é terça-feira e domingo e a festa anual é em 27 de setembro. No sincretismo católico, corresponde a São Cosme e a São Damião.
Havia dois pequenos príncipes gêmeos que trazia a sorte para as pessoas e resolviam problemas insolúveis, inclusive dor-de-cotovelo e menopausa precoce. Como eram crianças, só aceitavam pagamento em doces, guloseimas, brinquedos ou viagem de férias para a Disney.
Como não poderia deixar de ser, eram muito peraltas e viviam aprontando poucas e boas, apesar dos seus pais serem rígidos na educação. Um dia de aula comum, desviaram-se da escola para tomar banho de cachoeira. Um deles escorregou do alto do penhasco, caiu no rio e morreu afogado, o que levou o rei a decretar luto oficial por três dias. O príncipe sobrevivente não se perdoava pela infeliz idéia de ter convencido o irmão a gazetear a aula para um banho de rio e também queria morrer. Vivia chorando pelos cantos, sem comer nada, e orando a Orumilá para levá-lo também, pois sentia muita saudade do irmão. Sensibilizada, Orumilá resolveu atender ao seu pedido e o levou a passear com o irmão em nuvens de algodão doce, deixando na terra duas imagens de barro, as quais devem ser deixadas oferendas pelos seus devotos.
Conto 07 – As Criaturas
Arrumbobô!
Nana Burukê concebeu um filho de Oxalá, o terrível e temível de feio Obaluaiyê, um monstro, se comparado aos outros bebês de Aruanda. Quando Nanã Burukê passava com o primogênito, as outras mães começavam a cantar: “ô, coisinha/ tão bonitinho/ do pai!” e a mulher de Oxalá foi consultar Ifá, o orixá ginecologista, e este lhe disse que convencesse Oxalá a lhe dar outro filho, que seria uma candura de menino, belo o tanto quanto o arco-íris, porém ela não privaria de sua companhia, não poderia amamentá-lo nem trocar a sua fralda.
E assim, depois que engravidou, passou a esnobar as vizinhas, pois sabia que o seu filho seria uma belezura de menino. Nove meses depois nasceu um estranho rebento, que recebeu o nome de Oxumaré. Quando a enfermeira levou o garoto para a mãe dar um cheiro, ele se transformou em um arco-íris e desapareceu no céu, e, como dizia as profecias, durante seis meses do ano ele passou a decompor as cores da luz, canalizando água para o seu pai Oxalá, em Aruanda. Os outros seis meses ele se transformava em cobra, que dava uma volta na Terra. Faminto, queria comer o próprio rabo e, de tanto se esforçar, deu um solavanco no planeta e este nunca mais parou de girar sobre o seu eixo.
Considerado o transmissor do axé e da sabedoria, Senhor do arco-íris, o seu símbolo da cobra mordendo o próprio rabo representa a Vida, a Morte e o Renascimento. O seu dia é a quinta-feira, suas cores são amarelas e pretas e deve se usar um adorno com duas cobras de metal.
Atotô Obaluaiê! Atotô baba!
Omolu, o representante da varíola e de todo tipo de epidemia, mete medo em quem o vê. Irmão mais velho de Oxumaré, vive enrolado dos pés à cabeça para esconder as feridas e o corpo esquelético, e curvado sob as dores e os tremores da febre. Carrega um cetro adornado em contas e búzios, de nome Xaxará, que usa como captador de cargas negativas.
Também é conhecido como Xapanã e Obaluyaiê, quase não há seguidores, sendo que os poucos filhos devem vestir preto, vermelho e branco no dia de segunda-feira. No sincretismo, corresponde a São Lázaro, o santo das chagas, e sua festa anual é em 17 de dezembro.
Irrô!
Rincô Ewá!
Ewá era uma exímia e bela caçadora. Sua beleza não só ofuscava os admiradores, como também cegava, devido ao veneno que ela lançava em quem ousasse lhe encarar ou lhe dar uma simples piscadela de olhos. Um dia ela encontrou Omolu, o Ser Supremo, vadiando pela mata e por ele se apaixonou perdidamente. Casaram-se na igreja e no civil, porém Omulu era extremamente ciumento e um dia, desconfiado dos bochichos à boca pequena da vizinhança fofoqueira, se invocou que estava sendo traído e prendeu Ewá em um formigueiro, deixando-a entregue à própria sorte. As formigas fizeram um banquete com a carne da rainha da caça e da beleza, e quando Ewá ameaçou dar o último suspiro, Omulu apareceu e a levou para casa, certo de que a sirigaita havia aprendido a lição. Ewá ficou totalmente deformada pelas picadas das formigas, cheia de hematomas pelo corpo. O seu rosto, cuja beleza matara muita gente, virou um rosto feio e disforme, tomado pelas cicatrizes. Omulu a cobriu de palha-da-costa, de coloração vermelha, para que ninguém visse sua feiúra nem o repreendesse pelo castigo dado à esposa por uma simples suspeita. Qualquer semelhança com o mundo dos mortais é mera coincidência.
É considerada a orixá da temperança e da pureza. Os seus filhos devem vestir vermelho, no sábado.
Laroiê Exu Mojubá!
Ao contrário do que se pensa a respeito dele, Exu é o mensageiro dos orixás, elemento de ligação entre o mundo dos vivos e o espiritual. De tanto subir e descer, adquiriu o vício dos humanos e só trabalha mediante pagamento, quer seja em dinheiro, bebida ou sacrifício de animais. Quem não cumprir o trato, será severamente castigado por ele.
No jogo de Ifá (jogo de búzios), ele é portador da resposta.
Conhecido também como Legba ou Elegba, carrega sempre seu bastão de madeira de nome Ógo e os seus poucos seguidores devem usar roupa preta e vermelha nos dias de segunda-feira. Não há santo correspondente na religião católica, sendo que ele é erroneamente comparado com o Diabo. Mas, por precaução, é melhor não invocá-lo em vão, pois há três tipos de Exus (Pagão, Batizado e Coroado) e um deles, o Pagão, gosta de reverter as coisas quando não se sai bem lá em cima. Ou seja: o feitiço pode virar contra o feiticeiro.
Todo orixá tem um Exu, ou o seu mensageiro.
Sim, devemos trabalhar durante a Quaresma!
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A Umbanda e o Candomblé têm tudo a ver com o período colonial brasileiro, ou seja, com a época que, para a vergonha de todos nós, o poder branco europeu instituiu a escravidão dos negros para a salvação de suas almas. Dizia-se que escravizar era a forma de fazer com que os negros, e consequentemente suas crenças nos Orixás africanos, se tornassem bons cristãos para salvarem suas almas. Com esse pensamento hipócrita e depois de fracassarem nas tentativas escravizar os índios brasileiros, a Igreja Católica Apostólica Romana, atendendo às solicitações do Bispo espanhol Dom Bartolomeu de Las Casas, conseguiu do Papa a autorização para que se importassem da África os negros escravos, alegando que a igreja de Cristo não permitia que se fizesse escravo um homem livre, mas nada tinha a opor que se utilizasse (ou que se comprasse, como se fosse qualquer mercadoria) um homem que já era escravo. Desta forma, contrariando o verdadeiro ensinamento de Cristo, a igreja importou milhões de negros nos quatro séculos que durou a escravidão. Depois o Papa pediu perdão e ficou tudo por isso mesmo …
Ironias e hipocrisias à parte, as cortes europeias, com o apoio dos padres, durante mais de quatrocentos anos tentaram impor aos negros, mestiços e mesmo aos brancos desafortunados seus valores e sua religião mesmo que, invocando Nosso Senhor Jesus Cristo, mantivesse a riqueza da nobreza europeia à custa da dor, do sofrimento e do sangue destes infelizes africanos. Obrigados a se tornarem cristãos, os negros tinham que renegar suas crenças ao tomarem nomes cristãos e ao cumprirem todo o ritual cristão para não serem punidos pelos senhores brancos.
Quatrocentos anos de escravidão tornaram o Brasil um país de mestiços. Cinquenta por cento, ou mais, de sua população é de origem africana. Por isso é que, mesmo mantendo por todo esse tempo sua verdadeira crença nos Orixás, foi preciso esconder suas práticas religiosas nos rituais cristãos. Nosso Calendário Litúrgico é cristão, então, São Jorge passou a ser Ogum; Nossa Senhora virou Iemanjá, Oxum e assim por diante, sempre ocultando dos brancos suas verdadeiras crenças pois sabiam que, se um dia conseguissem se libertar, só seriam aceitos de volta em sua terra se mantivessem seu próprio idioma, suas crenças, seus hábitos e costumes. Como parte dessa cultura religiosa IMPOSTA ficou para nós o já elaborado Calendário Cristão e, como ponto alto desse mesmo calendário, está a prática medieval de se observarem os quarenta dias de resguardo da Quaresma que antecedem a Sexta-Feira Santa e a Páscoa.
A princípio a igreja se mantinha de luto por quarenta dias, começando na Quarta-Feira de Cinzas. Os altares e as capelas menores eram cobertos com panos roxos (Nana?). Toda atividade artística alegre cessava e os Terreiros que funcionavam escondidos, temendo represálias por serem descobertos, cessavam suas atividades. Considerando que as atividades com os chamados Guias de Luz e com os Orixás estão paradas valem-se disso os que trabalham nas sombras, os espíritos dos malignos que aproveitam-se de estarem desprevenidos os homens bons para promoverem o mau.
A tradição de se fechar os Templos de Umbanda quando não havia liberdade de crença, não tem razão de ser no mundo atual. Muito ao contrário, é nessa época que NÃO DEVEMOS PARAR, é nessa época em que a quimbanda maligna trabalha à vontade, que o Templo deve estar preparado para, com o auxílio das Entidades de Luz, denunciar qualquer trabalho negativo que tenha sido feito para atrapalhar seus Filhos de Fé ou frequentadores. Atualmente, interromper os trabalhos do Templo na Quaresma é descabido, é ingenuidade, é desconhecer que os inimigos trabalham nas trevas e que, se não temos o Preto- Velho, o Caboclo ou qualquer entidade que possa nos avisar do mau feito, estaremos desprotegidos, descobertos, ou seja, nas mãos dos inimigos. É preciso URGENTEMENTE esclarecer que a Quaresma não é Afro, é hebraico-europeia, e que já não é preciso se esconder de ninguém, pois nossa Constituição nos assegura o direito à liberdade de crença e os padres já não podem mais nos queimar nas fogueiras da inquisição.
Por isso, vamos abrir nossos Templos de Umbanda na Quaresma e cuidar com amor dos nossos Filhos de Fé.
A Umbanda e o Candomblé têm tudo a ver com o período colonial brasileiro, ou seja, com a época que, para a vergonha de todos nós, o poder branco europeu instituiu a escravidão dos negros para a salvação de suas almas. Dizia-se que escravizar era a forma de fazer com que os negros, e consequentemente suas crenças nos Orixás africanos, se tornassem bons cristãos para salvarem suas almas. Com esse pensamento hipócrita e depois de fracassarem nas tentativas escravizar os índios brasileiros, a Igreja Católica Apostólica Romana, atendendo às solicitações do Bispo espanhol Dom Bartolomeu de Las Casas, conseguiu do Papa a autorização para que se importassem da África os negros escravos, alegando que a igreja de Cristo não permitia que se fizesse escravo um homem livre, mas nada tinha a opor que se utilizasse (ou que se comprasse, como se fosse qualquer mercadoria) um homem que já era escravo. Desta forma, contrariando o verdadeiro ensinamento de Cristo, a igreja importou milhões de negros nos quatro séculos que durou a escravidão. Depois o Papa pediu perdão e ficou tudo por isso mesmo …
Ironias e hipocrisias à parte, as cortes europeias, com o apoio dos padres, durante mais de quatrocentos anos tentaram impor aos negros, mestiços e mesmo aos brancos desafortunados seus valores e sua religião mesmo que, invocando Nosso Senhor Jesus Cristo, mantivesse a riqueza da nobreza europeia à custa da dor, do sofrimento e do sangue destes infelizes africanos. Obrigados a se tornarem cristãos, os negros tinham que renegar suas crenças ao tomarem nomes cristãos e ao cumprirem todo o ritual cristão para não serem punidos pelos senhores brancos.
Quatrocentos anos de escravidão tornaram o Brasil um país de mestiços. Cinquenta por cento, ou mais, de sua população é de origem africana. Por isso é que, mesmo mantendo por todo esse tempo sua verdadeira crença nos Orixás, foi preciso esconder suas práticas religiosas nos rituais cristãos. Nosso Calendário Litúrgico é cristão, então, São Jorge passou a ser Ogum; Nossa Senhora virou Iemanjá, Oxum e assim por diante, sempre ocultando dos brancos suas verdadeiras crenças pois sabiam que, se um dia conseguissem se libertar, só seriam aceitos de volta em sua terra se mantivessem seu próprio idioma, suas crenças, seus hábitos e costumes. Como parte dessa cultura religiosa IMPOSTA ficou para nós o já elaborado Calendário Cristão e, como ponto alto desse mesmo calendário, está a prática medieval de se observarem os quarenta dias de resguardo da Quaresma que antecedem a Sexta-Feira Santa e a Páscoa.
A princípio a igreja se mantinha de luto por quarenta dias, começando na Quarta-Feira de Cinzas. Os altares e as capelas menores eram cobertos com panos roxos (Nana?). Toda atividade artística alegre cessava e os Terreiros que funcionavam escondidos, temendo represálias por serem descobertos, cessavam suas atividades. Considerando que as atividades com os chamados Guias de Luz e com os Orixás estão paradas valem-se disso os que trabalham nas sombras, os espíritos dos malignos que aproveitam-se de estarem desprevenidos os homens bons para promoverem o mau.
A tradição de se fechar os Templos de Umbanda quando não havia liberdade de crença, não tem razão de ser no mundo atual. Muito ao contrário, é nessa época que NÃO DEVEMOS PARAR, é nessa época em que a quimbanda maligna trabalha à vontade, que o Templo deve estar preparado para, com o auxílio das Entidades de Luz, denunciar qualquer trabalho negativo que tenha sido feito para atrapalhar seus Filhos de Fé ou frequentadores. Atualmente, interromper os trabalhos do Templo na Quaresma é descabido, é ingenuidade, é desconhecer que os inimigos trabalham nas trevas e que, se não temos o Preto- Velho, o Caboclo ou qualquer entidade que possa nos avisar do mau feito, estaremos desprotegidos, descobertos, ou seja, nas mãos dos inimigos. É preciso URGENTEMENTE esclarecer que a Quaresma não é Afro, é hebraico-europeia, e que já não é preciso se esconder de ninguém, pois nossa Constituição nos assegura o direito à liberdade de crença e os padres já não podem mais nos queimar nas fogueiras da inquisição.
Por isso, vamos abrir nossos Templos de Umbanda na Quaresma e cuidar com amor dos nossos Filhos de Fé.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Desabafo
Sabe quando vem aquele desânimo, tristeza ou quando simplesmente achamos que nada vai dar certo? Aqueles momentos de incerteza, frustração e até mesmo de desespero. Momentos que nos tiram a paz ou roubam o nosso sorriso, alguns de nós preferem se isolar, fugir de tudo e de todos, outros se refugiam em coisas externas como bebidas, drogas, sexo, comida etc e etc. Outros ainda se sentem no direito de colocar toda a culpa em Deus, enfim cada um reage a esses momentos "infelizes"ou "desagradáveis" como bem entender.
Agora eu pergunto será que nós Umbandistas agimos certo reagindo escolhendo alguma das opções citadas acima? Bom, mas não somos de ferro,certo? Não temos a paciência de Jó, certo? Não somos perfeitos,certo? Certo, certo, certo. Tudo bem,devo concordar com todas essas racionalizações, mas nós Umbandistas, não somos filhos de qualquer um, certo? Oxalá é meu Pai. Somos gerados e nutridos no amor de Deus e dos Orixás, chamados e escolhidos para sermos representantes do reino de Oxalá na Terra.
Cada um de nós tem um Pai e uma Mãe de cabeça que nos rege, guia e protege 24 horas por dia desde quando viemos encarnar neste Planeta. Temos guias espirituais explêndidos, ao nosso lado, sempre prontos a nos mostrar o melhor caminho a seguir, NÓS,sim NÓS UMBANDISTAS, temos o privilégio de ouvir o estalar dos dedos de um Caboclo quando estar a nos dar um passe, de ouvir os conselhos sábios e tomar um cafézinho com nossos pretos velhos, brincar e se lambuzar de chocolate e refrigerante no chão com os benditos Erês, NÓS podemos dançar e rir da risada dos baianos, do jeito incrível dos marinheiros, NÓS temos a presença constante de Exus e Pombagiras nos auxiliando, quebrando demanda e fazendo-nos sentir parte de algo tão grande e lindo como a NOSSA UMBANDA.
Temos Pais e Mães de fé, irmãos de fé um Terreiro inteirinho para fazer caridade, amparar os que mais precisam, nossa QUANTA COISA.
Então se eu estava triste, desanimado, achando que nada iria dar certo, cheio de incertezas, frustrações e desespero, é bom eu me levantar daqui, vou ali acender uma vela, hoje é dia das almas e de Exu também, vou agradecer por ser UMBANDISTA, por ter mais razões para sorrir do para chorar, eu sei que há males que vem para o bem e eu também sei que não há dor que dure para sempre e o principal não estou mais sozinho.
Obrigado Olorun, Obrigado Oxalá, Oxóssi, Oxum, Iemanjá, Ogum, Xangô, Iansã, Valei-me Ogum 7 Espadas, SARAVÁ todos os Guias que trabalham na Lei de Umbanda, HOJE EU VOU agradecer, rir, amar e ser amado, ajudar, rezar, vou a um terreiro bater cabeça, enxugar as lágrimas e deixarei de dizer "DEUS olha o tamanho do meu problema" e direi "Problema olha o tamanho do meu DEUS"
Agora eu pergunto será que nós Umbandistas agimos certo reagindo escolhendo alguma das opções citadas acima? Bom, mas não somos de ferro,certo? Não temos a paciência de Jó, certo? Não somos perfeitos,certo? Certo, certo, certo. Tudo bem,devo concordar com todas essas racionalizações, mas nós Umbandistas, não somos filhos de qualquer um, certo? Oxalá é meu Pai. Somos gerados e nutridos no amor de Deus e dos Orixás, chamados e escolhidos para sermos representantes do reino de Oxalá na Terra.
Cada um de nós tem um Pai e uma Mãe de cabeça que nos rege, guia e protege 24 horas por dia desde quando viemos encarnar neste Planeta. Temos guias espirituais explêndidos, ao nosso lado, sempre prontos a nos mostrar o melhor caminho a seguir, NÓS,sim NÓS UMBANDISTAS, temos o privilégio de ouvir o estalar dos dedos de um Caboclo quando estar a nos dar um passe, de ouvir os conselhos sábios e tomar um cafézinho com nossos pretos velhos, brincar e se lambuzar de chocolate e refrigerante no chão com os benditos Erês, NÓS podemos dançar e rir da risada dos baianos, do jeito incrível dos marinheiros, NÓS temos a presença constante de Exus e Pombagiras nos auxiliando, quebrando demanda e fazendo-nos sentir parte de algo tão grande e lindo como a NOSSA UMBANDA.
Temos Pais e Mães de fé, irmãos de fé um Terreiro inteirinho para fazer caridade, amparar os que mais precisam, nossa QUANTA COISA.
Então se eu estava triste, desanimado, achando que nada iria dar certo, cheio de incertezas, frustrações e desespero, é bom eu me levantar daqui, vou ali acender uma vela, hoje é dia das almas e de Exu também, vou agradecer por ser UMBANDISTA, por ter mais razões para sorrir do para chorar, eu sei que há males que vem para o bem e eu também sei que não há dor que dure para sempre e o principal não estou mais sozinho.
Obrigado Olorun, Obrigado Oxalá, Oxóssi, Oxum, Iemanjá, Ogum, Xangô, Iansã, Valei-me Ogum 7 Espadas, SARAVÁ todos os Guias que trabalham na Lei de Umbanda, HOJE EU VOU agradecer, rir, amar e ser amado, ajudar, rezar, vou a um terreiro bater cabeça, enxugar as lágrimas e deixarei de dizer "DEUS olha o tamanho do meu problema" e direi "Problema olha o tamanho do meu DEUS"
sábado, 16 de abril de 2011
PRECE AO GRANDIOSO PAI OGUM
PRECE AO PODEROSO ORIXÁ OGUM
Pai, que minhas palavras e pensamentos cheguem até vós, em forma de prece, e que sejam ouvidas. Que esta prece corra mundo e universo, e chegue até os necessitados em forma de conforto para as suas dores. Que corra os quatro cantos da Terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos, em forma de brado de advertência de um filho de Ogum, que sou e nada temo, pois sei que a covardia não muda o destino. Ogum, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade, nas suas ceias espirituais, para que todos saibam que sou teu filho. Ogum, senhor das estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, que eu seja sempre um fiel caminheiro seguidor do teu exército, e que nas minhas caminhadas só haja vitórias. Que, mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja um vitorioso, pois nós, os vossos filhos conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora sabendo que é só o começo, mas tendo o Senhor como meu pai, minha vitória será certa. Ogum, meu grande pai e protetor, fazei com que o meu dia de amanhã seja tão bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre abertas, que eu trabalhe para que no meu jardim só haja flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e que aqueles que me procuram consigam sempre remédios para seus males. Ogum, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada, cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a Ordem dos Cavaleiros de Ogum. Pai, daí luz aos meus inimigos, pois eles me perseguem porque vivem nas trevas, e na realidade só perseguem a luz que vós me destes. Senhor, livrai-me das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos-grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade que só leva a destruição. E que todos aqueles que ouvirem esta prece, e também aqueles que a tiverem em seu poder, estejam livres das maldades do mundo.
Ogum Iê
Saravá Ogum.
Pai, que minhas palavras e pensamentos cheguem até vós, em forma de prece, e que sejam ouvidas. Que esta prece corra mundo e universo, e chegue até os necessitados em forma de conforto para as suas dores. Que corra os quatro cantos da Terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos, em forma de brado de advertência de um filho de Ogum, que sou e nada temo, pois sei que a covardia não muda o destino. Ogum, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade, nas suas ceias espirituais, para que todos saibam que sou teu filho. Ogum, senhor das estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, que eu seja sempre um fiel caminheiro seguidor do teu exército, e que nas minhas caminhadas só haja vitórias. Que, mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja um vitorioso, pois nós, os vossos filhos conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora sabendo que é só o começo, mas tendo o Senhor como meu pai, minha vitória será certa. Ogum, meu grande pai e protetor, fazei com que o meu dia de amanhã seja tão bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre abertas, que eu trabalhe para que no meu jardim só haja flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e que aqueles que me procuram consigam sempre remédios para seus males. Ogum, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada, cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a Ordem dos Cavaleiros de Ogum. Pai, daí luz aos meus inimigos, pois eles me perseguem porque vivem nas trevas, e na realidade só perseguem a luz que vós me destes. Senhor, livrai-me das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos-grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade que só leva a destruição. E que todos aqueles que ouvirem esta prece, e também aqueles que a tiverem em seu poder, estejam livres das maldades do mundo.
Ogum Iê
Saravá Ogum.
Tenho Certeza!
Olá! Remexendo nos meus rascunhos, encontrei este texto Me lembro ainda que alguns outros textos refletiam o que enxerguei com uma remexida interior, mas este em especial identifica-me num curso onde sigo já algum tempo. Amo a Umbanda, sinto profundo respeito por esta Escola da Vida que me acolheu e ergeu, mas vejo que esta mesma Senhora da Luz Velada me chama para levantar os véus da ilusão e do ego, das muletas com que nos agarramos durante a travessia da vida.
Religião só é boa quando aprendemos que ela é meio, nunca fim em si mesma.
Tenho certeza,
Para Deus...
Não faz diferença se somos Umbandistas ou não, só faz diferença o que vai em nossos corações...
Não faz diferença o que dizemos e sim o que sentimos e o que pensamos...
Não faz diferença quem tem mais conhecimento de quem tem menos conhecimento e sim como usamos nosso conhecimento...
Não faz diferença nenhuma se lutamos pela religião e sim se lutamos pelo ser humano, pois por lutar pela religião, pela "boa causa", é o que fizeram as guerras santas...
Não importa se conquistamos o que queremos e sim se alcançamos o que precisamos, pois o querer na maioria das vezes faz parte do ego...
De nada vale amar espiritos, orixás ou anjos se não somos capazes de amar o ser humano...
E eu como sou ser humano ainda, só posso me perguntar:
Que "defecação" é esta?
Hah me esqueci, estamos todos lutando pela umbanda e isto justifica a tudo, quando lutamos por uma religião podemos tudo, afinal, temos o aval de Deus e os fins justificam os meios...
Não somos muito diferentes (claro que falo de nós, pois, será que estaria eu fora desta questão, no entanto, melhor ser consciente que hipócrita), nos parecemos muito com o porteiro ou zelador (já que este é um termo mais apropriado aqui) que acredita ser o dono do prédio ou mesmo quando vamos a uma loja e os vendedores nos tratam como se fossem os donos do estabelecimento, no entanto se esquecem que o dono de tal estabelecimento faria de tudo para nos agradar, muito diferente de seus funcionários...
Pois então somos nós "funcionários" dos Orixás, trabalhando neste "edificio", nesta "obra", e tudo o que temos feito é nos julgar com os poderes do DONO da Casa (que é Deus"OXALA"), acreditamos piamente que Ele nos delegou seus poderes e que com tanto tempo de "casa" teremos o "uso capião" da "propriedade" do "Senhor"...
Assim somos nós, mas não se preocupem, não estou falando do umbandista (não apenas do umbandista) assim são a maioria dos religiosos e não importa qual a sua religião...
A maioria de nós procura religião porque temos problemas que não conseguimos administrar em nossas vidas, no entanto ao chegar na religião passamos a acreditar que podemos administrar a religião e até administrar os "negócios de Deus", somos os "empresários" e representantes de Deus na Terra, "Nós representamos os interesses de Deus na Terra", é... realmente somos privilegiados...
Mas que palavras serão estas, de uma pessoa revoltada?, de uma pessoa consciente? ou apenas de alguém que usa da situação e do dom das palavras para apenas chamar a atenção das pessoas???
Talvez esta seja a unica pergunta sem resposta pois a maioria dos senhores que estão lendo este texto nunca tiveram a oportunidade de olhar nos olhos deste ser humano que escreve estas linhas...
Uma coisa é certa não tenho condições de julgar a mim mesmo, não posso dizer quais são meus motivos reais e sabe porque? Simplesmente porque uma coisa é certa sou alguém que tenta evitar a hipocrisia, no entanto dizer que não sou hipócrita pode ser em si a própria hipocrisia que grita através de meu ego...
Talvez seja isso e talvez seja importante saber se cultuamos realmente a deus ou a nosso próprio ego, se adoramos o Ser Supremo ou a religião, se nos dedicamos ao ser humano ou ao templo...
Gandhi costumava dizer que se não conseguimos encontrar Deus no ser humano, não é mais preciso procurar...
Vivekananda e Ramakrisna ensinaram ao mundo que não importa qual é sua religião...
Lao Tsé nos ensinou que o Tao não é algo que se pode explicar...
Osho fala que doutrinas e religiões não importam...
São Francisco mostrou que humanismo está acima da religião...
O Sufi Inaat Kan mostra que podemos rezar a todos os deuses em todas as linguas...
Cabalistas reconhecem Deus em sua forma feminina como Shekná...
E nós, quais são nossos exemplos e valores?
O que importa para nós?
O que importa para Deus?
Religião?
Qual é a sua religião, a do homem ou a de Deus?
Quem está acima do altar, o ego?
CLAUDIO DO MEGÊ
Obs.: Quanto a "defecação", aos coliformes fecais, cada um pense o que quiser...
Paz e Luz!
Olá! Remexendo nos meus rascunhos, encontrei este texto Me lembro ainda que alguns outros textos refletiam o que enxerguei com uma remexida interior, mas este em especial identifica-me num curso onde sigo já algum tempo. Amo a Umbanda, sinto profundo respeito por esta Escola da Vida que me acolheu e ergeu, mas vejo que esta mesma Senhora da Luz Velada me chama para levantar os véus da ilusão e do ego, das muletas com que nos agarramos durante a travessia da vida.
Religião só é boa quando aprendemos que ela é meio, nunca fim em si mesma.
Tenho certeza,
Para Deus...
Não faz diferença se somos Umbandistas ou não, só faz diferença o que vai em nossos corações...
Não faz diferença o que dizemos e sim o que sentimos e o que pensamos...
Não faz diferença quem tem mais conhecimento de quem tem menos conhecimento e sim como usamos nosso conhecimento...
Não faz diferença nenhuma se lutamos pela religião e sim se lutamos pelo ser humano, pois por lutar pela religião, pela "boa causa", é o que fizeram as guerras santas...
Não importa se conquistamos o que queremos e sim se alcançamos o que precisamos, pois o querer na maioria das vezes faz parte do ego...
De nada vale amar espiritos, orixás ou anjos se não somos capazes de amar o ser humano...
E eu como sou ser humano ainda, só posso me perguntar:
Que "defecação" é esta?
Hah me esqueci, estamos todos lutando pela umbanda e isto justifica a tudo, quando lutamos por uma religião podemos tudo, afinal, temos o aval de Deus e os fins justificam os meios...
Não somos muito diferentes (claro que falo de nós, pois, será que estaria eu fora desta questão, no entanto, melhor ser consciente que hipócrita), nos parecemos muito com o porteiro ou zelador (já que este é um termo mais apropriado aqui) que acredita ser o dono do prédio ou mesmo quando vamos a uma loja e os vendedores nos tratam como se fossem os donos do estabelecimento, no entanto se esquecem que o dono de tal estabelecimento faria de tudo para nos agradar, muito diferente de seus funcionários...
Pois então somos nós "funcionários" dos Orixás, trabalhando neste "edificio", nesta "obra", e tudo o que temos feito é nos julgar com os poderes do DONO da Casa (que é Deus"OXALA"), acreditamos piamente que Ele nos delegou seus poderes e que com tanto tempo de "casa" teremos o "uso capião" da "propriedade" do "Senhor"...
Assim somos nós, mas não se preocupem, não estou falando do umbandista (não apenas do umbandista) assim são a maioria dos religiosos e não importa qual a sua religião...
A maioria de nós procura religião porque temos problemas que não conseguimos administrar em nossas vidas, no entanto ao chegar na religião passamos a acreditar que podemos administrar a religião e até administrar os "negócios de Deus", somos os "empresários" e representantes de Deus na Terra, "Nós representamos os interesses de Deus na Terra", é... realmente somos privilegiados...
Mas que palavras serão estas, de uma pessoa revoltada?, de uma pessoa consciente? ou apenas de alguém que usa da situação e do dom das palavras para apenas chamar a atenção das pessoas???
Talvez esta seja a unica pergunta sem resposta pois a maioria dos senhores que estão lendo este texto nunca tiveram a oportunidade de olhar nos olhos deste ser humano que escreve estas linhas...
Uma coisa é certa não tenho condições de julgar a mim mesmo, não posso dizer quais são meus motivos reais e sabe porque? Simplesmente porque uma coisa é certa sou alguém que tenta evitar a hipocrisia, no entanto dizer que não sou hipócrita pode ser em si a própria hipocrisia que grita através de meu ego...
Talvez seja isso e talvez seja importante saber se cultuamos realmente a deus ou a nosso próprio ego, se adoramos o Ser Supremo ou a religião, se nos dedicamos ao ser humano ou ao templo...
Gandhi costumava dizer que se não conseguimos encontrar Deus no ser humano, não é mais preciso procurar...
Vivekananda e Ramakrisna ensinaram ao mundo que não importa qual é sua religião...
Lao Tsé nos ensinou que o Tao não é algo que se pode explicar...
Osho fala que doutrinas e religiões não importam...
São Francisco mostrou que humanismo está acima da religião...
O Sufi Inaat Kan mostra que podemos rezar a todos os deuses em todas as linguas...
Cabalistas reconhecem Deus em sua forma feminina como Shekná...
E nós, quais são nossos exemplos e valores?
O que importa para nós?
O que importa para Deus?
Religião?
Qual é a sua religião, a do homem ou a de Deus?
Quem está acima do altar, o ego?
CLAUDIO DO MEGÊ
Obs.: Quanto a "defecação", aos coliformes fecais, cada um pense o que quiser...
Paz e Luz!
sexta-feira, 15 de abril de 2011
A ATUAÇÃO DOS ORIXÁS DE UMBANDA SAGRADA.
A ATUAÇÃO DOS ORIXÁS
Uma das maiores dificuldades das pessoas é o entendimento da ascendência dos orixás sobre suas vidas e nós temos insistido nos estágios da evolução que, se formam um continuam na vida dos seres, no entanto não se processam em uma mesma dimensão.
Se hoje somos espíritos, ontem éramos seres naturais e não precisávamos reencarnar para evoluir.
E anteontem éramos seres encantados da natureza, regidos por Orixás Encantados que direcionavam e monitoravam mentalmente nossa evolução.
Enfim, um ser não é um produto acabado quando é criado por Deus. E se nos permitem uma
comparação, no momento da nossa criação não éramos diferentes de um óvulo fecundado por um
sêmen, pois desta união surge uma vida, um indivíduo com uma herança genética que controlará sua formação celular, nervosa, óssea, etc., dotado de um cérebro que lhe facultará um aprendizado contínuo e uma capacidade de raciocinar já a partir de suas necessidades básicas.
Enquanto estamos protegidos no útero materno, somos o ser que está sendo gerado no íntimo de Deus.
Quando nascemos, o nosso cordão umbilical é cortado e só sobrevivemos porque temos no leite materno um composto energético que nos fornece todo alimento de que necessitamos para continuarmos vivos e bem alimentados.
O leite materno, comparativamente, é a energia elemental que dá sustentação energética aos seres recém-saídos do estágio original da evolução, que alguns chamam de estado virginal do espírito, onde ainda somos seres virginais porque não entramos em contato com nada do que existe fora do útero divino.
Nós, quando vivenciamos nosso estágio elemental da evolução, éramos totalmente inconscientes, como são todos os recém-nascidos, e não dispensávamos o amor, carinho e amparo materno, que recebíamos de nossas mães elementais.
Elas nos inundavam com suas irradiações de amor e de fé e formaram nossa natureza básica ou
elemental.
As mães elementais formam uma hierarquia divina venerada, adorada e respeitadíssima por todos os Orixás Encantados e naturais, que as tem na conta de mães divinas puras em todos os sentidos, pois são puras nos seus elementos e no amor que irradiam.
As mães ígneas irradiam energias elementais puras do fogo e vibram um amor que abrasa quem está em seu campo vibratório e sob suas irradiações.
E o mesmo acontece com as mães aquáticas, eólicas, telúricas, minerais, vegetais e cristalinas.
Aproximar-se de uma dessas mães é voltar à primeira infância num piscar de olhos, mesmo para um espírito tão velho quanto eu, Pai Benedito de Aruanda.
Já o segundo estágio de nossa evolução acontece quando o nosso corpo e natureza elemental já estão formados e aptos a absorverem energias mistas.
Automaticamente somos conduzidos aos jardins de infância dirigidos por nossas mães bí elementais, para absorvermos um segundo elemento e desenvolvermos nosso emocional ou pólo negativo.
Neste estágio dual ou bielemental da evolução, encontramos as nossas amadas mães mistas, tão
amorosas quanto as primeiras, mas atentas ao nosso crescimento e ao desenvolvimento de nossas faculdades elementares ou básicas, também conhecidas como “instintos básicos”.
Estas nossas amadas mães são conhecidas como: Yemanjás do ar, da terra, dos minerais, dos vegetais (isto mesmo) e dos cristais. Só não são Yemanjás do fogo, pois estes elementos não combinam com água, que é o elemento original delas. Mas nós as encontramos nas Oxuns do fogo e também nos outros elementos, mas não temos as mães Oxuns vegetais no nosso segundo estágio da evolução porque o elemento puro mineral e o vegetal não se combinam. Elas só surgirão em nossas vidas no nosso quarto estágio da evolução ou evolução natural, pois aí o mineral, o vegetal, a água, o ar e o fogo formarão um composto energético já assimilável pelos seres, muito mais desenvolvidos em todos os sentidos.
E assim, em nosso segundo estágio da evolução fomos amparados e instruídos por nossas amadas mães mistas ou bielementais, que também são amadas, veneradas e respeitadíssimas por todos os orixás.
Depois de desenvolvermos nossos instintos básicos e nosso emocional, somos conduzidos ao nosso
terceiro estagio da evolução, também conhecido como estágio encantado da evolução dos seres. E
quem nos acolheu no aconchego de seus amores maternos foram as nossas amadas e severas mães encantadas.
São severas porque sabem que os seres ainda guiados pelos instintos são semelhantes aos
adolescentes do plano material: são emocionais, instintivos, curiosos, inquiridores, um tanto cabeçasduras e impetuosos!
Ou encontram nas mães encantadas as mestras rigorosas, ou com toda certeza acabarão se
confundindo e trocando os pés pelas mãos, paralisando suas evoluções.
As nossas mães encantadas não são menos amorosas que as duas categorias anteriores, mas exigem uma obediência total, senão nos dão umas “palmadinhas” para nos recolocar na senda evolutiva.
Elas já são irradiadoras de, no mínimo, três elementos que formam uma quarta energia, que desperta os sentidos e a sensibilidade nos seres encantados. São tantas as mães encantadas que é impossível quantificar seu número. E todas são rigorosas, não importando de qual elemento original elas provenham.
Elas são mães e mestras e tanto nos amam quanto nos instruem. E não nos liberam para o quarto
estágio da evolução enquanto não tiverem plena certeza de que estamos aptos a vivenciá-lo. E mesmo depois de nos entregar aos cuidados de nossas mães naturais, continuam a vigiar-nos... e a aplicar corretivos se nos desviamos na nossa conduta pessoal ou do caminho que devemos trilhar.
De vez em quando, tem algum ser natural sendo chamado à razão por alguma delas. E até nós, os
espíritos reintegrados às hierarquias naturais, às vezes somos advertidos quanto ao nosso liberalismo humano.
Isto de alguns filhos de Santo dizerem que as mães encantadas são intolerantes com suas falhas
individuais e que os punem com severidade, bem... é verdade!
Com elas não tem a desculpa de que depois se conserta o que estragou ou depois se repara um erro.
Ou conserta e repara no ato ou... é posto de castigo e ajoelhado em cima de grãos de milho, certo?
Estas mães encantadas são sensíveis aos seus filhos e fazem de tudo para desenvolver neles os
sentidos que os guiarão pelo resto da vida, deixando de guiarem-se pelos instintos básicos.
Muitos encontram certa dificuldade em deixar de se guiar pelos instintos e acabam sendo recolhidos a faixas vibratórias especificas, onde esgotarão seus emocionais negativados, pois só depois disso desenvolverão a percepção e os sentidos se abrirão como canais mentais direcionadores de suas ações.
Só quando desenvolverem plenamente seus sentidos e a percepção, que é o recurso básico usado por seus filhos, é que as mães encantadas os encaminham às mães naturais, que os receberão e os sustentarão no quarto estagio da evolução que chamamos de estágio “natural” da evolução.
As mães naturais, ao contrário das mães encantadas, são mais liberais, ainda que mantenham o mesmo rigor e severidade.
Mas elas dão uma certa liberdade de ação aos seus filhos para que eles possam desenvolver a
consciência. Esse despertar da consciência implica assumir compromissos e sustentar iniciativas
guiadas pelos sentidos e pela consciência.
O mesmo acontece conosco, que viemos do terceiro estágio da evolução, quando também éramos seres encantados guiados pelos sentidos e pela percepção.
Paralelismo vibratório é um recurso maravilhoso de Deus, pois quando um ser não está evoluindo sob a regência de uma mãe natural, então ela o encaminha a outra faixa vibratória, onde outro elemento básico predomina. E nela o ser passará por uma acentuada aceleração ou desaceleração em sua vibração individual, sempre visando o melhor para ele, que tem de se conscientizar e assumir “conscientemente” a condução de sua vida, suas iniciativas e suas preferências pessoais.
A quarta faixa vibratória de todas as dimensões naturais, onde não acontece o ciclo encarnacionista, está, vibratoriamente, no mesmo nível terra da faixa humana onde os espíritos encarnados vivem e evoluem.
Nós somos espíritos porque, quando desenvolvemos nosso corpo percepcional e passamos a nos guiar pelos sentidos, fomos espiritualizados ou revestidos de um plasma cristalino que protege nosso corpo energético para que suportemos as irradiações energéticas que penetram na dimensão humana e a inundam dos mais variados tipos de energias.
Não nos perguntem porque Deus criou a dimensão humana, pois esta resposta só Ele pode dar. Mas nós raciocinamos e muitas hipóteses já foram aventadas. A que parece ser a mais lógica é a que indica que o espírito desenvolve, junto com o despertar da consciência, a criatividade. Se bem que, como aqui na dimensão humana tudo se desenvolve em dois sentidos, também desenvolvemos a ilusão.
E, enquanto a criatividade humana nos proporciona recursos adicionais à nossa evolução, a ilusão nos induz ao emocionalismo, ao retorno aos instintos básicos, à paralisação dos nossos sentidos e do nosso percepcional, à inconsciência e a quedas vibratórias acentuadas que nos afastam do convívio dos espíritos que nos são afins.
Os nossos irmãos naturais desenvolvem a consciência e apuram ainda mais seus percepcionais,
enquanto nós aperfeiçoamos nossa consciência e apuramos nosso raciocínio, pois a criatividade precisa de uma apuradíssima capacidade de raciocinar a partir de conceitos abstratos para que cheguemos às definições corretas que possibilitam a criação “concreta” de novos recursos que facilitarão nossa evolução.
Esta hipótese se mostra a mais lógica porque nós conhecemos as dimensões naturais e nelas não existe a criatividade humana, que transforma o meio onde vivemos, altera os nossos costumes, nossas culturas, nossos ideais... e até criamos religiões. Nas dimensões naturais não existem os nossos tão abstratos conceitos religiosos e nossas mirabolantes concepções sobre Deus.
O sentido da Fé vai conduzindo todos ao mesmo tempo, pois as vibrações dos orixás irradiadores de religiosidade são absorvidas por todos ao mesmo tempo. E quando um ser natural desenvolve o sentido da Fé até seu limite, assim como adquire a plena consciência, então se torna um irradiador natural da fé, semelhante ao seu orixá regente, que o amparou o tempo todo com suas intensas vibrações despertadoras dos sentimentos de amor, respeito e reverência para com o Divino Criador, e para com todas as criaturas, os seres e toda a criação divina.
Este processo evolutivo é contínuo e o chamamos de evolução natural. Porque o ser não tem sua
memória adormecida em momento algum, desde que saiu do útero divino que o gerou. Ele não teve de reencarnar seguidas vezes e não se esqueceu de nenhuma de suas vivenciaçoes, ocorridas nos três estágios anteriores da sua evolução.
E, se são semelhantes a nós já que o único diferenciador é o plasma cristalino que envolve nosso corpo energético, no entanto algo os distingue de nós, pois aos nossos olhos humanos eles são todos “iguais”. Eles não reencarnam e não são diferenciados pelo corpo carnal, como acontece conosco, os seres espiritualizados.
Sim, porque se nascermos chineses, nossos espíritos mostrarão os traços característicos desta raça. E se nascermos negros ou louros, o mesmo acontecerá, ainda que essa membrana plasmática cristalina possa ser alterada mentalmente por nós, que assumiremos a aparência que desejarmos se dominarmos esse processo de alteração de nosso corpo plasmático.
Os seres naturais não alteram suas aparências porque lhes falta este revestimento plasmático, e nem lhes ocorre assumirem outras aparências, pois consideram isto um recurso típico dos seres
espiritualizados, que recorrem às aparências porque procuram iludir-se, já que estão aparentando alguém que não foram ou são, ou já foram e não são mais.
E as aparências plasmadas não resistem à penetrante visão deles, que nos vêem através de nossos corpos energéticos, nunca através do nosso corpo plasmático. A eles falta a criatividade e a ilusão, que são faculdades tipicamente humanas, já que só se desenvolvem no estagio humano da evolução.
No aspecto religioso, eles nominam Deus de Divino Criador e Senhor da Luz da Vida, e quando O
invocam, fazem-no através de cantos mantrânicos, nunca num diálogo coloquial como nós fazemos.
Nós chamamos aos orixás por seus nomes humanos, tais como Ogum, Oxossi, Xangô, Yemanjá, etc.
Mas eles só se dirigem a eles através de seus nomes mantrânicos ou divinos, que é a mesma coisa.
Estes nomes são formados por sílabas e cada uma possui seu tom e sua fonética particular, formando um canto ou mantra.
Eles não procedem como nós, que a todo instante exclamamos: “Valei-me Deus!”, “Ajude-me, meu Pai Ogum!”, etc.
Muito antes de o código hebreu proibir o chamamento em vão do nome de Deus, os nossos irmãos naturais já tinham isto como regra de conduta. E a aplicam aos sagrados orixás, aos quais podem ver o tempo todo, estejam próximos ou distantes deles, bastando-lhes fixar suas visões no orixá que desejam focalizar visualmente.
Logo, não existe uma separação visual entre os nossos irmãos naturais e os seus regentes divinos, mesmo que estejam em outra dimensão.
Já o mesmo não ocorre conosco, os espíritos, pois a encarnação bloqueia nossa visão superior e o
adormecimento de nossa memória nos impede de nos lembrarmos das divindades naturais e de como focalizá-las visualmente e mentalizá-las vibratoriamente.
Por isto a realidade religiosa dos seres naturais é superior à nossa e dispensa as nossas concepções abstratas acerca de Deus, das divindades e de como atuam em nossas vidas.
Conosco, a religiosidade tem de ser estimulada verbalmente, senão nosso sentido da fé vai se
atrofiando. Já com eles, que absorvem as irradiações contínuas dos orixás irradiadores da fé e da
religiosidade, isto não acontece em momento algum.
Mas têm um problema comum conosco: às vezes caem vibratoriamente quando se entregam à
vivenciação de seus desejos, de seus instintos e de seus desequilíbrios emocionais. E não são pequenas essas quedas vibratórias. Quando caem vibratoriamente, afastam-se naturalmente do regente do nível onde se encontram e vão “descendo” a outros níveis, numa queda contínua que só termina quando chegam ao pólo magnético negativo da irradiação que os está sustentando.
Se um natural de Ogum começa a cair vibratoriamente por causa de uma das razões que citamos acima, dificilmente deixa de cair até o pólo magnético negativo da linha de forças irradiantes do mistério da Lei Divina.
E se, quando vivia sob a irradiação do pólo magnético positivo era irradiante e irradiador de vibrações ordenadoras e sustentadoras da ordem, no pólo magnético negativo torna-se absorvedor de energias
negativas e assume uma única cor, comum a todos os que estão sob a irradiação de um pólo magnético negativo.
Quando isto acontece, nós chamamos estes seres de seres negativados, pois são intolerantes,
irascíveis, violentos, perigosos, ensimesmados e refratários a qualquer contato.
Eles se isolam em si mesmos e se autopunem por terem falhado em alguns dos setes sentidos básicos.
Sentem-se indignos dos regentes irradiantes e fogem deles assim que percebem suas aproximações.
Muitos adentram nos níveis vibratórios afins da dimensão humana, no intuito de ocultarem-se da visão e da luz dos orixás.
Mas, por serem portadores de uma inocência natural, são presas fáceis dos “poderosos” espíritos caídos nas trevas humanas, que possuem seus sombrios domínios abarrotados de espíritos caídos, também por vivenciarem seus desejos, por desequilíbrios emocionais e por seus instintos básicos.
Estes poderosos espíritos caídos, os temidos “grandes das Trevas”, recorrem aos seus poderes mentais e suas faculdades ilusionistas e praticamente escravizam estes seres naturais, hipnotizando-os e livrando-os de suas culpas conscienciais, adormecendo no intimo deles os sentimentos de vergonha e o desejo de se auto-flagelarem.
Os grandes das Trevas acercam-se desses naturais caídos porque estes são leais, fieis, obedientes e submissos ao extremo. Além de serem irradiadores de energias negativas muito perigosas para os espíritos humanos, que somos nós.
Os grandes magos negros das trevas humanas os usam assiduamente para perseguirem seus desafetos encarnados ou retidos nos sombrios níveis vibratórios das faixas negativas da dimensão espiritual humana.
Na inocência natural deles está sua fraqueza, pois são iludidos com facilidade e lhes falta o recurso da criatividade humana para pensarem numa saída racional para o problema que criaram para si mesmos.
Os magos das trevas os induzem a crerem que os orixás luminosos não gostam mais deles e que os querem longe de seus domínios naturais, despertando neles uma ojeriza à luz e a todos que vivam nas faixas vibratórias luminosas.
O fato é que, quando alguém, seja um ser natural ou um espírito humano, é portador natural de um mistério, os seres elementares, os encantados e os naturais vêem o grau e o mistério no seu portador e o tratam com respeito e reverência e aproxima-se dele para absorverem as suas irradiações naturais, que contêm as vibrações divinas do mistério que se manifesta através dele e flui junto com suas irradiações.
Se assim procedem é porque, passando a absorver as irradiações do mistério, chegará um tempo em que também eles se tornarão irradiadores do mistério que os irradiou e sustentou.
Se existem mistérios humanos?
- Sim, existem os mistérios humanos, irmãos amados!
Nossa criatividade é um deles e tem nos ajudado a superar obstáculos gigantescos em nossa evolução segmentada, pois ora estamos vivendo no plano material, ora no plano espiritual.
Um outro mistério humano é a faculdade de desenvolvermos mais de um mistério natural em nós mesmos. Sim, os seres naturais e os encantados só irradiam a partir de si mesmos um mistério, seja ele de natureza positiva ou negativa.
Mas nós, espíritos humanos, podemos irradiar quantos desejarmos e formos capazes de desenvolver em nosso íntimo, até um ponto em que passamos a irradiá-los naturalmente, desde que nos coloquemos em sintonia vibratória com as divindades irradiadoras deles.
Querem um exemplo simples acerca do que estamos comentando? Ei-lo:
Um médium de Umbanda “lida” com vários orixás ao mesmo tempo durante seus trabalhos magísticos.
Num instante ele ativa o mistério de um para, no instante seguinte, ativar o de outro, já afim com sua nova necessidade. Durante o decorrer de uma engira, vários orixás são invocados e os médiuns vão assimilando suas irradiações, tornando-se irradiadores das energias deles.
E se invocam Exu, no mesmo instante Exu se manifesta e os médiuns passam a irradiar suas energias.
Essa capacidade humana de lidar com mistérios distintos e ao mesmo tempo só nós, os seres
espiritualizados, possuímos, já que os seres encantados ou naturais de Ogum, por exemplo, só irradiam qualidades de Ogum, e o tempo todo.
Um encantado ou natural de Oxóssi só irradia qualidades de Oxóssi, o tempo todo. Uma encantada ou natural de Yemanjá só irradia qualidades de Yemanjá, o tempo todo. Uma encantada ou natural de Oxum só irradia qualidades de Oxum, o tempo todo.
Por qualidades entendam mistérios e energias!
Já nós, os espíritos humanos, bem, ora estamos irradiando Ogum, ou Oxóssi ou Xangô, ora estamos irradiando Yemanjá, Oxum, Iansã, etc.
Por que esta diferente capacitação? O que é que nos faculta irradiarmos ora um e ora outro orixá? O que é que nos diferencia de nossos irmãos encantados ou naturais, que só conseguem irradiar um orixá apenas?
Bom, esta diferenciação acontece porque um encantado ou natural de Ogum é o que é: Um Ogum
individualizado em si mesmo mas regido o tempo todo pelo mistério Ogum, do qual não consegue se afastar, desligar ou deixar de irradiar o tempo todo.
Um ser natural Ogum é um Ogum em si mesmo e irradia Ogum o tempo todo, nunca se dissociando de seu regente divino. E o mesmo acontece com todos os seres elementais, encantados e naturais regidos
pelos outros orixás.
Já o mesmo não acontece com um espírito ou ser humano, pois o simples fato de viver e evoluir na dimensão humana já lhe faculta a possibilidade única de desenvolver a bipolaridade magnética, vibratória e irradiadora ou absorvedora de mistérios.
Um espírito humano tem uma direita e uma esquerda, um alto e um embaixo, aos quais manipula segundo suas afinidades ou necessidades.
Um espírito pode ter no alto o orixá Oxalá, no embaixo o orixá Omulú, na direita a orixá Yemanjá e na esquerda a orixá Iansã, e pode absorver as irradiações dos quatro, que não deixará de ser o que é: um espírito humano!
Já um nosso irmão encantado ou natural, bom, ele só absorve as irradiações de um desses quatro orixás ou entra em desequilíbrio magnético, vibratório e energético e fica confuso e desequilibrado emocionalmente. E cai! Istoé um dos muitos mistérios humanos, filhos de Fé nos orixás!
O estágio humano da evolução não é superior a nenhum outro. Mas que possui seus mistérios, isto ele possui! E quando um espírito humano desenvolve-se consciencialmente e adquire controle sobre seu emocional, logo é atraído pelas hierarquias naturais regidas pelos orixás que assentam à direita ou à esquerda e o tornam irradiador de suas energias e mistérios.
Eu mesmo, Benedito de Aruanda, acho que já me assentei à direita ou à esquerda de todos os
senhores(as) Orixás Intermediários naturais e junto de muitos dos senhores(as) Orixás Intermediários encantados, assim como já fui assentado à direita de alguns(as) Orixás Elementais.
A todos sirvo com fé, amor e profundo respeito, pois entendi que eles formam a imutável e inquebrável hierarquia divina do Divino Olorum, que é o nosso Divino Criador.
Este servir é irradiar individualmente, e segundo minha limitada capacidade, alguns dos mistérios que eles irradiam a todos, o tempo todo e de forma multidimensional, pois cada um possui uma irradiação
vertical e outra horizontal, formando a quadratura do círculo onde estão assentados, pois são “Tronos Divinos”.
Eu, se vos falo dos senhores orixás com tanta naturalidade e conhecimento, é porque dentro dos meus limites humanos e deles recebi a orientação de ensina-los aos seus filhos que foram espiritualizados, mas continuam a ser o que nunca deixarão de ser: filhos de orixás.
Sim, todos são filhos de orixás, mas só os que desenvolvem os mistérios humanos (os seres
espiritualizados) conseguem faze-lo sem grandes dificuldades. Se bem que “alguns” acabam
estacionando por muito tempo nas zonas sombrias da dimensão espiritual humana.
Mas isto também acontece nas dimensões naturais regidas pelos orixás, ainda que não chamem o lado escuro delas de inferno ou umbral, pois lá o nome destas zonas sóbrias é este: pólos negativos!
Sim, os orixás regentes dos pólos negativos sustentam os seres encantados ou naturais que, por alguma razão, falharam em suas evoluções e tiveram de ser afastados do convívio com os que evoluíam equilibradamente. Eles estacionam nos níveis vibratórios negativos até que possam retomar, já equilibrados, suas evoluções naturais, pois eles não reencarnam e não tem suas memórias adormecidas, como acontece conosco sempre que reencarnamos para superar obstáculos que nos desequilibraram intensamente. Eles não saem da irradiação do seu regente natural. Assim, um encantado de Ogum, se vier a se desequilibrar durante seu estágio encantado da evolução, não sairá da dimensão regida pelo Orixá Ogum. Apenas será atraído pelo pólo magnético negativo que nela existe e, amparado por um orixá Ogum cósmico, mas de nível intermediário, nele estacionará até que tenha superado o desequilíbrio que o negativou magneticamente. É um processo seguro, mas lento, de reequilibrá-lo emocionalmente.
Já o mesmo não acontece nas zonas sombrias da dimensão humana. Nelas sempre tem um “espertinho”
para recepcionar os espíritos negativados que sempre está pronto e disposto a aproveitar-se deles que, se já estão desequilibrados, muito pior ficarão após suas quedas vertiginosas.
As zonas sombrias humanas são como as prisões do plano material: alguém atropela alguém com seu veículo. Se for condenado à prisão, vai conviver com assaltantes, estupradores, assassinos frios e calculistas. Quando sair da prisão, terá feito um estagio completo no mundo da criminalidade, e com certeza recorrerá aos seus novos “conhecimentos” assim que se ver em dificuldades.
Já o mesmo não acontece nas dimensões naturais. Nelas não se misturam, de forma alguma, seres com desequilíbrios diferentes. Quem se desequilibrou num sentido não entra em contato com quem se desequilibrou em outro.
Se um encantado viciou-se nas coisas do sexo, ele irá a um pólo magnético que só atrai encantados desequilibrados por vícios sexuais. Se um encantado tornou-se violento e gosta de agredir outros encantados, imediatamente é atraído para um pólo magnético que só atrai encantados violentos e agressivos... que o agredirão.
A frase: “Os semelhantes se atraem!” se aplica com toda propriedade às dimensões naturais e
parcialmente à dimensão humana, já que aqui outros fatores ponderáveis influenciam as atrações.
Aqui, um assassino frio sente-se atraído sexualmente por uma mulher virtuosa, principalmente se ela for bonita, e não se incomoda de matar por ela, ou até de matá-la, se não for correspondido ou se ela não se submeter aos seus desejos imundos. Já nas dimensões naturais, se algum encantado desequilibrou-se e tornou-se violento, ele não sentirá atração sexual por ninguém, mesmo pela mais bela e atraente das encantadas.
O desequilíbrio não se generaliza ou alcança outros sentidos e, muito ao contrário, até os anula, pois o ser passa a viver intensamente o seu desequilíbrio e fecha-se em si mesmo, não suportando o contato com outros encantados.
É quase que um “autismo”, onde cada um vive seu mundo pessoal e só sai dele em casos extremos.. ou após esgotar seu negativismo energético e as causas do desequilíbrio emocional que o tornou magneticamente atrativo pelos pólos negativos da dimensão onde vive e evolui.
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