Na Umbanda tão querida muito pouco se aprendeu,
Perderam-se em ler muito livros que pouco deles se entendeu,
Tornou-se uma religião de jalapa, com direito a batata,
Onde vale a sopa que se serve ao conselho do guia,
Onde tudo se pede, mas pouco se aprende,
Pois todos se dizem pais no santo, mas santo mesmo nem sempre,
E agora minha Umbanda que sempre primou pela ajuda,
Ficou perdida nesses novos dirigentes que gostam mais é de consulta,
Fala-se de tudo um pouco até mesmo distorcendo as lendas passadas,
Dizem que em suas casas é assim e que não há nada de errada,
E haja simpósio disso e daquilo, explicando até o inexplicável,
Criando novas células para dar continuidade ao andamento,
E esquecem-se de que Umbanda é pulsar e estar em pensamento,
Vira e mexe aparece algo de proveito, que dá sustento ao que se pratica,
Mas acabam aparecendo os jumentos que dela se fazem a negar,
Distorcendo em palavras o que em terra os guias vêm a mostrar,
Onde ficou minha Umbanda, onde será que se meteu?
Não haviam turbulências nem cursos ministrados por fariseus,
Nela se aprendia na lida, no ato de espiritar,
E dos guias se tirava a lição para depois poder aplicar,
Hoje há curso pra tudo, até para aprender a tocar,
Coisa que se aprendia ao lado dos tambores ao senti-los replicar,
Tudo isso para colocar a culpa no tempo,
Dizem que por não tê-lo tudo deve se adaptar,
E adaptam a tudo sem nem mesmo pestanejar,
Mudam da água pro vinho, celebram da forma mais XXI,
E se dizem não pararem no tempo, pois o tempo é apenas mais um,
Assim segue essa coisa que a muito deixou de ser Umbanda,
Pois na sopa que remexem enfiam tudo que dá,
Em uma mistura que não agrada e muito menos pretendo tomar,
Transformando a querida Umbanda em algo inócuo sem sabor,
Comparando-a de forma bem ingrata assim como uma sopa de Jalapa com batata.
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