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quinta-feira, 28 de outubro de 2010




Na Umbanda tão querida muito pouco se aprendeu,

Perderam-se em ler muito livros que pouco deles se entendeu,

Tornou-se uma religião de jalapa, com direito a batata,

Onde vale a sopa que se serve ao conselho do guia,

Onde tudo se pede, mas pouco se aprende,

Pois todos se dizem pais no santo, mas santo mesmo nem sempre,



E agora minha Umbanda que sempre primou pela ajuda,

Ficou perdida nesses novos dirigentes que gostam mais é de consulta,

Fala-se de tudo um pouco até mesmo distorcendo as lendas passadas,

Dizem que em suas casas é assim e que não há nada de errada,



E haja simpósio disso e daquilo, explicando até o inexplicável,

Criando novas células para dar continuidade ao andamento,

E esquecem-se de que Umbanda é pulsar e estar em pensamento,



Vira e mexe aparece algo de proveito, que dá sustento ao que se pratica,

Mas acabam aparecendo os jumentos que dela se fazem a negar,

Distorcendo em palavras o que em terra os guias vêm a mostrar,



Onde ficou minha Umbanda, onde será que se meteu?

Não haviam turbulências nem cursos ministrados por fariseus,

Nela se aprendia na lida, no ato de espiritar,

E dos guias se tirava a lição para depois poder aplicar,



Hoje há curso pra tudo, até para aprender a tocar,

Coisa que se aprendia ao lado dos tambores ao senti-los replicar,

Tudo isso para colocar a culpa no tempo,

Dizem que por não tê-lo tudo deve se adaptar,

E adaptam a tudo sem nem mesmo pestanejar,

Mudam da água pro vinho, celebram da forma mais XXI,

E se dizem não pararem no tempo, pois o tempo é apenas mais um,



Assim segue essa coisa que a muito deixou de ser Umbanda,

Pois na sopa que remexem enfiam tudo que dá,

Em uma mistura que não agrada e muito menos pretendo tomar,

Transformando a querida Umbanda em algo inócuo sem sabor,

Comparando-a de forma bem ingrata assim como uma sopa de Jalapa com batata.


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