empre escuto isso: “A Entidade tem que falar tudo!” E sempre digo isso: “Claro que não!”
Até quando meus filhos, vocês vão fingir que não entendem? Porquê “burros” vocês não são! Não vêem que não somos os donos da verdade? A verdade está dentro de cada um de vocês e Deus independe da verdade ou da mentira... Ele é onisciente, ou seja, tudo só Ele o sabe!
Já olharam para si mesmos, procurando identificar o quanto há de orgulho neste pensamento? É como se vocês se achassem mais importantes do que os outros e chegam até pensar que, nós todos, espíritos em evolução, tivéssemos a obrigação de dizer o que vocês por covardia não falam! Mas falam que nós, Exus e Pomba Giras, não seguramos a língua dentro da boca! E vocês? Basta virarem as costas pra soltarem a língua também!
Não somos iguais a essas “máquinas” de fazer dinheiro, que soltam uma “bolada” pra chamar a atenção do mundo inteiro! E repito, pra chamar a atenção do mundo inteiro, assim: “Joguem, joguem mais, cada vez mais”
Jogar? Só se for jogar fora, iah, há, há... E enquanto isso, nem percebem que o que vocês têm é o que realmente tem valor! Passam uma vida inteira tentando viver que nem um doutor! E acabam vivendo que nem um computador! Iah, há, há, joga o laço seu Zé, no filho de pouca fé!
Já devem estar pensando: “Nós todos, espíritos em evolução, mas e os espíritos de luz?” Iah, há, há... Nós todos, espíritos em evolução sim, pois a escuridão só existe no pensamento dos filhos! Se todos caminham para a eternidade, só pode haver Luz, pois na escuridão ninguém caminha pra lugar algum, iah, há, há...!
Nos olhos de quem vê, é tiro na certa...
Nos olhos de quem crê, é bala que adoça a alma e logo enxerga!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010
exu caveira
Exu Caveira na Umbanda
Responde na linha do Orixá Obaluaei (omulú).
Seu Habitat: a Calunga Pequena (Cemitério)
Trabalha com muita dignidade, não faz o mal e faz o bem para crescer em sua evolução espiritual. Esse exu tem muita força e muitos o temem por ignorância de não conhecer sua real forma de bom espírito de luz apesar de não ter paciência.
E saibam que exu não é demônio e muito menos lúcifer. Exu é um espírito com luz e que busca evolução
=============================
João Caveira é uma das entidades mais poderosas dentro do reino espiritual, pois comanda a falange de 469 Exus, sendo os principais:
- Exu de Lúcifer;
- Exu Caveira
- Exu Caveirinha
- Exu Caveira da Porteira
- Exu Pinga Fogo
- Exu Porteira
- Exu Sete Caveirinha
- Exu Sete Catacumbas
- Exu Sete Covas e demais
Exu Caveira é uma entidade que trabalha para cura, justiça, dinheiro e amor , desenvolvendo todos os tipos de trabalho de alta magia, trabalhando com o povo das almas. As treze almas benditas e treze almas malditas.
Sendo também João irmão de Ogum Mege.
Caveira resolve qualquer tipo de problema em menos tempo possível, usando a força dos Orixás, pois ele é uma das entidades que tem ligamento direto com os Orixás: Omulu, Ogum, Oxalá e Xangô. Sendo assim, ele resolve todos os problemas espirituais tendo na sua ossada.
Responde na linha do Orixá Obaluaei (omulú).
Seu Habitat: a Calunga Pequena (Cemitério)
Trabalha com muita dignidade, não faz o mal e faz o bem para crescer em sua evolução espiritual. Esse exu tem muita força e muitos o temem por ignorância de não conhecer sua real forma de bom espírito de luz apesar de não ter paciência.
E saibam que exu não é demônio e muito menos lúcifer. Exu é um espírito com luz e que busca evolução
=============================
João Caveira é uma das entidades mais poderosas dentro do reino espiritual, pois comanda a falange de 469 Exus, sendo os principais:
- Exu de Lúcifer;
- Exu Caveira
- Exu Caveirinha
- Exu Caveira da Porteira
- Exu Pinga Fogo
- Exu Porteira
- Exu Sete Caveirinha
- Exu Sete Catacumbas
- Exu Sete Covas e demais
Exu Caveira é uma entidade que trabalha para cura, justiça, dinheiro e amor , desenvolvendo todos os tipos de trabalho de alta magia, trabalhando com o povo das almas. As treze almas benditas e treze almas malditas.
Sendo também João irmão de Ogum Mege.
Caveira resolve qualquer tipo de problema em menos tempo possível, usando a força dos Orixás, pois ele é uma das entidades que tem ligamento direto com os Orixás: Omulu, Ogum, Oxalá e Xangô. Sendo assim, ele resolve todos os problemas espirituais tendo na sua ossada.
sábado, 25 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A MELHOR DEFESA
A MELHOR DEFESA
Os motivos que levam uma pessoa a uma sessão de Umbanda são os mais diversos em função da Umbanda ter este caráter de atendimento direto as pessoas são atendidas diretamente por um espírito desencarnado
diferentemente de outras doutrinas religiosas, as pessoas que procuram um
centro de Umbanda tem no seu imaginário, no seu psique, que um guia de Umbanda
é um despachante, um despachante do alem que faz a ponte entre ela, o seu
problema, e Deus,entre ela seu problema e os orixás depositando ali toda sua fé
e confiança e ai que esta o perigo,é neste exato momento que uma pessoa com
esta mentalidade entra em um conga de Umbanda que começa colocar em risco a
integridade vibratória do local a pessoa angustiada,melindrada,com sentimento
de culpa,revoltosa,ingrata,queixosa,viciada enfim os dramas, casos e interesses
são os mais variados,o médium juntamente com o seu guia sentem o caso da
pessoa,a sensibilidade
do médium é aflorada e ele entra em contato com o campo áurico-astral e psíquico do atendido e é neste momento que estas vibrações influenciam a consulta e confundem o médium e a entidade quando não é
muito esclarecida,MEDIUM que tem o coração falando mais do que a razão coloca
em risco a integridade astral e vibratória de toda a corrente ele não consegue
neste momento discernir o que é certo e errado em função de estar sentindo o
que a pessoa esta sentindo, sentindo as suas emanações mentais e emocionais
confundindo tudo e ficando com dó e sentimento de piedade e se jogando de
cabeça no caso em questão,enfim o médium já esta sob o domínio total do
consulente pelo simples fato de querer ajudar a todo custo é aquele médium que
diz “COITADO DE FULANO” sem ao menos querer investigar o caso e saber se
“fulano” mesmo é vitima ou tem culpa no cartório,ingenuidade não pode ser
aceita em médium de Umbanda porque médium ingênuo, a toda hora, compra demanda
astral de toda sorte e espécie, um médium de Umbanda não pode colocar a mão em
tudo e querer ajudar a todos sendo uma maezona ou um paizão e fazê-lo em nome
de uma dita caridade, é só reparar dentro de um terreiro, se deixar as pessoas
vão direto tomar passe com o médium que ela sabe que consegue manipular
vibratoriamente não que as pessoas o faça por malicia e maldade,não é isto, é
que na cabeça delas aquele médium é forte e tem guias melhores que conseguem
resolver tudo.
Quando isto acontece já esta criado ai um vinculo magnético entre atendido e médium um vinculo nocivo e vicioso em que atendido já goza de intimidade vibratória com o médium e já conseguem manipulá-lo com
muita facilidade,lembro muito bem das explicações de Caboclo IGUARAÇI na
ultimas sessão do G.M.U que sempre que a corrente caia em vibração e os médiuns
mostravam sinais de cansaço e passava mal ele dizia : “ OS FILHOS ESTAO
DEIXANDO AS PESSOAS CONTROLAR A VIBRAÇAO DA CASA” e tinha que parar tudo estourar pólvora ,fazer
defumação,cantar ponto e uma serie interminável de firmezas para que os médiuns
e toda corrente dos dois planos tomassem o controle vibratório novamente.
Os médiuns têm que entender que o simples fato deles sentir e não raciocinar sobre aquele sentimento, ver uma pessoa angustiada com o semblante abatido,com cara de vitima da segunda guerra mundial basta para que
aquela pessoa tome as rédeas e de direção a casa em frações de segundos,o
médium tem que avaliar juntamente com seu guia que ele esta trabalhando naquele
dia se procede o mal o que a pessoa esta sentindo,vivendo,passando na sua vida.
Exemplo.
Uma pessoa chega à casa para receber atendimento passando muito mal da saúde,ela tem fortes tonturas,desanimo,pensamentos suicida,depressão e fortes dores de cabeça,o médium começa o atendimento
juntamente com seu guia,vê sua expressão facial de sofrimento e dor,começa a
sentir estas vibrações de doença e desamino e se compadece com o sofrimento da
atendida,começa mentalmente a orar fervorosamente pedindo amparo para aquela
pessoa,isto basta para que as suas orações virem contra ele e ele comece a
passar mal; Mas como passar mal se eu tive boa vontade em ajudar?
E daí!
Querer ajudar não basta.
Querer resolver as coisas pro outros não basta você tem que fazer o melhor pelos outros e o melhor neste caso é buscar o entendimento, entender o porquê esta pessoa esta nesta situação e não querer a todo e
qualquer custo que ela melhore em poucos minutos que ela fica sentada ou em pé
na sua frente, tente entender o porquê, tudo tem um porque, tentando fazer isto
o médium descobre que ela esta acompanhada de um espírito desencarnado em
estado de grande sofrimento então o médium pensa: Vamos retirar o espírito e
encaminhá-lo. Certo?
Sim esta certo mais em partes ok?
Mais porque em partes?
Porque você não pode liberar uma pessoa neste estado, do nada, fazer a puxada, a doutrinação e encaminhamento do desencarnado e deixar bem claro em letras maiúsculas e garrafais que todo infortúnio e
sortilégio na vida da pessoa é culpa dos espíritos e dos outros, que lição que
esta pessoa sai levando dali?
Ela sai di boa e a corrente fica com toda a carga da pessoa você comprometeu a integridade vibratória da casa só porque quis ajudar só porque foi bem intencionado,e esta boa intenção sua fez todo mundo ficar
pesado passando mal,abrindo boca feito um maluco com as dores e tonturas do
atendido.....então como fazer?
O mais sensato neste caso seria primeiro observar e sentir a pessoa que esta na sua frente se você se colocar em uma postura de querer sentir o que a pessoa tem só pra sentir, assim será, a energia e fluidos
passam por você e logo saem, porque as vibrações são manipuladas através do pensamento,
pronto o primeiro passo foi dado, agora senti, agora eu tento entender o porquê
ela esta neste estado e depois manipulo as vibrações eu estou escrevendo na
primeira pessoa como se o médium estivesse dando o atendimento sozinho para que
ele entenda de uma vez por todas que ELE e o SEU GUIA DAO O ATENDIMENTO JUNTOS
o médium participa e é responsável por tudo que acontece no atendimento ele em
muitos casos resolve as situações melhor do que a entidade comunicante usando
de seu animismo, sua carga pessoal, seu magnetismo pessoal,o médium esforçado é
parceiro de seus guias mais não se empolgue com esta parceria porque a nos
médiuns Umbandista não é nos dado decidir nada, no Kardecismo é dado o direito
de o médium decidir as coisas, na
Umbanda não,quem manda é o guia assim nos disse Exu capa preta, ‘La eles
decidem junto por isso são chamados de médiuns,aqui não, quem manda é os guias
e por isso são chamados de cavalo são montados e domados”;Então você esta
caindo em contradição ao dizer que não podemos interferir na consulta porque
somos “cavalos” não “médiuns”.
Nossa que bonito começou a pensar que bom! Porque você não faz isto com mais freqüência “PENSAR”.
Não quero ofender ninguém, não quero que quem leia isto tenha a impressão que me falta compreensão, sei muito bem o curral que eu tenho e os bois que tem no meu pasto, e eles dirão:
Não pecamos porque não sabíamos!
Eu respondo.
Pecou sim!
Pecou em dobro, pois temos caixas e caixas de livros no terreiro que nunca ninguém teve a pachorrise de ler, que chegou ao ponto de Caboclo Iguaraci mandar doar ou jogar no lixo porque só junta poeira!
Então como não errou?
Enfim se fala tanto em firmezas em defesas vibratórias,em guias no pescoço pra dar proteção e desviar fluidos maléficos ao médium,em descarrego com exu em uma infinidades de praticas que se conhece aos
montes por todos nos Umbandista,mais tudo isto é muleta pra médium
indisciplinado que apesar de ser alfabetizado se comporta igual a um analfabeto
temos que entender que a melhor defesa,a
mais eficiente vem através do estudo continuado saber o que esta se fazendo,se
sentir seguro e participe de um grupo de pessoas esclarecidas,ter segurança no
grupo,nos guias,saber que você é importantíssimo no atendimento que você ajuda ele
acontecer,é muito comum mesmo os médiuns
se sentirem inseguros com medo e vergonha de dizer; “EU SOU UM MEDIUM
CONCIENTE!” todos nos somos, costumo dizer que médium inconsciente saio de
linha não se fabrica mais ,então todos nos somos consciente e temos plena
consciência disto só que temos vergonha de dizer e ao termino de uma sessão
fazemos cara de paisagem como se tivéssemos acabado de acordar,é temos que
acordar mesmo porque não da pra ficar abatoalhando um pequeno espaço dedicado a
atendimento espiritual com firmezas sem fim pra dar proteção,proteção vem
através de cuidados primários,de uma Constante vigilia mental durante o transe
mediúnico que você esta tendo,ter o cuidado de não criticar mentalmente a
pessoa que esta na sua frente,nem comprar como verdade tudo o que ela diz,saber
passar a bola com humildade quando perceber que você não esta bem e não da
conta do caso,não querer a todo custo que a pessoa sai bem dali de dentro só
por satisfação do seu ego porque seu guia deu conta do caso,entender que nada é
por acaso e você tem que entender isto e ajudar a pessoa a entender também,todo
o sofrimento que a pessoa que veio a casa pedir ajuda tem um motivo e teve
permissão pra acontecer,e a pessoa precisa ter compreensão e saber respeitar o
tempo,nos não somos vitimas de ninguém,temos karma ,devemos por isso passamos
por situações de dificuldade seja as mais
variadas,na maioria das vezes não conseguimos achar explicação,mais se
colocar de vitima dos outros,dos espíritos, não ajuda em nada,ajuda sim por um
período muito curtu de tempo até voçe voltar a errar e culpar os outros pelos
seus erros,e quando voçe se sentir vitima de alguem antes de dizer e se sentir
vitimizada mesmo pense: Tudo tem um porque e porque será que ele me faz tão mal,me maltrata tanto,tente
entender o modo de agir do outro,será que esta situação é nova ou antinga,
resquícios e retorno karmico de uma experiência reecarnatoria do passado?Tudo
isto tem que ser levado em conta antes de sair fazendo puxada ,tirando
espíritos obssessores dos outros ,dando descarrego a torta e direita ,que o
faça, mais você se assim o fez tem a
obrigação de orientar a pessoa porque ela vai sair de la na boa e deixar tudos
os bagulhos no seu colo,sim no seu colo você não é a maezona e paizão que pega
os filhinhos no colo?Então que fique no seu colo toda zica e karma alheio, você
médium e o seu guia espiritual tem o dever-obrigaçao de orientar do porque esta
pessoa passa por um sofrimento e esta acompanhada de um espírito
desencarnado,senão ela sai na boa sem responsabilidade nem uma e a casa cai na
nossa cabeça,vem o mal estar todos passam mal e tudo o que nos estamos cansados
de saber,o caboclo iguaraci e a equipe que assiste casa esta usando de uma
didática muito boa com toda a equipe,explicando o porque dos atendimentos pros
cambonos e médiuns porque como ele me disse “se vocês não lêem temos que assim
fazer pra vocês aprendam”e eu espero que
vocês cambada de médiuns alfabetizados lêem isto e depois me pergunte no
dia apropiado de estudos ,leiam porque já são 21,52h e eu estou aqui escrevendo
com uma puta tontura e morrendo de fome,fazendo
isto di boa em beneficio de todos nos.
Os motivos que levam uma pessoa a uma sessão de Umbanda são os mais diversos em função da Umbanda ter este caráter de atendimento direto as pessoas são atendidas diretamente por um espírito desencarnado
diferentemente de outras doutrinas religiosas, as pessoas que procuram um
centro de Umbanda tem no seu imaginário, no seu psique, que um guia de Umbanda
é um despachante, um despachante do alem que faz a ponte entre ela, o seu
problema, e Deus,entre ela seu problema e os orixás depositando ali toda sua fé
e confiança e ai que esta o perigo,é neste exato momento que uma pessoa com
esta mentalidade entra em um conga de Umbanda que começa colocar em risco a
integridade vibratória do local a pessoa angustiada,melindrada,com sentimento
de culpa,revoltosa,ingrata,queixosa,viciada enfim os dramas, casos e interesses
são os mais variados,o médium juntamente com o seu guia sentem o caso da
pessoa,a sensibilidade
do médium é aflorada e ele entra em contato com o campo áurico-astral e psíquico do atendido e é neste momento que estas vibrações influenciam a consulta e confundem o médium e a entidade quando não é
muito esclarecida,MEDIUM que tem o coração falando mais do que a razão coloca
em risco a integridade astral e vibratória de toda a corrente ele não consegue
neste momento discernir o que é certo e errado em função de estar sentindo o
que a pessoa esta sentindo, sentindo as suas emanações mentais e emocionais
confundindo tudo e ficando com dó e sentimento de piedade e se jogando de
cabeça no caso em questão,enfim o médium já esta sob o domínio total do
consulente pelo simples fato de querer ajudar a todo custo é aquele médium que
diz “COITADO DE FULANO” sem ao menos querer investigar o caso e saber se
“fulano” mesmo é vitima ou tem culpa no cartório,ingenuidade não pode ser
aceita em médium de Umbanda porque médium ingênuo, a toda hora, compra demanda
astral de toda sorte e espécie, um médium de Umbanda não pode colocar a mão em
tudo e querer ajudar a todos sendo uma maezona ou um paizão e fazê-lo em nome
de uma dita caridade, é só reparar dentro de um terreiro, se deixar as pessoas
vão direto tomar passe com o médium que ela sabe que consegue manipular
vibratoriamente não que as pessoas o faça por malicia e maldade,não é isto, é
que na cabeça delas aquele médium é forte e tem guias melhores que conseguem
resolver tudo.
Quando isto acontece já esta criado ai um vinculo magnético entre atendido e médium um vinculo nocivo e vicioso em que atendido já goza de intimidade vibratória com o médium e já conseguem manipulá-lo com
muita facilidade,lembro muito bem das explicações de Caboclo IGUARAÇI na
ultimas sessão do G.M.U que sempre que a corrente caia em vibração e os médiuns
mostravam sinais de cansaço e passava mal ele dizia : “ OS FILHOS ESTAO
DEIXANDO AS PESSOAS CONTROLAR A VIBRAÇAO DA CASA” e tinha que parar tudo estourar pólvora ,fazer
defumação,cantar ponto e uma serie interminável de firmezas para que os médiuns
e toda corrente dos dois planos tomassem o controle vibratório novamente.
Os médiuns têm que entender que o simples fato deles sentir e não raciocinar sobre aquele sentimento, ver uma pessoa angustiada com o semblante abatido,com cara de vitima da segunda guerra mundial basta para que
aquela pessoa tome as rédeas e de direção a casa em frações de segundos,o
médium tem que avaliar juntamente com seu guia que ele esta trabalhando naquele
dia se procede o mal o que a pessoa esta sentindo,vivendo,passando na sua vida.
Exemplo.
Uma pessoa chega à casa para receber atendimento passando muito mal da saúde,ela tem fortes tonturas,desanimo,pensamentos suicida,depressão e fortes dores de cabeça,o médium começa o atendimento
juntamente com seu guia,vê sua expressão facial de sofrimento e dor,começa a
sentir estas vibrações de doença e desamino e se compadece com o sofrimento da
atendida,começa mentalmente a orar fervorosamente pedindo amparo para aquela
pessoa,isto basta para que as suas orações virem contra ele e ele comece a
passar mal; Mas como passar mal se eu tive boa vontade em ajudar?
E daí!
Querer ajudar não basta.
Querer resolver as coisas pro outros não basta você tem que fazer o melhor pelos outros e o melhor neste caso é buscar o entendimento, entender o porquê esta pessoa esta nesta situação e não querer a todo e
qualquer custo que ela melhore em poucos minutos que ela fica sentada ou em pé
na sua frente, tente entender o porquê, tudo tem um porque, tentando fazer isto
o médium descobre que ela esta acompanhada de um espírito desencarnado em
estado de grande sofrimento então o médium pensa: Vamos retirar o espírito e
encaminhá-lo. Certo?
Sim esta certo mais em partes ok?
Mais porque em partes?
Porque você não pode liberar uma pessoa neste estado, do nada, fazer a puxada, a doutrinação e encaminhamento do desencarnado e deixar bem claro em letras maiúsculas e garrafais que todo infortúnio e
sortilégio na vida da pessoa é culpa dos espíritos e dos outros, que lição que
esta pessoa sai levando dali?
Ela sai di boa e a corrente fica com toda a carga da pessoa você comprometeu a integridade vibratória da casa só porque quis ajudar só porque foi bem intencionado,e esta boa intenção sua fez todo mundo ficar
pesado passando mal,abrindo boca feito um maluco com as dores e tonturas do
atendido.....então como fazer?
O mais sensato neste caso seria primeiro observar e sentir a pessoa que esta na sua frente se você se colocar em uma postura de querer sentir o que a pessoa tem só pra sentir, assim será, a energia e fluidos
passam por você e logo saem, porque as vibrações são manipuladas através do pensamento,
pronto o primeiro passo foi dado, agora senti, agora eu tento entender o porquê
ela esta neste estado e depois manipulo as vibrações eu estou escrevendo na
primeira pessoa como se o médium estivesse dando o atendimento sozinho para que
ele entenda de uma vez por todas que ELE e o SEU GUIA DAO O ATENDIMENTO JUNTOS
o médium participa e é responsável por tudo que acontece no atendimento ele em
muitos casos resolve as situações melhor do que a entidade comunicante usando
de seu animismo, sua carga pessoal, seu magnetismo pessoal,o médium esforçado é
parceiro de seus guias mais não se empolgue com esta parceria porque a nos
médiuns Umbandista não é nos dado decidir nada, no Kardecismo é dado o direito
de o médium decidir as coisas, na
Umbanda não,quem manda é o guia assim nos disse Exu capa preta, ‘La eles
decidem junto por isso são chamados de médiuns,aqui não, quem manda é os guias
e por isso são chamados de cavalo são montados e domados”;Então você esta
caindo em contradição ao dizer que não podemos interferir na consulta porque
somos “cavalos” não “médiuns”.
Nossa que bonito começou a pensar que bom! Porque você não faz isto com mais freqüência “PENSAR”.
Não quero ofender ninguém, não quero que quem leia isto tenha a impressão que me falta compreensão, sei muito bem o curral que eu tenho e os bois que tem no meu pasto, e eles dirão:
Não pecamos porque não sabíamos!
Eu respondo.
Pecou sim!
Pecou em dobro, pois temos caixas e caixas de livros no terreiro que nunca ninguém teve a pachorrise de ler, que chegou ao ponto de Caboclo Iguaraci mandar doar ou jogar no lixo porque só junta poeira!
Então como não errou?
Enfim se fala tanto em firmezas em defesas vibratórias,em guias no pescoço pra dar proteção e desviar fluidos maléficos ao médium,em descarrego com exu em uma infinidades de praticas que se conhece aos
montes por todos nos Umbandista,mais tudo isto é muleta pra médium
indisciplinado que apesar de ser alfabetizado se comporta igual a um analfabeto
temos que entender que a melhor defesa,a
mais eficiente vem através do estudo continuado saber o que esta se fazendo,se
sentir seguro e participe de um grupo de pessoas esclarecidas,ter segurança no
grupo,nos guias,saber que você é importantíssimo no atendimento que você ajuda ele
acontecer,é muito comum mesmo os médiuns
se sentirem inseguros com medo e vergonha de dizer; “EU SOU UM MEDIUM
CONCIENTE!” todos nos somos, costumo dizer que médium inconsciente saio de
linha não se fabrica mais ,então todos nos somos consciente e temos plena
consciência disto só que temos vergonha de dizer e ao termino de uma sessão
fazemos cara de paisagem como se tivéssemos acabado de acordar,é temos que
acordar mesmo porque não da pra ficar abatoalhando um pequeno espaço dedicado a
atendimento espiritual com firmezas sem fim pra dar proteção,proteção vem
através de cuidados primários,de uma Constante vigilia mental durante o transe
mediúnico que você esta tendo,ter o cuidado de não criticar mentalmente a
pessoa que esta na sua frente,nem comprar como verdade tudo o que ela diz,saber
passar a bola com humildade quando perceber que você não esta bem e não da
conta do caso,não querer a todo custo que a pessoa sai bem dali de dentro só
por satisfação do seu ego porque seu guia deu conta do caso,entender que nada é
por acaso e você tem que entender isto e ajudar a pessoa a entender também,todo
o sofrimento que a pessoa que veio a casa pedir ajuda tem um motivo e teve
permissão pra acontecer,e a pessoa precisa ter compreensão e saber respeitar o
tempo,nos não somos vitimas de ninguém,temos karma ,devemos por isso passamos
por situações de dificuldade seja as mais
variadas,na maioria das vezes não conseguimos achar explicação,mais se
colocar de vitima dos outros,dos espíritos, não ajuda em nada,ajuda sim por um
período muito curtu de tempo até voçe voltar a errar e culpar os outros pelos
seus erros,e quando voçe se sentir vitima de alguem antes de dizer e se sentir
vitimizada mesmo pense: Tudo tem um porque e porque será que ele me faz tão mal,me maltrata tanto,tente
entender o modo de agir do outro,será que esta situação é nova ou antinga,
resquícios e retorno karmico de uma experiência reecarnatoria do passado?Tudo
isto tem que ser levado em conta antes de sair fazendo puxada ,tirando
espíritos obssessores dos outros ,dando descarrego a torta e direita ,que o
faça, mais você se assim o fez tem a
obrigação de orientar a pessoa porque ela vai sair de la na boa e deixar tudos
os bagulhos no seu colo,sim no seu colo você não é a maezona e paizão que pega
os filhinhos no colo?Então que fique no seu colo toda zica e karma alheio, você
médium e o seu guia espiritual tem o dever-obrigaçao de orientar do porque esta
pessoa passa por um sofrimento e esta acompanhada de um espírito
desencarnado,senão ela sai na boa sem responsabilidade nem uma e a casa cai na
nossa cabeça,vem o mal estar todos passam mal e tudo o que nos estamos cansados
de saber,o caboclo iguaraci e a equipe que assiste casa esta usando de uma
didática muito boa com toda a equipe,explicando o porque dos atendimentos pros
cambonos e médiuns porque como ele me disse “se vocês não lêem temos que assim
fazer pra vocês aprendam”e eu espero que
vocês cambada de médiuns alfabetizados lêem isto e depois me pergunte no
dia apropiado de estudos ,leiam porque já são 21,52h e eu estou aqui escrevendo
com uma puta tontura e morrendo de fome,fazendo
isto di boa em beneficio de todos nos.
lição de exu
Em um Dia agitado em Todo Mundo Exu Rondava a Visitar os Seus Filhos Que Haviam se esquecido dos Aliados do Plano Espiritual Quando se deparou Com uma Situação Muito Interessante, era um filho Seu que Não Havia Esquecido o Pai, Porém Estava Revoltado e Decidido a Blasfemar o quanto Pudesse a quem um Dia o ajudara Tanto. Esse filho estava Tão Revoltado que Gritava aos Quatro Cantos e Exu Decidiu Parar Ali e Ver o Que Pensava Sobre ele Aquele Filho Revoltado Que Não Parava de Gritar:
-Foi Exu, é Tudo Culpa Daquele Demônio dos Infernos. Eu o Servi Por Muitos Anos Como um escravo e Veja Hoje a Minha Situação, Não Tenho Família, Dinheiro, Amigos e Nem Mesmo um Teto Para Morar. Não Caiam na Tentação do Demônio Ele Lhes Prometera Muitas Coisas Mais no Final Nada Fará Por Vocês... Ele Continuou Durante Horas a Blasfemar Quem Tanto o Ajudara Num Passado Recente e Só Parou Quando Viu a Majestosa Figura do Guardião das Encruzas a Sua Frente Indagando-o:
-Por Que, esse Revolto Homem?
-Porque fez isso comigo? Para que me Deixar Chegar a esse Ponto?_respondeu Com Outra Indagação o Homem. E Exu explicou:
-Não Fui Eu Que o Deixei Chegar a esse Ponto, você é Que se Jogou Nessa Lama Onde Hoje se Encontra! Lembra-se que Errou Querendo Fazer Fortuna Com um Dom que Lhe foi Concedido Para Auxiliar ao Próximo Lembra-se que Nada Além da Paz e Satisfação Espiritual Foi Prometido a Você, e que Também Eu Lhe Disse que a Estabilidade Material Só Viria Após a Maturidade Espiritual.
-Sim Sei que Errei, Mas Sei Também que Vós Errastes Junto a Mim Pois Quando Eu Lhe Enviava Algum Pensamento ou Pedido de Ma Fé o Senhor Não Me Dizia se eu Estava Certo ou Errado!_Respondeu o Homem em Prantos_
E Exu Após Uma Gargalhada Retrucou:
-Eu Nunca Lhe Disse se Estava Certo ou Errado Por Que Não Existe Certo ou Errado Bom ou Ruim, Existe Apenas Aquilo que é Justo. Eu Sou Exu e Trabalho Em Harmonia Com o Universo, Eu Não Sou Bom e Não Sou Ruim, Não Sou Certo e Nem Tampouco Errado, Sou Apenas Justo. Você Fez Muito Mal a Muitos que o Procuraram Buscando Auxilio e Por Isso se encontra Assim Hoje Pois Não Procurou a Paz de Espírito, Apenas Visou a Abonança Material que Como Eu Já o Havia Alertado Só Viria Após Uma Maturidade Espiritual, que Por Sua Vez Dependia de Sua Paz de Espírito que Só Viria Com a Caridade e Compaixão ao Próximo. Você Sabia De Tudo Isso, Porém Preferiu Seguir um Caminho Mais Longo e Doloroso. Eu Não Interferi em Nenhum Momento Pois se Assim Fizesse Estaria Influindo no Seu Livre Arbítrio.
-Tudo Bem Agora Compreende que Para Estar Bem é Preciso Querer Bem a Todos a Nossa Volta e Não Somente o Nosso, Mas Agora que Entendi Por Favor Ajude-me, Esteja Ao Meu Lado e Reerga-me Com Todo Seu Axé?!_Implorou o Homem Já Caído ao Chão Sem Forças Após Tanto Chorar. E Exu Com Uma Nova Gargalhada Exclamou:
-Nunca Deixei de Estar ao Teu Lado, Nunca Lhe Neguei a Mão Você Foi quem me Virou as Costas e Desistiu de Viver. Para se Reerguer Basta se Levantar e Continuar Sua Jornada Honestamente, e se Assim O Fizer Sempre que Precisar Eu Serei Justo e o Ajudarei, Porém se Novamente Errar Novamente Serei Justo e o Punirei.
-Foi Exu, é Tudo Culpa Daquele Demônio dos Infernos. Eu o Servi Por Muitos Anos Como um escravo e Veja Hoje a Minha Situação, Não Tenho Família, Dinheiro, Amigos e Nem Mesmo um Teto Para Morar. Não Caiam na Tentação do Demônio Ele Lhes Prometera Muitas Coisas Mais no Final Nada Fará Por Vocês... Ele Continuou Durante Horas a Blasfemar Quem Tanto o Ajudara Num Passado Recente e Só Parou Quando Viu a Majestosa Figura do Guardião das Encruzas a Sua Frente Indagando-o:
-Por Que, esse Revolto Homem?
-Porque fez isso comigo? Para que me Deixar Chegar a esse Ponto?_respondeu Com Outra Indagação o Homem. E Exu explicou:
-Não Fui Eu Que o Deixei Chegar a esse Ponto, você é Que se Jogou Nessa Lama Onde Hoje se Encontra! Lembra-se que Errou Querendo Fazer Fortuna Com um Dom que Lhe foi Concedido Para Auxiliar ao Próximo Lembra-se que Nada Além da Paz e Satisfação Espiritual Foi Prometido a Você, e que Também Eu Lhe Disse que a Estabilidade Material Só Viria Após a Maturidade Espiritual.
-Sim Sei que Errei, Mas Sei Também que Vós Errastes Junto a Mim Pois Quando Eu Lhe Enviava Algum Pensamento ou Pedido de Ma Fé o Senhor Não Me Dizia se eu Estava Certo ou Errado!_Respondeu o Homem em Prantos_
E Exu Após Uma Gargalhada Retrucou:
-Eu Nunca Lhe Disse se Estava Certo ou Errado Por Que Não Existe Certo ou Errado Bom ou Ruim, Existe Apenas Aquilo que é Justo. Eu Sou Exu e Trabalho Em Harmonia Com o Universo, Eu Não Sou Bom e Não Sou Ruim, Não Sou Certo e Nem Tampouco Errado, Sou Apenas Justo. Você Fez Muito Mal a Muitos que o Procuraram Buscando Auxilio e Por Isso se encontra Assim Hoje Pois Não Procurou a Paz de Espírito, Apenas Visou a Abonança Material que Como Eu Já o Havia Alertado Só Viria Após Uma Maturidade Espiritual, que Por Sua Vez Dependia de Sua Paz de Espírito que Só Viria Com a Caridade e Compaixão ao Próximo. Você Sabia De Tudo Isso, Porém Preferiu Seguir um Caminho Mais Longo e Doloroso. Eu Não Interferi em Nenhum Momento Pois se Assim Fizesse Estaria Influindo no Seu Livre Arbítrio.
-Tudo Bem Agora Compreende que Para Estar Bem é Preciso Querer Bem a Todos a Nossa Volta e Não Somente o Nosso, Mas Agora que Entendi Por Favor Ajude-me, Esteja Ao Meu Lado e Reerga-me Com Todo Seu Axé?!_Implorou o Homem Já Caído ao Chão Sem Forças Após Tanto Chorar. E Exu Com Uma Nova Gargalhada Exclamou:
-Nunca Deixei de Estar ao Teu Lado, Nunca Lhe Neguei a Mão Você Foi quem me Virou as Costas e Desistiu de Viver. Para se Reerguer Basta se Levantar e Continuar Sua Jornada Honestamente, e se Assim O Fizer Sempre que Precisar Eu Serei Justo e o Ajudarei, Porém se Novamente Errar Novamente Serei Justo e o Punirei.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
um pai de santo me contou
"Antigamente, os orixás eram homens.
Homens que se tornaram orixás por causa de seus poderes.
Homens que se tornaram orixás por causa de sua sabedoria.
Eles eram respeitados por causa de sua força,
Eles eram venerados por causa de suas virtudes.
Nós adoramos sua memória e os altos feitos que realizaram.
Foi assim que estes homens tornaram-se orixás.
Os homens eram numerosos sobre a Terra.
Antigamente, como hoje,
Muitos deles não eram valentes nem sábios.
A memória destes não se perpetuou
Eles foram completamente esquecidos;
Não se tornaram orixás.
Em cada vila, um culto se estabeleceu
Sobre a lembrança de um ancestral de prestígio
E lendas foram transmitidas de geração em geração para
render-lhes homenagem".
Homens que se tornaram orixás por causa de seus poderes.
Homens que se tornaram orixás por causa de sua sabedoria.
Eles eram respeitados por causa de sua força,
Eles eram venerados por causa de suas virtudes.
Nós adoramos sua memória e os altos feitos que realizaram.
Foi assim que estes homens tornaram-se orixás.
Os homens eram numerosos sobre a Terra.
Antigamente, como hoje,
Muitos deles não eram valentes nem sábios.
A memória destes não se perpetuou
Eles foram completamente esquecidos;
Não se tornaram orixás.
Em cada vila, um culto se estabeleceu
Sobre a lembrança de um ancestral de prestígio
E lendas foram transmitidas de geração em geração para
render-lhes homenagem".
sábado, 18 de dezembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
LENDAS DE EXÚ
LENDAS DE EXÚ

Porque Exú Recebe Oferendas Antes Dos Outros Orixás
Exu foi o primeiro filho de Iemanjá e Oxalá. Ele era muito levado e gostava de fazer brincadeiras com todo mundo. Tantas fez que foi expulso de casa. Saiu vagando pelo mundo, e então o país ficou na miséria, assolado por secas e epidemias. O povo consultou Ifá, que respondeu que Exu estava zangado porque ninguém se lembrava dele nas festas; e ensinou que, para qualquer ritual dar certo, seria preciso oferecer primeiro um agrado a Exu. Desde então, Exu recebe oferendas antes de todos, mas tem que obedecer aos outros Orixás, para não voltar a fazer tolices.
Vingança de Exú
Um homem rico tinha uma grande criação de galinhas. Certa vez, chamou um pintinho muito travesso de Exú, acrescentando vários xingamentos. Para se vingar, Exú fez com que o pinto se tornasse muito violento. Depois que se tornou galo, ele não deixava nenhum outro macho sossegado no galinheiro: feria e matava todos os que o senhor comprava. Com o tempo, o senhor foi perdendo a criação e ficou pobre. Então, perguntou a um babalaô o que estava acontecendo. O sacerdote explicou que era uma vingança de Exú e que ele precisaria fazer um ebó pedindo perdão ao Orixá. Amedrontado, o senhor fez a oferenda necessária e o galo se tornou calmo, permitindo que ele recuperasse a produção.
A VERDADEIRA VISÃO DE EXU
A VERDADEIRA VISÃO DE EXU
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A VERDADEIRA VISÃO DE EXU
0s guardiões do terreiro, Entidades de segurança nos Templos de Umbanda.
Temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pomba Gira. Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa. Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a "sujeira". Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido.
E as Pomba-giras seriam as "margaridas" mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação. Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombas Giras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm "para arranjar casamento" ou o que é pior, para desfazer casamentos... Isto é uma coisa absurda e vulgar... O trabalho da Pomba Gira é sério. É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.
O que é esse lixo?
Nossos pensamentos negativos.
Nossa sociedade desigual, perversa e preconceituosa.
Nossas ações.
Nossas emoções negativa se sobrepondo a nossa capacidade de amar.
Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos Exús, levando-os a sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando.
Sabendo que a religião de Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas é "A manifestação do espírito para a prática da caridade", qual a principal função desempenhada pelos Exús nos nossos Templos, Terreiros, Casas ou Centros?
Na Umbanda o Exú é uma Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns. Todas as religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência desses espíritos trabalhando também no Plano Astral *.
A reunião de Exú ou Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos. Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia.
Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, para que tenhamos bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em muito, na sua recuperação.
Muitas destas almas desorientadas não conseguem nem se aproximar dos Terreiros de Umbanda pois os Exús da Tronqueira ficam encarregados de fazerem uma triagem liberando a passagem apenas das almas que eles percebem já estarem prontas para o socorro **, ou seja, prontas para seguirem um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada. Este trabalho de separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, quando menos melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo. Os Exús são almas que riem, fazem troça, mas não brincam em serviço. Por este motivo, gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração, pois são eles os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas.
Cada pessoa que entra em uma casa de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões...) e são os Exús os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas limpezas. Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no caminho do desenvolvimento.
A saudação aos Exus: A saudação ao Exú é LARÓYÈ = salve, que também quer dizer salve compadre, boa noite "moça".
Exú é MOJUBÁ - Moju (Viver a noite) Bá (armar emboscadas) ou seja "armar emboscadas vivendo a noite". Mas na Umbanda o trabalho dos Exús é o de guardião.
Assim ao cumprimenta-lo estamos dizendo:
Salve aquele que vive à noite e que arma emboscadas.
Assim estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos pedindo "Àquele que vive a noite, que nos livre das emboscadas".
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
No túmulo coberto pelo mato, havia uma rosa vermelha
No túmulo coberto pelo mato, havia uma rosa vermelha
Mas a coisa não é tão simples como imaginamos!
Outubro de 2009, mais precisamente na última gira do mês, tivemos a visita do Sr. Exu Caveira que nos disse:
- Quantos de vocês irão visitar a calunga na próxima semana? (apenas duas pessoas sinalizaram com a mão)
- Todos vocês deverão ir…. porque EU assim determino!…. e levarão sete rosas vermelhas cada um, e irão depositar nas sete mais pobres das lápides que encontrarem.
E seguindo as ordens do Mestre da Calunga, no dia de Finados fomos ao cemitério e depositamos as rosas em túmulos que aparentavam estar abandonados. Quando estávamos voltando para casa minha esposa comentou que sentia uma alegria inexplicável. Na mesma semana, tivemos a gira de direita, e um irmão anônimo falou:
- Vim aqui apenas para agradecer! Todos os anos no dia de Finados, é permitido que Eu entre outros, visitem nossa última morada na esperança de rever aqueles que nos foram caros. Muitos de nós são agraciados com esse momento de saudade e alegria, mas a grande maioria não consegue rever aqueles que amaram. Porque nesse dia? perguntarão vocês!…. não sei explicar o motivo, só sei que nesse dia lá na calunga, Deus permite que nossos olhos possam ver além do que podem ver. Todos os anos eu vou a esse encontro, confesso que não tive a felicidade de rever minha família, mas não fico triste, pois com certeza superaram a minha falta e estão bem. Como disse, hoje vim apenas agradecer, porque dessa vez fui às lágrimas quando vi que em meio ao mato que encobre minha lápide, havia uma rosa vermelha. Seu brilho podia ser notado a distância e o perfume que dela exalava contagiava a todos que se aproximavam. Muitos como eu, nesse dia não puderam rever seus pares, mas fomos abençoados pela magia daquela rosa enviada por Oxalá.
Saravá meus Irmãos!
Laroiê Sr. Exu Caveira
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
oferendas
Francisco era seu nome. Homem que conheceu desde muito jovem as dificuldades materiais da vida e acostumado a trabalhar desde o nascer do sol até a noite chegar, agora se aposentava. Saudável e com muita energia, não demonstrava seus cinqüenta e oito anos. Embora de família humilde, recebeu a melhor educação possível transmitida pelo exemplo de seus pais. A única herança que não quis herdar dos progenitores foi à fé. Incrédulo, não seguia nenhuma religião e até zombava delas.
A ociosidade que a aposentadoria trouxe para seu Francisco, o deixava ansioso. Agora que já havia reformado a casa, o galpão, plantado a horta, os dias demoravam muito a passar. Relembrando o dito popular que “cabeça vazia é oficina do mal”, em pouco tempo Francisco sentiu vontade de começar a divertir-se já que até então só havia pensado em trabalho. Morando próximo à cidade, ao entardecer resolveu visitar uma casa de diversões que existia por lá. Entre bebidas, mulheres e prazeres, perdeu a noção de tempo e retornava cambaleante já de madrugada, quando ao chegar numa encruzilhada avistou uma luz fraca no chão. Chegando próximo percebeu que ali tinha um “despacho”, como chamavam aquilo por lá. Uma bandeja grande onde repousava uma ave morta, velas, charutos e uma garrafa de cachaça, além de outros materiais.
Aliado a sua falta de crença em qualquer coisa, estava agora a bebedeira e todas as energias condizentes ao lugar de onde viera. Com desdém e desaforando com palavrões, juntou a garrafa de bebida e os charutos e chutou o resto do material. Até chegar em casa bebeu quase tudo e fumou alguns charutos.
No outro dia contava para a esposa sobre o “achado” e debochava com sarcasmo. A bondosa mulher, cuja mãe em vida era médium benzedeira, respeitava todas as manifestações ligadas ao mundo espiritual, conforme ensinamentos que havia recebido e por isso chamou a atenção do marido, dizendo-lhe que, se não acreditava deveria pelo menos respeitar. “Não presta mexer com trabalho de encruza”, repetia ela preocupada.
Outras noites a cena se repetiu da mesma forma, até o dia em que ao chutar a oferenda, enxergou na sua frente um homem de capa negra, com um chicote trançado na mão. Sua perna paralisou no ar e em pânico saiu pulando numa perna só, caindo e levantando. Por uma boa distância ainda, ouvia a gargalhada daquele homem ressoando no ar.
No outro dia, sentia dor nas costas como se houvesse apanhado e só de lembrar a cena vivida na noite anterior, arrepiava de medo. Temia contar para a esposa, pois sabia que o condenaria novamente pela atitude. Esta, vendo o marido cabisbaixo e triste, perguntou se estava adoentado. Nada respondeu, pois sentia-se como se estivesse, inclusive apresentando febre. Seus sonhos passaram a ser povoados pelo homem de negro e sua gargalhada. Acordava aos gritos e suando muito. Várias noites se repetiram desta maneira, até que resolveu contar para a esposa o que havia acontecido. Ela o aconselhou a tomar umas benzeduras, convidando para ir até um terreiro na vila vizinha. Meio renitente, mas sentindo a necessidade, ele aceitou com um misto de medo e curiosidade.
Após a abertura dos trabalhos com os pontos cantados e orações, ele já se sentia mais tranqüilo. Em frente ao médium que servia de aparelho ao um Caboclo, suas pernas tremiam que mal conseguia parar em pé. Nos ouvidos agora ressoava novamente a gargalhada do homem de negro e seu corpo arrepiava sem parar. Teve vontade de sair correndo daquele lugar, mas suas pernas não o ajudavam. Auxiliado pela esposa e pelo cambono, sentou-se numa cadeira para poder ser atendido pelo caboclo.
-Ogum é que está de ronda…Ogum é que vem rondar… -cantava a corrente, enquanto a entidade limpava com uma espada de São Jorge, o seu corpo etérico impregnado pela energia captada na encruzilhada. Depois com a firmeza característica de sua linha, o caboclo ordenou que ele ficasse de pé e lhe contasse porque estava ali. Desajeitado, mas já mais tranqüilo, falou:
_ Acho que mexi com o que não devia. Andei chutando uns “despachos” na encruzilhada e me apavorei com um homem estranho, que acredito não ser deste mundo…
_ Tranqüilize que tudo o que é possível ver, ouvir e sentir é deste mundo sim. O senhor acha certo ou errado a sua atitude?
_ Ah, eu não sei…Só fazia aquilo por brincadeira…
_ E se alguém fosse até a sua casa, chegasse lá chutando os móveis e quebrando tudo, se apoderando de sua comida na hora da refeição, iria gostar?
_ Lógico que não!
_ Pois é meu senhor. Foi o que fez lá na encruzilhada e por várias vezes, não foi?
_ É, foi.
_ O que não nos pertence não pode ser por nós seqüestrado. Não importa se o que estava lá é certo ou errado diante de seu entendimento. Além do físico, aquilo tudo tinha uma duplicata etérica que pertencia a alguém no mundo espiritual, com um objetivo e endereço vibratório certo. Cabe aos homens incrédulos, no mínimo respeitar a crença e atitudes dos outros. Lá estava um trabalho de magia – a cor dela não importa – era magia! Elementos e elementares, além de entidades espirituais, lá estavam atuando, se abastecendo da energia animal e etílica e foram incomodados, desrespeitados. O que o senhor presenciou na figura do homem, nada mais foi que a atuação enérgica de seu Exu guardião lhe colocando no devido lugar, antes que a Lei tivesse que atuar mais duramente. De difícil entendimento com as coisas do espírito, não crendo em nada que não seja palpável, se fez necessário a atuação materializada. Como criança teimosa, precisou da repreensão para só então respeitar. Isso não significa que encruzilhada é lugar de Exu, pelo contrário. Os espíritos que lá buscam se energizar com as oferendas são os chamados quiumbas, espíritos que embora fora do corpo físico, necessitam ainda de energias materiais.
- Exu… cruzes! Isso é coisa do capeta!
Era momento de esclarecer a verdadeira identidade deste guardião da luz tão mal falado. E assim foi feito.
Ao voltar para casa sentia tamanho bem estar, que naquela noite dormiu tranqüilamente depois de muitas noites de sobressalto, quando não, de insônia.
Suas visitas ao terreiro de Umbanda tornavam-se assíduas onde buscava sabedoria, força espiritual e conforto para sua alma. Ele tinha uma missão que se estendia além de aprender a ter fé. Era preciso cumpri-la, por isso em pouco tempo manifestava-se através dele, seu protetor Ogum de Ronda abrindo caminho para o Exu, que chegava gargalhando e de chicote na mão. Artefatos que usava no astral para auxiliar, acordando a todos quantos estivessem esbarrando nos limites da Lei.
Na Umbanda tão querida muito pouco se aprendeu,
Perderam-se em ler muito livros que pouco deles se entendeu,
Tornou-se uma religião de jalapa, com direito a batata,
Onde vale a sopa que se serve ao conselho do guia,
Onde tudo se pede, mas pouco se aprende,
Pois todos se dizem pais no santo, mas santo mesmo nem sempre,
E agora minha Umbanda que sempre primou pela ajuda,
Ficou perdida nesses novos dirigentes que gostam mais é de consulta,
Fala-se de tudo um pouco até mesmo distorcendo as lendas passadas,
Dizem que em suas casas é assim e que não há nada de errada,
E haja simpósio disso e daquilo, explicando até o inexplicável,
Criando novas células para dar continuidade ao andamento,
E esquecem-se de que Umbanda é pulsar e estar em pensamento,
Vira e mexe aparece algo de proveito, que dá sustento ao que se pratica,
Mas acabam aparecendo os jumentos que dela se fazem a negar,
Distorcendo em palavras o que em terra os guias vêm a mostrar,
Onde ficou minha Umbanda, onde será que se meteu?
Não haviam turbulências nem cursos ministrados por fariseus,
Nela se aprendia na lida, no ato de espiritar,
E dos guias se tirava a lição para depois poder aplicar,
Hoje há curso pra tudo, até para aprender a tocar,
Coisa que se aprendia ao lado dos tambores ao senti-los replicar,
Tudo isso para colocar a culpa no tempo,
Dizem que por não tê-lo tudo deve se adaptar,
E adaptam a tudo sem nem mesmo pestanejar,
Mudam da água pro vinho, celebram da forma mais XXI,
E se dizem não pararem no tempo, pois o tempo é apenas mais um,
Assim segue essa coisa que a muito deixou de ser Umbanda,
Pois na sopa que remexem enfiam tudo que dá,
Em uma mistura que não agrada e muito menos pretendo tomar,
Transformando a querida Umbanda em algo inócuo sem sabor,
Comparando-a de forma bem ingrata assim como uma sopa de Jalapa com batata.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Eu sou Umbandista...
Eu sou Umbandista...Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?
É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar,acima de tudo a um trabalho espiritual.
É saber que um terreiro,um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros,centros e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado,é saber amar para ser amado,é saber ouvir para ser escutado,é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres,quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação,mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados. Que são necessários sacrifícios,tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.
É mesmo sem fumar e beber dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado, de sujo,de ignorante, conservador, alienígena,louco. E ainda assim,amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido físico,espiritual e moralmente, mas mesmo assim continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do Diabo, de Satanás, de servo dos encostos e mesmo assim levantar a cabeça,sorrir e seguir em frente com dignidade.
É ser Umbandista e pedindo sempre a Zambi para que eu nunca esteja Umbandista.
É acreditar mesmo nos piores momentos,com a pior das doenças,estando um caco espiritual e material,que os Orixás e os guias,mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado,momento a momento nos dando força e coragem; ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim, onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou e não ter orgulho.
É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade onde muitos possam ver ostentação.
É chorar, sorrir, andar,respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você,mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata,nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no terreiro,seja numa encruza, seja na calunga,seja no cemitério, seja na macaia,seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa,mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a força do zoar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia, nós Umbandistas,acharemos a receita do respeito mútuo.
É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz, sua prática,sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas lágrimas e sacrifício, não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para você,mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer,pensar e ser,ser e nunca estar.
É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda,caridade, luta, justiça, cura, lágrima… e bom,mal e bem...Os problemas,as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.
É saber que a Umbanda é livre; não tem dono, não tem Papa, mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada Umbanda.
É não ter vergonha de dizer: "Eu sou Umbandista".
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar,acima de tudo a um trabalho espiritual.
É saber que um terreiro,um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros,centros e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado,é saber amar para ser amado,é saber ouvir para ser escutado,é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres,quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação,mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados. Que são necessários sacrifícios,tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.
É mesmo sem fumar e beber dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado, de sujo,de ignorante, conservador, alienígena,louco. E ainda assim,amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido físico,espiritual e moralmente, mas mesmo assim continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do Diabo, de Satanás, de servo dos encostos e mesmo assim levantar a cabeça,sorrir e seguir em frente com dignidade.
É ser Umbandista e pedindo sempre a Zambi para que eu nunca esteja Umbandista.
É acreditar mesmo nos piores momentos,com a pior das doenças,estando um caco espiritual e material,que os Orixás e os guias,mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado,momento a momento nos dando força e coragem; ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim, onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou e não ter orgulho.
É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade onde muitos possam ver ostentação.
É chorar, sorrir, andar,respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você,mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata,nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no terreiro,seja numa encruza, seja na calunga,seja no cemitério, seja na macaia,seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa,mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a força do zoar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia, nós Umbandistas,acharemos a receita do respeito mútuo.
É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz, sua prática,sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas lágrimas e sacrifício, não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para você,mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer,pensar e ser,ser e nunca estar.
É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda,caridade, luta, justiça, cura, lágrima… e bom,mal e bem...Os problemas,as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.
É saber que a Umbanda é livre; não tem dono, não tem Papa, mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada Umbanda.
sábado, 9 de outubro de 2010
Preto Velho e Preta Velha
Preto Velho e Preta Velha
“A ENTIDADE MAIS CARISMÁTICA DA UMBANDA”
“… Navio negreiro no fundo do mar
Correntes pesadas na areia arrastavam
A negra escrava se pôs a rezar,
A negra escrava se pôs a rezar,
Saravá minha Mãe Yemanjá…”
AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO
“Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste Preto Velho chorava. De seus olhos molhados, lágimas lhe desciam pela face e não sei porque as contei.. Foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei.
- Fala meu Preto Velho, diz a este teu filho, por que esternas assim, esta tão visível dor ?- Estás vendo, filho, estas pessoas que entram e saem do terreiro? As lágimas que você contou, estão distribuídas a cada uma delas.
- A primeira lágrima foi dada aos indiferentes, que aqui vem em busca de distração. Que saem ironizando e criticando, por aquilo que suas mentes ofuscadas não puderam compreender.
- A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando. Sempre na expectativa de um milagre, que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos lhes negam.
- A terceira, aos maus. A aqueles que procuram a Umbanda em busca de vinganças, desejando prejudicar a um seu semelhante.
- A quarta, aos frios, aos calculistas. Aos que, ao saberem da existência de uma força espiritual, procuram beneficiar-se dela, a qualquer preço, mas não conhecem a palavra gratidão e nem a Caridade.
- A quinta lágima, vê como chega suave? Ela tem o riso, do elogio e da flor dos lábios. Mas se olhares bem, no seu semblante, verás escrito: ‘Creio na Umbanda. Creio nos teus Caboclos, nos teus Velhos, e no teu Zâmbi, mas somente se vencerem no meu caso ou me curarem disso ou daquilo’.
- A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Terreiro em Terreiro, sem acreditar em nada, buscando aconchegos e conchavos. Mas em seus olhos revelam um interesse diferente.
- A sétima filho, notas como foi grande ? Notou como deslizou pesada ? Foi a última lágrima. Aquela que vive nos ‘Olhos’ de todos os Orixás e de todas as entidades. Fiz doação desta, aos Médiuns. Aos que só aparecem no Terreiro em dia de festa. Aos que esquecem de suas obrigações. Aos que esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade, tantas ‘crianças’ precisando de amparo. Da mesma caridade e do mesmo apoio que eles próprios, um dia aqui vieram buscar.
Assim, filho meu, foi para esses todos que vistes cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO.
Pretos Velhos e Pretas Velhas
Com certeza a mais carismática entidade que povoa os terreiros de Umbanda. A mística do Preto Velho é fruto de condições e circunstâncias únicas em terras brasileiras.
A sofrida vida dos escravos, trazidos da África, já bastante documentada e comentada, fazia com que os indivíduos, em função do penoso e extenuante trabalho a que eram submetidos, somado aos maus tratos, vivessem, em média, somente sete anos após sua chegada ao Brasil.
As mudanças no panorama econômico brasileiro, como a decadência do ciclo da cana-de-açúcar e a redução da atividade mineradora, fizeram com que uma grande leva de escravos migrados, para os centros urbanos, pudesse levar uma vida mais amena e conseguisse ter uma expectativa de vida mais longa. Gosta de beber desde a cachaça branquinha até o vinho tinto bem forte ou um café amargo. Mas uma de suas bebidas favoritas é a polpa do coco verde, triturada no pilão e misturada com um pouco de pinga.
As histórias que ouvimos a respeito dos Pretos Velhos, são bastante variadas e pitorescas.A sofrida vida dos escravos, trazidos da África, já bastante documentada e comentada, fazia com que os indivíduos, em função do penoso e extenuante trabalho a que eram submetidos, somado aos maus tratos, vivessem, em média, somente sete anos após sua chegada ao Brasil.
As mudanças no panorama econômico brasileiro, como a decadência do ciclo da cana-de-açúcar e a redução da atividade mineradora, fizeram com que uma grande leva de escravos migrados, para os centros urbanos, pudesse levar uma vida mais amena e conseguisse ter uma expectativa de vida mais longa. Gosta de beber desde a cachaça branquinha até o vinho tinto bem forte ou um café amargo. Mas uma de suas bebidas favoritas é a polpa do coco verde, triturada no pilão e misturada com um pouco de pinga.
Dizem que em vida, foram grandes sacerdotes do culto dos Orixás; que viveram muitos anos devido a seus conhecimentos mágicos, alcançaram a sabedoria e usam estes conhecimentos misturados a um pouco de bruxaria, para os trabalhos de cura e descarrego.
Porém, algumas histórias nos dizem que eles foram homens comuns, que alcançaram a redenção espiritual através dos suplícios do cativeiro. A sua tolerância ao martírio, sem manifestar revolta ou ódio pelos seus algozes e o profundo amor indiscriminado pela humanidade, os ascendeu a um patamar de mestres espirituais.
Outros nos contam que, em vida terrena, os Pretos Velhos eram homens predestinados, encarnados para assegurar um lenitivo ao sofrimento dos escravos, e que, por sua bondade e sabedoria, cativaram a amizade até dos senhores brancos, a quem também acudia com conselhos e curas. Daí a sua relativa liberdade para atender, com suas curas, ao povo pobre e sua misteriosa longevidade que lhe proporcionava a fama de sábio e feiticeiro por viver muito mais que a maioria dos escravos comuns.
A idade avançada de um escravo, já era por si própria, digna de notoriedade, por fugir, muito, da realidade do cativeiro. Por isso, aquele elemento devia ter alguma coisa diferente.
Preto Velho também gosta
Um dos pratos típicos servido nas festas ou como oferenda ao Preto Velho, e o mais brasileiro de todos, é feijoada.
O feijão preto era o mais básico e barato alimento na senzala. Plantado, colhido e preparado pelos escravos, na própria fazenda em que trabalhavam, era, às vezes, enriquecido pelas sobras de carne da cozinha da casa grande (geralmente porco). As partes que o senhor branco não comia, como os pés, a orelha, a garganta, o rabo, o focinho, etc., iam direto para o tacho coletivo e assim nascia a feijoada.
A falange dos Pretos Velhos guarda sinais particulares e individuais da origem dos elementos que a compõem. Antigos escravos, estes ainda conservam certas designações que denunciam de qual nação ou tribo africana eram oriundos. Assim encontramos Pai Tião D’Angola, Vovó Maria Conga, Vovô Cambinda, Pai Joaquim de Aruanda, Pai Zeca da Candonga, todos com uma característica comum: a bondade e a doçura com que tratam os fiéis que os consultam, procurando um alívio para suas aflições.
Grandes conhecedores de magia, dos feitiços de Exú e das propriedades curativas das ervas, os Pretos Velhos usam também a fumaça de seus cachimbos, como os pagés e caboclos, para dissolver as cargas e energias negativas que envolvem as pessoas.
Trabalham com passes magnetizantes e indicam banhos de ervas para seus consulentes.
Porém uma de suas características mais marcantes é sua força psicológica. Sustentada pelo conhecimento espiritual, esta entidade surpreende e encanta.nas incorporações do Preto Velho, demonstram um quadro clássico da Umbanda. Os fiéis, ignorando o que seus olhos vêem, enxergam não o médium, mas um velhinho negro alquebrado pela idade e pela vida, usando às vezes um chapéu de palha, outras um pano enrolado na cabeça, com um galho de arruda pendurado atrás da orelha, apoiado numa bengala, fumando um cachimbo ou um charuto, rindo e bebendo no seu coité de casca de coco, até café amargo, bebida que muito aprecia, e, por vezes mastigando uma rapadura.
É quase um membro da família, aquele vovô sábio e bondoso que todos gostariam de ter.
É quando todas as barreiras caem e as pessoas entregam, aos seus ouvidos pacientes, suas histórias e mazelas, sem nenhum pudor de confessar fracassos ou desilusões. Por que não se sentem falando a um estranho, mas a alguém que parece conhecê-los desde o início de suas vidas.
Alguns dados Histórico-sociais
As grandes metrópoles do período colonial: Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc; subjugaram nações africanas, fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos ou alma.
Os negros africanos foram levados a diversas colônias espalhadas principalmente nas Américas e em plantações no Sul de Portugal e em serviços de casa na Inglaterra e França.Os traficantes coloniais utilizavam-se de diversas técnicas para poder arrematar os negros:
Chegavam de assalto e prendiam os mais jovens e mais fortes da tribo, que viviam principalmente no litoral Oeste, no Centro-oeste, Nordeste e Sul da África.
Trocavam por mercadoria: espelhos, facas, bebidas, etc. Os cativos de uma tribo que fora vencida em guerras tribais ou corrompiam os chefes da tribo e financiavam as guerras e fazia dos vencidos escravos.
No Brasil os escravos negros chegavam por Recife e Salvador, nos séculos XVI e XVII, e no Rio de Janeiro, no século XVIII.
Os primeiros grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindos; sudaneses; iorubas; geges; hauçá; minas e malês.
A valorização do tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou muito caro:
“Em quatro séculos, XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e mortos 65 a 75 milhões de pessoas, e estas constituiam uma parte selecionada da população.
Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga e penosa esperava esses homens e mulheres na colônia: trabalho de sol a sol nas grandes fazendas de açúcar. Tanto esforço, que um africano aqui chegado durava, em média, de sete a dez anos!
Em troca de seu trabalho os negros recebiam três “pês”: pau, pano e pão. E reagiam a tantos tormentos suicidando-se, evitando a reprodução, assassinando feitores, capitães–do-mato e proprietários. Em seus cultos, os escravos resistiam, simbolicamente, à dominação. A “macumba” era, e ainda é, um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, batucadas, danças e cantos eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão. A resistência também acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos, onde os negros tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores quilombos foi o Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu guerreiro Zumbi, protegido de Ogum.
“Zumbi, comandante guerreiro…
Guerreiro mor, capitão.
Da capitania da minha cabeça…
Levai alforria ao meu coração…”
(Gilberto Gil)
Os negros que se adaptavam mais facilmente à nova situação recebiam tarefas mais especializadas, reprodutores, caldeireiro, carpinteiros, tocheiros, trabalhador na casa grande (escravos domésticos) e outros, ganharam alforria pelos seus senhores ou pelas leis do Sexagenário, Ventre livre e enfim a Lei Áurea.
Estes negros aos poucos conseguiram envelhecer e constituir mesmo de maneira precária uma união representativa da língua, culto aos Orixás e aos antepassados e tornaram-se um elemento de referência para os mais novos, refletindo os velhos costumes da Mãe África.
Eles conseguiram preservar e até modificar, no sincretismo, sua cultura e sua religião. É interessante observar, entretanto, que nem todo Preto-Velho ou Preta-Velha na Umbanda, foi realmente um escravo(a) em sua última encarnação. Em alguns casos, esses espíritos nem encarnaram naquela forma ou naquela época. Porém, assumem aquela identidade apenas para um melhor diálogo. Para uma melhor comunicação, com aqueles que os procuram em busca de uma ajuda espiritual.
Atuação
E assim são os Pretos-Velhos da Umbanda. Eles representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam: curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz.Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado.
Com seus cachimbos, fala pousada, tranqüilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e de religião.
Não se pode dizer que em sua totalidade que esses espíritos são diretamente os mesmos pretos-velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores foram: negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados, e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam escolheram ou foram escolhidos para voltar a terra em forma incorporada de preto-velho. Outros, nem pretos-velhos foram, mas escolheram como missão voltar nessa pseudo forma.
Este comentário pode deixar algumas pessoas, do culto e fora dele, meio confusas: “então o preto-velho não é preto-velho, ou é, ou o que acontece???”.
O espírito que evoluiu tem a capacidade de se por como qualquer forma passada, pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é apenas uma conseqüência do que eles tenham que fazer na terra. Esses espíritos podem se apresentar, por exemplo, em lugares como um médico e em outros como um preto-velho ou até mesmo um caboclo ou exu. Tudo isso vai de acordo com o seu trabalho, sua missão. Não é uma forma de enganar ou má fé com relação àqueles que acreditam, muito pelo contrário, quando se conversa sinceramente, eles mesmos nos dizem quem são, caso tenham autorização.
Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo.
Para muitos os pretos-velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para outros, são pisicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para outros, são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros, apoiados pelos exus de lei (exus de luz) desfazendo trabalhos e contra as forças negativas (o mal), espíritos obscessores e contra os exus pagãos (sem luz que trabalham na corrente negativa que levam os homens ao lado negativo e a destruição).
‘Vovô
Vim lhe pedir um favor, oh oh
Vovô
Vim lhe pedir um favor
Olhe por seus filhos,
Dê saude e amor
Olhe por seus filhos,
Dê saude e amor
Quando o galo canta
Raiou um dia
As Almas pedem uma Ave Maria
Quando o galo canta
Raiou um dia
As Almas pedem uma Ave Maria
Ave Maria cheia de graça
O Senhor está convosco
Bendita sois vós
Entre as mulheres
bendito e seus fruto
Do vosso ventre nasceu JESUS
Maria Conga
É quem vence demanda
Maria Conga
É quem vence demanda
Ô na sua terreira ela diz que tem mironga
Ô na sua terreira ela diz que tem mironga
Maria Congâ é lavadeira de sinha
Maria Congâ é lavadeira de sinha
Lava roupa de chita do terreiro de iaia
Lava roupa de chita do terreiro de iaia
Velho passou na ponte
A ponte tremeu
E debaixo da ponte
As Almas gemeu
Velho passou na ponte
A ponte tremeu
E debaixo da ponte
As Almas gemeu
Ô me valhei me as Almas
As Almas de São Cipriano
Ô me valhei me as Almas
As Almas de São Cipriano
Ô me valhei me as Almas
As Almas de São Cipriano
Ô me valhei me as Almas
As Almas de São Cipriano
Adeus, Adeus Vovó
A Vovó vai embora pra sua banda, adeus
Adeus, Adeus Vovó
A Vovó vai embora pra sua banda
Vai pedir a DEUS Vovó das Almas
Proteção pros seus filhos que choram lágrima
Vai pedir a DEUS Vovó das Almas
Proteção pros seus filhos que choram lágrima
O mar é lindo
também é
O mar é lindo
Mas o céu também é
Preto-Velho vai embora
Vai beira mar
Vai levando as mirongas
Lá pro fundo do mar
Preto-Velho vai embora
Vai beira mar
Vai levando as mirongas
Lá pro fundo do mar’
Vim lhe pedir um favor, oh oh
Vovô
Vim lhe pedir um favor
Olhe por seus filhos,
Dê saude e amor
Olhe por seus filhos,
Dê saude e amor
Quando o galo canta
Raiou um dia
As Almas pedem uma Ave Maria
Quando o galo canta
Raiou um dia
As Almas pedem uma Ave Maria
Ave Maria cheia de graça
O Senhor está convosco
Bendita sois vós
Entre as mulheres
bendito e seus fruto
Do vosso ventre nasceu JESUS
Maria Conga
É quem vence demanda
Maria Conga
É quem vence demanda
Ô na sua terreira ela diz que tem mironga
Ô na sua terreira ela diz que tem mironga
Maria Congâ é lavadeira de sinha
Maria Congâ é lavadeira de sinha
Lava roupa de chita do terreiro de iaia
Lava roupa de chita do terreiro de iaia
Velho passou na ponte
A ponte tremeu
E debaixo da ponte
As Almas gemeu
Velho passou na ponte
A ponte tremeu
E debaixo da ponte
As Almas gemeu
Ô me valhei me as Almas
As Almas de São Cipriano
Ô me valhei me as Almas
As Almas de São Cipriano
Ô me valhei me as Almas
As Almas de São Cipriano
Ô me valhei me as Almas
As Almas de São Cipriano
Adeus, Adeus Vovó
A Vovó vai embora pra sua banda, adeus
Adeus, Adeus Vovó
A Vovó vai embora pra sua banda
Vai pedir a DEUS Vovó das Almas
Proteção pros seus filhos que choram lágrima
Vai pedir a DEUS Vovó das Almas
Proteção pros seus filhos que choram lágrima
O mar é lindo
também é
O mar é lindo
Mas o céu também é
Preto-Velho vai embora
Vai beira mar
Vai levando as mirongas
Lá pro fundo do mar
Preto-Velho vai embora
Vai beira mar
Vai levando as mirongas
Lá pro fundo do mar’
Hábitat: Cemitério, Matagais
Vibração: Segurança
Assuntos Relacionados: Todos
Atuação: Ajuda em todos os setores
Parte do Corpo: Todo o corpo
Essências: Heliotrópio, Alecrim, Café ( P. Velhos)
Junquilho ( P. Velhas)
Cores: Preto e Branco
Pedras: Crisópraso, Opala, Jade.
Metal: Antimônio, Níquel
Flores: Margaridas brancas de todos os tipos, grandes e miudas
Banhos de descarrego: Vários, sendo o principal feito com arruda, sal grosso, fumo de rolo picado e carvão ralado.
Libação: O mais comum é o Café amargo (sem açucar)
Imantação: Rapadura, Fumo de rolo, agrião, feijão preto, mingau-das-almas.
Guia Preto Velho: 128 contas ( sendo uma Preta seguida de uma Branca)
Guia Preta Velha: 126 contas (sendo uma Branca seguida de uma Preta)
Relação médium-guia: Os Pretos-velhos são de certa forma bem tolerantes com seus protegidos, sinhozinhos e sinhazinhas. Não se aborrece facilmente, mas quando acontece, são duros e exemplares no castigo e na indiferença. Pregam sobretudo e renovação moral dos seus tutelados em todos os sentidos.
Força da natureza: observadores atentos de todos os fenômenos físicos e astrais do planeta.
Expressão: boa-vontade, paciência, tolerância, mansuetude, alegria, comedimento.
Datas comemorativas: suas festas são realizadas por todo mês de maio. Nelas é servida a famosa feijoada e, de sobremesa, os doces típicos (queijadinha,pé-de-moleque, bolo de aipim, mãe-benta, quindim, pamonha, cocada-puxa e tantas outras guloseimas) da cozinha baiana e também de outros Estados brasileiros. Não se pode deixar de consignar o dia 13 de maio de 1888, data de Abolição da Escravatura no Brasil.
Composição: Agrupamentos distintos das várias nações africanas. Com o passar do tempo esta diferença está se esvaecendo.
Hierarquia: Seguem ao guia-chefe do templo, que tanto pode ser um Caboclo, como um Boiadeiro ou um Preto-Velho.
Saudação: “Abença, Preto-Velho”, “Abença, pai Joaquim” (ou nome que tenha a entidade). Também se usa o “Abença, vovô (ó)”, “Abença tiazinha”
Pontos cantados: Existem mais de uma centena, verdadeiras relíquias do cancioneiro sacro da Umbanda. Podem ser pontos de raiz ou pontos elaborados por compositores-ogàs, certamente inspirados por essas entidades maravilhosas.
Pontos riscados: de acordo com o grupamento
Indumentária: nada especial. Geralmente usam traje branco, mas em dias de festa e para agradar os Pretos-Velhos, o médium pode usar roupas de xadrezinho.
Local preferido: Quando não estão no Terreiro adoram as redondezas das Casas Coloniais.
Cor: da preferência de cada um, embora prefiram cores claras e o indefectível xadrezinho.
Cor da guia: usam colares confeccionados com sementes e miçangas a gosto da própria entidade.
Ervas utilizadas: exímios curadores através das plantas (sementes, raízes, casacas, folhas e frutos), os Pretos-Velhos, em sua maioria, sempre se voltaram para a medicina vegetal, embora reconhecendo a importância da alopatia, da homeopatia, da medicina alternativa e do advento da ciência nuclear dos dias de hoje com prolongamento natural para o plano astral, onde também se processa a cura de várias doenças.
Flores: gostam de todas, principalmente das de tonalidade clara.
Frutos: a gosto de cada um.
Mineral: nada especifico.
Planeta: Apreciam as fases lunares e o Sol.
Dia da semana: segundas-feiras, domingos e feriados.
Comidas secas: aipim e fruta-pão cozidos, mingaus diversos, principalmente o mungunzá, acaçá, acarajé e demais quitutes da cozinha africana.
Bebidas: café adocicado ou não, vinho tinto, água, garapa etc.

Vibração: Segurança
Assuntos Relacionados: Todos
Atuação: Ajuda em todos os setores
Parte do Corpo: Todo o corpo
Essências: Heliotrópio, Alecrim, Café ( P. Velhos)
Junquilho ( P. Velhas)
Cores: Preto e Branco
Pedras: Crisópraso, Opala, Jade.
Metal: Antimônio, Níquel
Flores: Margaridas brancas de todos os tipos, grandes e miudas
Banhos de descarrego: Vários, sendo o principal feito com arruda, sal grosso, fumo de rolo picado e carvão ralado.
Libação: O mais comum é o Café amargo (sem açucar)
Imantação: Rapadura, Fumo de rolo, agrião, feijão preto, mingau-das-almas.
Guia Preto Velho: 128 contas ( sendo uma Preta seguida de uma Branca)
Guia Preta Velha: 126 contas (sendo uma Branca seguida de uma Preta)
Relação médium-guia: Os Pretos-velhos são de certa forma bem tolerantes com seus protegidos, sinhozinhos e sinhazinhas. Não se aborrece facilmente, mas quando acontece, são duros e exemplares no castigo e na indiferença. Pregam sobretudo e renovação moral dos seus tutelados em todos os sentidos.
Força da natureza: observadores atentos de todos os fenômenos físicos e astrais do planeta.
Expressão: boa-vontade, paciência, tolerância, mansuetude, alegria, comedimento.
Datas comemorativas: suas festas são realizadas por todo mês de maio. Nelas é servida a famosa feijoada e, de sobremesa, os doces típicos (queijadinha,pé-de-moleque, bolo de aipim, mãe-benta, quindim, pamonha, cocada-puxa e tantas outras guloseimas) da cozinha baiana e também de outros Estados brasileiros. Não se pode deixar de consignar o dia 13 de maio de 1888, data de Abolição da Escravatura no Brasil.
Composição: Agrupamentos distintos das várias nações africanas. Com o passar do tempo esta diferença está se esvaecendo.
Hierarquia: Seguem ao guia-chefe do templo, que tanto pode ser um Caboclo, como um Boiadeiro ou um Preto-Velho.
Saudação: “Abença, Preto-Velho”, “Abença, pai Joaquim” (ou nome que tenha a entidade). Também se usa o “Abença, vovô (ó)”, “Abença tiazinha”
Pontos cantados: Existem mais de uma centena, verdadeiras relíquias do cancioneiro sacro da Umbanda. Podem ser pontos de raiz ou pontos elaborados por compositores-ogàs, certamente inspirados por essas entidades maravilhosas.
Pontos riscados: de acordo com o grupamento
Indumentária: nada especial. Geralmente usam traje branco, mas em dias de festa e para agradar os Pretos-Velhos, o médium pode usar roupas de xadrezinho.
Local preferido: Quando não estão no Terreiro adoram as redondezas das Casas Coloniais.
Cor: da preferência de cada um, embora prefiram cores claras e o indefectível xadrezinho.
Cor da guia: usam colares confeccionados com sementes e miçangas a gosto da própria entidade.
Ervas utilizadas: exímios curadores através das plantas (sementes, raízes, casacas, folhas e frutos), os Pretos-Velhos, em sua maioria, sempre se voltaram para a medicina vegetal, embora reconhecendo a importância da alopatia, da homeopatia, da medicina alternativa e do advento da ciência nuclear dos dias de hoje com prolongamento natural para o plano astral, onde também se processa a cura de várias doenças.
Flores: gostam de todas, principalmente das de tonalidade clara.
Frutos: a gosto de cada um.
Mineral: nada especifico.
Planeta: Apreciam as fases lunares e o Sol.
Dia da semana: segundas-feiras, domingos e feriados.
Comidas secas: aipim e fruta-pão cozidos, mingaus diversos, principalmente o mungunzá, acaçá, acarajé e demais quitutes da cozinha africana.
Bebidas: café adocicado ou não, vinho tinto, água, garapa etc.
Pontos Cantados de Pretos Velhos
É preto , é preto , é preto oi cambinda
Todo mundo é preto oi cambinda
Na terra dos preto oi cambinda
Eu também sou preto. “bis”
Todo mundo é preto oi cambinda
Na terra dos preto oi cambinda
Eu também sou preto. “bis”
*
Santo Antonio era menino , São Benedito era rapaz ,Corre , corre Santo Antonio , quero ver quem corre mais.
*
Jesus , José e MariaA estrela Dalva é a nossa guia “bis”
Eu quero ver esse Congá firmado
Preto velho ajoelhado , comandando a nossa gira. “bis”
*
Gosto de ver Preto Velho no CongáComo é bonito Preto Velho trabalhar “bis”
Quando ele baixa , ele traz seu patuá
A cruz de Zambi e o rozário de Iemanjá. “bis”
*
Vó Maria Preta Velha no tempo da escravidão,Toda tarde ela varria o terreiro do patrão. “bis”
Ô mãe Maria sacode a poeira da sua saia ,
Sacode a poeira da sua saia , sacode a poeira da sua saia.
*
Santo Antonio é dono de terreiroSanto Antonio é dono de Congá
Quem ata e desata é Santo Antonio
Santo Antonio que venha desatar.
*
Meu pito tá apagadoMinha marafa acabou
Vou trabalhar pra zuncê
Porque sou trabalhador “bis”
Eu vou trabalhar , zuncê vai ganhar
Muito bango meu filho
E depois vem me pagar.
*
Preto velho que veio de Angola , vamos saravá no Congá,Aê , aê ,aê , vamos saravá no Congá,
Preto Velho é pai Benedito , Preto Velho é João Ferrador,
Preto Velho é Gima no toco , que chega nungoma saravá Xangô;
Preto Velho veio de Cambinda , Preto Velho veio de Luanda,
Preto Velho veio lá do Congo pra saravá filhos de Umbanda.
*
Preto Velho tá cansado , de tanto trabalharPreto Velho tá cansado , de tanto curimbar “bis”
Canta ponto , risca Pemba , é longa a caminhada
Quem tem fé , tem tudo , quem não tem fé não tem nada “bis”
*
Ele é um negro feiticeiro , que trabalha na Umbanda,que trabalha na Quimbanda e na linha do Candomblé ,
Esse negro eu quero ver , esse negro eu quero ver ,
Esse negro eu quero ver , esse negro eu quero ver. “bis”
*
Ê Luanda , terra da macumba , do batuque e docanjerê ê êTerra da macumba , do batuque e do canjerê ,
Eu vou bater tambor , eu vou bater tambor
Fazer o meu batuque , chama meu protetor ,
Fazer o meu batuque , chamar meu protetor ô ô.
*
Nega Cambinda que fala na lingua Nagô ,Nega da Costa Mina , filha de Babalaô “bis”
Na macumba êê , na macumba áá “bis”
Nega pula , nega dança , nega joga seu marafo,
Saravá seu protetor . “bis”
*
Vem Congo , vem pai , vem no terreiro para trabalhar “bis”Pisou na linha do Congo , é Congo é Congo , é aruê
Pisou na linha do Congo , agora que eu quero ver.
Salve todos os PRETOS-VELHOS, que Oxalá os iluminem e os abençoem. A todos os PRETOS-VELHOS que trabalham nesse mundo e no outro com muito amor.
as caracteristicas de filho de Iansa e Ogum!!

E segue as caracteristicas de filho de Iansa e Ogum!!
Primeiro Iansã:
São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.
Ogum:
Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande.
Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas.
Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.
As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca “falam por trás” de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.
Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades.
Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.
A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio.
Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger.
Sabe mandar
Primeiro Iansã:
São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.
Ogum:
Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande.
Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas.
Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.
São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.
As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca “falam por trás” de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.
Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades.
Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.
A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio.
Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger.
Sabe mandar
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Falando sobre Oxum
Falando sobre Oxum
Oxum é chamada de Yalodê, título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre as mulheres da cidade, além disso, ela é a rainha de todos os rios e exerce seu poder sobre as águas doces, sem a qual a vida na terra seria impossível.
Dança de preferência sob o ritmo de sua terra: Igexá. Sua dança lembra o comportamento de uma mulher vaidosa e sedutora.
A deusa das águas doces, símbolo da riqueza, do charme, da elegância, foi a segunda esposa de Xangô, antes, porém, esposa de Oxossi, sua grande paixão. Patrona do ventre, comanda o baixo ventre.
Divindade única, genitora, ligada à procriação, patrona da gravidez, do desenvolvimento do feto.
Foi a primeira Iyami encarregada de ser Olotoju Anon Omi (aquela que vela pelas crianças e cura).
O ovo é um de seus símbolos.
Seu habitar: rios e cachoeiras
Há várias qualidades de Oxum sincretizado no nosso Ilê: Santa Madalena ou Nossa Senhora do Carmo.
Dia: 16 de julho.
Metal: Ouro ou Latão Amarelo.
Ota: Citrino, Topázio e Pedra de Cachoeira.
Patrona do ventre e da visão.
Símbolo: Abebê.
Oferenda: Omolocum, fruta banana ouro.
Cor: Amarelo dependendo da qualidade
Falando sobre Yemanjá
A mãe dos peixes.
Yemanjá seria a filha de Olokun, Deus em Benin, ou deusa de Ifé e do mar.
Conta uma das lendas, cansada de sua permanência em Ifé, fugiu em direção ao oeste. Outrora, Olokun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparo, pois não se sabia o que poderia acontecer amanhã, com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo perigo.
Encontrando-se em reunião, percebeu que todos olhavam para seu busto de grande volume e comentava-se sobre ele, constrangida agitou-se e retirou-se do evento, indo se isolar onde não pudesse lhe achar. Preocupado seu esposo rei de Ifé, lançou seu exercito a procura e com intenção de não voltar. Ela quebrou a garrafa segundo a instrução recebida do seu pai usando o código das Ondinas:
Eu sou como a água
nenhuma barreira poderá represar-me
e impedir que me torne um Grande Oceano
se barrarem a minha passagem,
colocando grandes pedras em meu caminho
me transformarei em torrente, em cachoeira
e saltarei impetuosamente
se me fecharem todas as saídas, eu me infiltrarei no subsolo,
permanecerei oculta por algum tempo.
Mas não tardarei a reaparecer, em breve estarei jorrando
através de fontes cristalinas para saciar deliciosamente
a sede dos Caminhantes Nômades.
Se me impedirem também de penetrar no subsolo,
eu me transformarei em vapor.
Formarei nuvens e cobrirei os céus.
E,chegando a hora,atrairei furacões,maremotos,
provocarei relâmpagos e trovões,desabarei torrencialmente,
inundarei e romperei qualquer barreira
E SEREI FINALMENTE UM GRANDE OCEANO.
Dia: sábado.
Metal: prata e prateados
Ota: Pérola Marinha, Pedra da Lua azul e Água Marinha.
Saudação: Odoya
Oferenda: epo de milho branco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz e fruta: pêra.
Símbolo: abebê branco
Sincretizado como nossa Senhora das cabeças.
Yemanjá seria a filha de Olokun, Deus em Benin, ou deusa de Ifé e do mar.
Conta uma das lendas, cansada de sua permanência em Ifé, fugiu em direção ao oeste. Outrora, Olokun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparo, pois não se sabia o que poderia acontecer amanhã, com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo perigo.
Encontrando-se em reunião, percebeu que todos olhavam para seu busto de grande volume e comentava-se sobre ele, constrangida agitou-se e retirou-se do evento, indo se isolar onde não pudesse lhe achar. Preocupado seu esposo rei de Ifé, lançou seu exercito a procura e com intenção de não voltar. Ela quebrou a garrafa segundo a instrução recebida do seu pai usando o código das Ondinas:
Eu sou como a água
nenhuma barreira poderá represar-me
e impedir que me torne um Grande Oceano
se barrarem a minha passagem,
colocando grandes pedras em meu caminho
me transformarei em torrente, em cachoeira
e saltarei impetuosamente
se me fecharem todas as saídas, eu me infiltrarei no subsolo,
permanecerei oculta por algum tempo.
Mas não tardarei a reaparecer, em breve estarei jorrando
através de fontes cristalinas para saciar deliciosamente
a sede dos Caminhantes Nômades.
Se me impedirem também de penetrar no subsolo,
eu me transformarei em vapor.
Formarei nuvens e cobrirei os céus.
E,chegando a hora,atrairei furacões,maremotos,
provocarei relâmpagos e trovões,desabarei torrencialmente,
inundarei e romperei qualquer barreira
E SEREI FINALMENTE UM GRANDE OCEANO.
Dia: sábado.
Metal: prata e prateados
Ota: Pérola Marinha, Pedra da Lua azul e Água Marinha.
Saudação: Odoya
Oferenda: epo de milho branco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz e fruta: pêra.
Símbolo: abebê branco
Sincretizado como nossa Senhora das cabeças.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Não sou preto, branco ou vermelho
Tenho as cores e formas que quiser.
Não sou diabo nem santo, sou exu!
mando e desmando,
traço e risco
faço e desfaço.
estou e não vou
tiro e não dou.
sou exu.
Passo e cruzo
Traço, misturo e arrasto o pé
Sou reboliço e alegria
Rodo, tiro e boto,
Jogo e faço fé.
Sou nuvem, vento e poeira
Quando quero, homem e mulher
Sou das praias, e da maré.
ocupo todos os cantos.
sou menino, avô, maluco até
posso ser joão, Maria ou José
Sou o ponto do cruzamento.
durmo acordado e ronco falando
corro, grito e pulo
faço filho assobiando
sou argamassa
De sonho carne e areia.
sou a gente sem bandeira,
o espeto, meu bastão.
o assento? O vento!..
sou do mundo,nem do campo
nem da cidade,
não tenho idade.
Recebo e respondo pelas pontas,
Pelos chifres da nação
Sou exu.
sou agito, vida, ação
sou os cornos da lua nova
a barriga da rua cheia!...
Quer mais? Não dou,
Não tô mais aqui!
Tenho as cores e formas que quiser.
Não sou diabo nem santo, sou exu!
mando e desmando,
traço e risco
faço e desfaço.
estou e não vou
tiro e não dou.
sou exu.
Passo e cruzo
Traço, misturo e arrasto o pé
Sou reboliço e alegria
Rodo, tiro e boto,
Jogo e faço fé.
Sou nuvem, vento e poeira
Quando quero, homem e mulher
Sou das praias, e da maré.
ocupo todos os cantos.
sou menino, avô, maluco até
posso ser joão, Maria ou José
Sou o ponto do cruzamento.
durmo acordado e ronco falando
corro, grito e pulo
faço filho assobiando
sou argamassa
De sonho carne e areia.
sou a gente sem bandeira,
o espeto, meu bastão.
o assento? O vento!..
sou do mundo,nem do campo
nem da cidade,
não tenho idade.
Recebo e respondo pelas pontas,
Pelos chifres da nação
Sou exu.
sou agito, vida, ação
sou os cornos da lua nova
a barriga da rua cheia!...
Quer mais? Não dou,
Não tô mais aqui!
exus
MITOS SOBRE EXU
Muitas coisas são ditas e muitos textos são escritos sobre o trabalho dos Exús na Umbanda. Com isso, muitos mitos foram criados, alguns até absurdos e deturpadores, por pessoas que não entendem o verdadeiro trabalho do Exu, na Umbanda, ou não entendem a verdadeira missão da Umbanda, nesse planeta.
Com esse texto, vamos tentar explicar e quem sabe até, desmistificar esses mitos que confundem a cabeça e o aprendizado daqueles que se propõem bem servir sua religião: A Umbanda.
A Umbanda em sua dinâmica básica, lida com espíritos dos mais variados graus de evolução. As Entidades, Guias e Mentores que se apresentam nos terreiros exercem um trabalho incansável contra as forças trevosas.
Na Umbanda, a origem de Exú está em função da necessidade de existirem Guardiões, encaminhadores e combatentes das forças negativas. Trabalho básico da nossa religião. Por isso é que se diz que, “Sem Exú não se faz nada”. Isso, não porque Exú não deixa, porque é vingador, traidor ou voluntarioso, como querem fazer pensar algumas estórias que se contam por aí. Mas sim, porque não há como combater as forças negativas e trevosas, sem a devida defesa e proteção.
Muitas pessoas perguntam: “Então nossos Guias (Caboclos, Pretos-velhos, etc...) não nos protegem e defendem? Só os Exús fazem isso? E a resposta vem da própria Espiritualidade: -” Logicamente que os Guias lhes defendem e lhes protegem, entretanto, cabe a Exú o primeiro combate, o combate direto contra as energias que circulam no Astral Inferior. Esta é a especialidade de Exú, pois ele conhece profundamente todos os caminhos e trilhas desse ambiente energético. É a sua função primeira”.
Tudo na Umbanda é organizado, coerente e lógico !!
Outro mito, que muito confunde os iniciados na religião, diz respeito à Confiabilidade de Exú.
Muitas pessoas, que vão a um terreiro em busca de ajuda ou socorro para assuntos materiais e até espirituais, são surpreendidos, quando em consulta, lhes é dito que estão sendo vítimas de “trabalho feito”, que esse “trabalho” foi feito por um Exú, e outros vão mais além, dizendo que o Exú “malfeitor” é o Sr. Fulano de Tal (geralmente um Exú famoso, de nome e fama conhecidos). Bom, aí vem a incoerência !!!
Se nós, Dirigentes e Orientadores espirituais falamos que Exú não é traíra, é combatente das forças trevosas, conhecedor e manipulador dos segredos da magia. Como pode, esse mesmo Exú, ser aquele espírito que usa indevidamente seus poderes e conhecimentos para prejudicar pessoas indefesas ? Como pode esse mesmo Exú, não ter nenhuma aspiração evolutiva, ser manipulado pela vontade das pessoas que desejam prejudicar seus semelhantes, a bel prazer ? Como pode esse mesmo Exú, usar seus conhecimentos e poderes contra si próprio, já que, com certeza, arcará com as conseqüências dos seus atos? Como pode, esse mesmo Exú, tido como o Mensageiro dos Orixás, Guardião dos segredos e dos caminhos da Espiritualidade, trair a confiança dos Espíritos de Luz e anular toda a caridade praticada pelos seres da Espiritualidade positiva?
A resposta é uma só e unânime: - “O tal ” trabalho feito” não foi realizado por um Exú e sim por um obsessor, agente das forças negativas e trevosas que se fez passar pelo “Sr. Fulano de Tal”. Aliás, obsessor pode se fazer passar por tudo, inclusive por um Mensageiro de Orixá, Caboclo, Preto-velho, etc... Cabe ao Dirigente Espiritual, ou aos médiuns mais preparados e evoluídos, desvendarem essa farsa, até porque não existe farsa perfeita, sempre haverá um detalhe, ou um momento, em que “a casa caí” e a farsa é descoberta.
Mas então, porque muitos obsessores se fazem passar por Exús de Lei ? Porque em alguns casos, ou em algumas Casas, a farsa não é descoberta, e os nossos amigos e protetores, Exús de Lei, acabam sendo acusados ou confundidos, como malfeitores, desonestos, traíras, etc...?
Na maioria dos casos, isso acontece por causa de médiuns invigilantes. Médiuns despreparados e pouco compromissados com o Astral Superior. Médiuns orientados e “treinados” por Dirigentes também, despreparados e pouco compromissados. Muitos médiuns e Dirigentes, procuram e buscam nos Terreiros uma forma de satisfazer as suas baixas aspirações, como válvulas de escape para fazerem “incorporados”, o que não tem coragem de fazer de “cara limpa”. Médiuns de moral duvidosa, que se aproveitam da condição de “incorporados” para gritar, falar palavrões, beber e fumar exageradamente, dançar de forma grotesca para uma Casa religiosa e praticar atos pouco aceitáveis em situações “normais”. Esses médiuns imputam aos Exús, os seus desvarios e desvios de comportamento, complementando ainda que não se lembram de nada, que a responsabilidade é do Exú, e não dele (médium).
Na realidade, esses médiuns estão sofrendo a ação da incorporação de kiumbas (espíritos trevosos, moralmente atrofiados, que não tem a mínima aspiração evolutiva e buscam apenas, tumultuar o ambiente).
Nunca um Exú ou Pomba-Gira de Lei, irá se prestar a um papel desses!
Outro ponto de muita confusão: A incorporação de Exú
Afinal, com que Exú trabalhamos ? Se todo Exu é Guardião dos segredos e dos caminhos, quando incorporado no seu médium, realizando algum trabalho, como fica a sua missão de Guardião ? Ele não está “guardando” nada ?
Normalmente, os Exús com os quais trabalhamos, são os chamados “Exús de Trabalho”, de defesa pessoal do médium. Esses Exús de Trabalho” são também, integrantes participativos da “Equipe de Defesa da Casa”, que o médium freqüenta. São colaboradores e participam ativamente junto ao Exú Guardião da Casa, no combate às forças inferiores e invasoras. Mas, o Exú de Trabalho também tem outro compromisso, que é proteger, defender e direcionar positivamente o seu médium, segundo a Doutrina da Casa, da qual faz parte.
Por isso, respeitam a Casa, suas normas e doutrina e não induzem o médium a embriagues, algazarras e demais comportamentos chulos, torpes e deselegantes.
Exús de verdade, são espíritos em busca de evolução, que embora tidos como “Espíritos sem Luz”, possuem certo de grau de positividade, de compreensão do que é certo ou errado, perante a Espiritualidade e de acordo com Leis Superiores. São espíritos altamente compromissados com os Orixás Superiores, com os Guias e Protetores do próprio médium e com toda Egregóra de Luz da Casa, na qual o médium está inserido. Trabalham diretamente com esta Egregóra, auxiliando no combate e encaminhamento dos espíritos que são atraídos pela corrente de desobsessão do Terreiro que fazem parte.
No entanto, cabe aqui salientar que o estágio evolutivo de um Exú de Trabalho está abaixo do estágio evolutivo de um Caboclo ou de um Preto-velho. Isso não significa que não sejam evoluídos, apenas encontram-se num estágio abaixo. Sua energia é mais densa. Conseqüentemente, a sua vibração ou energia de incorporação está mais próxima (ou é mais parecida) á vibração da Terra, exigindo do médium uma “doação” maior de energia mental e física, diferente da incorporação de um Caboclo ou Preto-velho, ou até mesmo outro mensageiro enviado de Orixá. Ou seja, quando um médium vai incorporar um Exú, ele tem que se concentrar muito para sintonizar sua vibração a vibração do Exú, sendo que o Exú faz a mesma coisa, sintoniza sua vibração à do médium.
Outro aspecto importante é que, embora Exú esteja num estágio evolutivo abaixo dos Espíritos de Luz, nada impede que Exú trabalhe harmoniosamente com os Guias mais evoluídos e até mesmos com os Mensageiros dos Orixás, até porque além de trabalharem sob as ordens desses Mensageiros e dos Orixás Maiores, a questão “hierarquia” é muito bem resolvida no Astral. Lá não existem “disputas” pelo poder ou por cargos; não se questiona quem manda e quem obedece. Todos são e estão conscientes os seus papéis e do trabalho que precisa ser realizado. Todos sabem que devem trabalhar com o mesmo objetivo: A Caridade !
Quando incorporados em seus médiuns, Exús e Pombas Giras podem se apresentar de duas maneiras básicas: alegres ou sérios. O que não significa, que mesmo quando são alegres, são também debochados, desrespeitosos, com comportamentos inadequados a uma Casa religiosa.
Geralmente, quando um Exú ou Pomba Gira se comporta de forma inadequada, ele está na verdade, sendo influenciado pelo comportamento desajustado do seu médium, que disfarça ou se controla, quando não está “incorporado”. Esse médium invigilante e portador de comportamento e moral duvidosos, ao receber a energia de incorporação de um Exú ou Pomba Gira (que começa a se dar através da aproximação do mesmo), por ser uma energia muito parecida a nossa e por estar mais próxima da crosta terrestre, onde o combate com o Astral inferior se dá, passa a dar vazão aos seus sentimentos menores influenciando e interferindo diretamente na incorporação do Exú ou Pomba-Gira, que assiste a tudo sem poder fazer nada (aqui, também cabe o livre arbítrio). Esse médium transfere para o Exú ou Pomba Gira sentimentos e comportamentos que, na verdade, são seus.
Isso não é mistificação (fingimento), porque existe a energia do Exú ao lado ou perto do médium. A mistificação envolve o fingimento puro e simples, sem envolvimento de energia ou proximidade de Entidade alguma. Mas existe, o que se chama de Animismo, a transferência voluntária de desejos e comportamentos do médium para o seu Guia.
A incorporação de Exú e Pomba Gira envolve a manipulação energética de chackras inferiores, e o que acontece no caso do Animismo, é que o médium deliberadamente, utiliza mal essa energia. Isso envolve também, intenção, moral, má fé e mau aproveitamento da energia de Exú.
Com a continuidade da insistência do médium em se utilizar dessa energia para a manifestação de seus desejos e comportamentos menores, em pouco tempo ocorre a “queda do médium”. O Exú de Trabalho se afasta do médium e fica o que ? - Fica o kiumba, que assume o nome do Exú de Trabalho e contribui para o aumento dos desvarios do médium.
Muitas vezes, o médium não percebe que está acontecendo essa “transferência”, porque ele usa a energia do kiumba (aliás, um usa o outro) para falar e fazer coisas que normalmente, não tem coragem de fazer no seu estado normal.
Cabe ao Doutrinador e Orientador da Casa (Dirigente) coibir veementemente esses comportamentos logo no início, ou seja, no médium e assim que começam a acontecer. Nesse caso, a orientação e a desestímulo de atitudes e comportamentos desse tipo é o melhor remédio. Mas, caso haja persistência, a adoção de medidas drásticas deve ser a melhor atitude que o Dirigente da Casa deve assumir.
CAPACIDADE DE MANIPULAÇÃO ENERGÉTICA DE EXÚ
Já foi comentado anteriormente, que Exú possui uma grande capacidade de manipular energias, transfigurando-se em formas diferenciadas de acordo com o ambiente que está.
Um bom exemplo disso é Exú se apresentando aos obsessores que irá combater em forma que desperte medo e/ou respeito. Ele não poderia se apresentar aos seus inimigos como se fosse um jovem ingênuo ou indefeso adolescente, dessa forma, ele jamais intimidaria ninguém. Então, ele assume formas rudes e assustadoras. Entretanto, ele faz isso por estratégia e não por ser deformado, e muito menos tem chifres, rabo, etc..., como é retratado em diversas imagens que encontramos em casas de artigos religiosos. A forma original de Exú é humana, nada tem de partes de animais ou monstros, porque os espíritos que compõe a Falange dos Exús são espíritos como nós, de épocas recentes. Foram homens e mulheres normais, das mais variadas ocupações e profissões.
Então, porque Exú manipula energias para assumir outras configurações “físicas” ? E como faz isso?
Em função do trabalho que irá executar ou da “batalha” que irá travar, Exú estuda o ambiente que irá entrar e em seguida, vibrando numa faixa bem acima do meio que irá adentrar, estuda seus “adversários” , suas intenções, seus planos, seus graus de compreensão e entendimento, seus medos, etc.... Estabelece uma estratégia e assume a configuração que irá atingir o ponto fraco da maioria do grupo que irá combater, ou de alguém em especial. Lembrando que, Exú não trabalha sozinho, isso é feito em agrupamentos sob a supervisão de um Mensageiro de Orixá. Dessa forma, Exú nos mostra sua capacidade de vibrar em diferentes faixas de energia. E para que isso aconteça, não é necessário sacrifício de animais, despachos em encruzilhadas e/ou cemitérios, porque quem “recebe” esse tipo de despacho é o kiumba. Isso dentro do ritual da Umbanda, que difere muito do Candomblé.
Com relação às “entregas” de Exú e Pomba Gira que, eventualmente fazemos a pedido deles ou por nossa própria vontade, vale dizer que os matérias usados nessas “entregas” são como uma espécie de presente ou de fortificante, já que nossos amigos da Esquerda se utilizam à energia etérea, contida nos elementos de uma “entrega” (farofa, bebidas, cigarros, etc...) para se recompor da batalha travada ou para se fortalecer, se preparando para aquilo que irão enfrentar. Muitos elementos são também representativos a uma “gratificação pelos serviços prestados” e por isso, são chamados de muitos de “mimos”.
Depois de todas essas explicações e tantas outras que, provavelmente já recebeu, você continua achando que Exú é o Diabo ?
È mais importante e necessário temê-lo e tratá-lo como inimigo ? Ou respeitá-lo, conhecê-lo e tratá-lo como um grande amigo ?
Se ainda lhe resta alguma dúvida, então cabe aqui mais essa afirmação: “A Umbanda nasceu do coração de Zambi (Olorum/Deus) em Sua Infinita Misericórdia por nós! Porque só a Umbanda tem quem nos defenda e proteja, independentemente da nossa ignorância em reconhecê-los como bons e amigos!”.
Ao invés de temê-los e distorcer suas verdadeiras intenções e missões para conosco, deveríamos agradecê-los pela proteção, defesa, amizade, carinho e principalmente pela paciência com a nossa ignorância!
Laroyê, Exu ! Mojubá, Pomba-Gira !
Salve nossos amigos, defensores e protetores !
Muitas coisas são ditas e muitos textos são escritos sobre o trabalho dos Exús na Umbanda. Com isso, muitos mitos foram criados, alguns até absurdos e deturpadores, por pessoas que não entendem o verdadeiro trabalho do Exu, na Umbanda, ou não entendem a verdadeira missão da Umbanda, nesse planeta.
Com esse texto, vamos tentar explicar e quem sabe até, desmistificar esses mitos que confundem a cabeça e o aprendizado daqueles que se propõem bem servir sua religião: A Umbanda.
A Umbanda em sua dinâmica básica, lida com espíritos dos mais variados graus de evolução. As Entidades, Guias e Mentores que se apresentam nos terreiros exercem um trabalho incansável contra as forças trevosas.
Na Umbanda, a origem de Exú está em função da necessidade de existirem Guardiões, encaminhadores e combatentes das forças negativas. Trabalho básico da nossa religião. Por isso é que se diz que, “Sem Exú não se faz nada”. Isso, não porque Exú não deixa, porque é vingador, traidor ou voluntarioso, como querem fazer pensar algumas estórias que se contam por aí. Mas sim, porque não há como combater as forças negativas e trevosas, sem a devida defesa e proteção.
Muitas pessoas perguntam: “Então nossos Guias (Caboclos, Pretos-velhos, etc...) não nos protegem e defendem? Só os Exús fazem isso? E a resposta vem da própria Espiritualidade: -” Logicamente que os Guias lhes defendem e lhes protegem, entretanto, cabe a Exú o primeiro combate, o combate direto contra as energias que circulam no Astral Inferior. Esta é a especialidade de Exú, pois ele conhece profundamente todos os caminhos e trilhas desse ambiente energético. É a sua função primeira”.
Tudo na Umbanda é organizado, coerente e lógico !!
Outro mito, que muito confunde os iniciados na religião, diz respeito à Confiabilidade de Exú.
Muitas pessoas, que vão a um terreiro em busca de ajuda ou socorro para assuntos materiais e até espirituais, são surpreendidos, quando em consulta, lhes é dito que estão sendo vítimas de “trabalho feito”, que esse “trabalho” foi feito por um Exú, e outros vão mais além, dizendo que o Exú “malfeitor” é o Sr. Fulano de Tal (geralmente um Exú famoso, de nome e fama conhecidos). Bom, aí vem a incoerência !!!
Se nós, Dirigentes e Orientadores espirituais falamos que Exú não é traíra, é combatente das forças trevosas, conhecedor e manipulador dos segredos da magia. Como pode, esse mesmo Exú, ser aquele espírito que usa indevidamente seus poderes e conhecimentos para prejudicar pessoas indefesas ? Como pode esse mesmo Exú, não ter nenhuma aspiração evolutiva, ser manipulado pela vontade das pessoas que desejam prejudicar seus semelhantes, a bel prazer ? Como pode esse mesmo Exú, usar seus conhecimentos e poderes contra si próprio, já que, com certeza, arcará com as conseqüências dos seus atos? Como pode, esse mesmo Exú, tido como o Mensageiro dos Orixás, Guardião dos segredos e dos caminhos da Espiritualidade, trair a confiança dos Espíritos de Luz e anular toda a caridade praticada pelos seres da Espiritualidade positiva?
A resposta é uma só e unânime: - “O tal ” trabalho feito” não foi realizado por um Exú e sim por um obsessor, agente das forças negativas e trevosas que se fez passar pelo “Sr. Fulano de Tal”. Aliás, obsessor pode se fazer passar por tudo, inclusive por um Mensageiro de Orixá, Caboclo, Preto-velho, etc... Cabe ao Dirigente Espiritual, ou aos médiuns mais preparados e evoluídos, desvendarem essa farsa, até porque não existe farsa perfeita, sempre haverá um detalhe, ou um momento, em que “a casa caí” e a farsa é descoberta.
Mas então, porque muitos obsessores se fazem passar por Exús de Lei ? Porque em alguns casos, ou em algumas Casas, a farsa não é descoberta, e os nossos amigos e protetores, Exús de Lei, acabam sendo acusados ou confundidos, como malfeitores, desonestos, traíras, etc...?
Na maioria dos casos, isso acontece por causa de médiuns invigilantes. Médiuns despreparados e pouco compromissados com o Astral Superior. Médiuns orientados e “treinados” por Dirigentes também, despreparados e pouco compromissados. Muitos médiuns e Dirigentes, procuram e buscam nos Terreiros uma forma de satisfazer as suas baixas aspirações, como válvulas de escape para fazerem “incorporados”, o que não tem coragem de fazer de “cara limpa”. Médiuns de moral duvidosa, que se aproveitam da condição de “incorporados” para gritar, falar palavrões, beber e fumar exageradamente, dançar de forma grotesca para uma Casa religiosa e praticar atos pouco aceitáveis em situações “normais”. Esses médiuns imputam aos Exús, os seus desvarios e desvios de comportamento, complementando ainda que não se lembram de nada, que a responsabilidade é do Exú, e não dele (médium).
Na realidade, esses médiuns estão sofrendo a ação da incorporação de kiumbas (espíritos trevosos, moralmente atrofiados, que não tem a mínima aspiração evolutiva e buscam apenas, tumultuar o ambiente).
Nunca um Exú ou Pomba-Gira de Lei, irá se prestar a um papel desses!
Outro ponto de muita confusão: A incorporação de Exú
Afinal, com que Exú trabalhamos ? Se todo Exu é Guardião dos segredos e dos caminhos, quando incorporado no seu médium, realizando algum trabalho, como fica a sua missão de Guardião ? Ele não está “guardando” nada ?
Normalmente, os Exús com os quais trabalhamos, são os chamados “Exús de Trabalho”, de defesa pessoal do médium. Esses Exús de Trabalho” são também, integrantes participativos da “Equipe de Defesa da Casa”, que o médium freqüenta. São colaboradores e participam ativamente junto ao Exú Guardião da Casa, no combate às forças inferiores e invasoras. Mas, o Exú de Trabalho também tem outro compromisso, que é proteger, defender e direcionar positivamente o seu médium, segundo a Doutrina da Casa, da qual faz parte.
Por isso, respeitam a Casa, suas normas e doutrina e não induzem o médium a embriagues, algazarras e demais comportamentos chulos, torpes e deselegantes.
Exús de verdade, são espíritos em busca de evolução, que embora tidos como “Espíritos sem Luz”, possuem certo de grau de positividade, de compreensão do que é certo ou errado, perante a Espiritualidade e de acordo com Leis Superiores. São espíritos altamente compromissados com os Orixás Superiores, com os Guias e Protetores do próprio médium e com toda Egregóra de Luz da Casa, na qual o médium está inserido. Trabalham diretamente com esta Egregóra, auxiliando no combate e encaminhamento dos espíritos que são atraídos pela corrente de desobsessão do Terreiro que fazem parte.
No entanto, cabe aqui salientar que o estágio evolutivo de um Exú de Trabalho está abaixo do estágio evolutivo de um Caboclo ou de um Preto-velho. Isso não significa que não sejam evoluídos, apenas encontram-se num estágio abaixo. Sua energia é mais densa. Conseqüentemente, a sua vibração ou energia de incorporação está mais próxima (ou é mais parecida) á vibração da Terra, exigindo do médium uma “doação” maior de energia mental e física, diferente da incorporação de um Caboclo ou Preto-velho, ou até mesmo outro mensageiro enviado de Orixá. Ou seja, quando um médium vai incorporar um Exú, ele tem que se concentrar muito para sintonizar sua vibração a vibração do Exú, sendo que o Exú faz a mesma coisa, sintoniza sua vibração à do médium.
Outro aspecto importante é que, embora Exú esteja num estágio evolutivo abaixo dos Espíritos de Luz, nada impede que Exú trabalhe harmoniosamente com os Guias mais evoluídos e até mesmos com os Mensageiros dos Orixás, até porque além de trabalharem sob as ordens desses Mensageiros e dos Orixás Maiores, a questão “hierarquia” é muito bem resolvida no Astral. Lá não existem “disputas” pelo poder ou por cargos; não se questiona quem manda e quem obedece. Todos são e estão conscientes os seus papéis e do trabalho que precisa ser realizado. Todos sabem que devem trabalhar com o mesmo objetivo: A Caridade !
Quando incorporados em seus médiuns, Exús e Pombas Giras podem se apresentar de duas maneiras básicas: alegres ou sérios. O que não significa, que mesmo quando são alegres, são também debochados, desrespeitosos, com comportamentos inadequados a uma Casa religiosa.
Geralmente, quando um Exú ou Pomba Gira se comporta de forma inadequada, ele está na verdade, sendo influenciado pelo comportamento desajustado do seu médium, que disfarça ou se controla, quando não está “incorporado”. Esse médium invigilante e portador de comportamento e moral duvidosos, ao receber a energia de incorporação de um Exú ou Pomba Gira (que começa a se dar através da aproximação do mesmo), por ser uma energia muito parecida a nossa e por estar mais próxima da crosta terrestre, onde o combate com o Astral inferior se dá, passa a dar vazão aos seus sentimentos menores influenciando e interferindo diretamente na incorporação do Exú ou Pomba-Gira, que assiste a tudo sem poder fazer nada (aqui, também cabe o livre arbítrio). Esse médium transfere para o Exú ou Pomba Gira sentimentos e comportamentos que, na verdade, são seus.
Isso não é mistificação (fingimento), porque existe a energia do Exú ao lado ou perto do médium. A mistificação envolve o fingimento puro e simples, sem envolvimento de energia ou proximidade de Entidade alguma. Mas existe, o que se chama de Animismo, a transferência voluntária de desejos e comportamentos do médium para o seu Guia.
A incorporação de Exú e Pomba Gira envolve a manipulação energética de chackras inferiores, e o que acontece no caso do Animismo, é que o médium deliberadamente, utiliza mal essa energia. Isso envolve também, intenção, moral, má fé e mau aproveitamento da energia de Exú.
Com a continuidade da insistência do médium em se utilizar dessa energia para a manifestação de seus desejos e comportamentos menores, em pouco tempo ocorre a “queda do médium”. O Exú de Trabalho se afasta do médium e fica o que ? - Fica o kiumba, que assume o nome do Exú de Trabalho e contribui para o aumento dos desvarios do médium.
Muitas vezes, o médium não percebe que está acontecendo essa “transferência”, porque ele usa a energia do kiumba (aliás, um usa o outro) para falar e fazer coisas que normalmente, não tem coragem de fazer no seu estado normal.
Cabe ao Doutrinador e Orientador da Casa (Dirigente) coibir veementemente esses comportamentos logo no início, ou seja, no médium e assim que começam a acontecer. Nesse caso, a orientação e a desestímulo de atitudes e comportamentos desse tipo é o melhor remédio. Mas, caso haja persistência, a adoção de medidas drásticas deve ser a melhor atitude que o Dirigente da Casa deve assumir.
CAPACIDADE DE MANIPULAÇÃO ENERGÉTICA DE EXÚ
Já foi comentado anteriormente, que Exú possui uma grande capacidade de manipular energias, transfigurando-se em formas diferenciadas de acordo com o ambiente que está.
Um bom exemplo disso é Exú se apresentando aos obsessores que irá combater em forma que desperte medo e/ou respeito. Ele não poderia se apresentar aos seus inimigos como se fosse um jovem ingênuo ou indefeso adolescente, dessa forma, ele jamais intimidaria ninguém. Então, ele assume formas rudes e assustadoras. Entretanto, ele faz isso por estratégia e não por ser deformado, e muito menos tem chifres, rabo, etc..., como é retratado em diversas imagens que encontramos em casas de artigos religiosos. A forma original de Exú é humana, nada tem de partes de animais ou monstros, porque os espíritos que compõe a Falange dos Exús são espíritos como nós, de épocas recentes. Foram homens e mulheres normais, das mais variadas ocupações e profissões.
Então, porque Exú manipula energias para assumir outras configurações “físicas” ? E como faz isso?
Em função do trabalho que irá executar ou da “batalha” que irá travar, Exú estuda o ambiente que irá entrar e em seguida, vibrando numa faixa bem acima do meio que irá adentrar, estuda seus “adversários” , suas intenções, seus planos, seus graus de compreensão e entendimento, seus medos, etc.... Estabelece uma estratégia e assume a configuração que irá atingir o ponto fraco da maioria do grupo que irá combater, ou de alguém em especial. Lembrando que, Exú não trabalha sozinho, isso é feito em agrupamentos sob a supervisão de um Mensageiro de Orixá. Dessa forma, Exú nos mostra sua capacidade de vibrar em diferentes faixas de energia. E para que isso aconteça, não é necessário sacrifício de animais, despachos em encruzilhadas e/ou cemitérios, porque quem “recebe” esse tipo de despacho é o kiumba. Isso dentro do ritual da Umbanda, que difere muito do Candomblé.
Com relação às “entregas” de Exú e Pomba Gira que, eventualmente fazemos a pedido deles ou por nossa própria vontade, vale dizer que os matérias usados nessas “entregas” são como uma espécie de presente ou de fortificante, já que nossos amigos da Esquerda se utilizam à energia etérea, contida nos elementos de uma “entrega” (farofa, bebidas, cigarros, etc...) para se recompor da batalha travada ou para se fortalecer, se preparando para aquilo que irão enfrentar. Muitos elementos são também representativos a uma “gratificação pelos serviços prestados” e por isso, são chamados de muitos de “mimos”.
Depois de todas essas explicações e tantas outras que, provavelmente já recebeu, você continua achando que Exú é o Diabo ?
È mais importante e necessário temê-lo e tratá-lo como inimigo ? Ou respeitá-lo, conhecê-lo e tratá-lo como um grande amigo ?
Se ainda lhe resta alguma dúvida, então cabe aqui mais essa afirmação: “A Umbanda nasceu do coração de Zambi (Olorum/Deus) em Sua Infinita Misericórdia por nós! Porque só a Umbanda tem quem nos defenda e proteja, independentemente da nossa ignorância em reconhecê-los como bons e amigos!”.
Ao invés de temê-los e distorcer suas verdadeiras intenções e missões para conosco, deveríamos agradecê-los pela proteção, defesa, amizade, carinho e principalmente pela paciência com a nossa ignorância!
Laroyê, Exu ! Mojubá, Pomba-Gira !
Salve nossos amigos, defensores e protetores !
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