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quinta-feira, 19 de maio de 2011

As chamas das velas em nossas vidas....

Quatro velas estavam queimando calmamente.
O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo
entre elas.
A primeira disse:
- Eu sou a "PAZ"! Apesar da minha luz, as
pessoas não me conseguem manter acesa.
Em seguida, a sua chama, devagarzinho se apagou, totalmente.
A segunda disse:
- Eu me chamo "FÉ"! Infelizmente, sou supérflua para as pessoas.
Elas não querem saber de Deus, por isso não faz sentido continuar
queimando.
Ao terminar sua fala, um vento bateu, levemente, sobre ela, e,
também, a sua chama se apagou.
Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o " AMOR"! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me
deixam de lado, porque só conseguem enxergar elas mesmas, esquecem
até daqueles que estão à sua volta. E, também, apagou-se.
De repente, chegou uma criança e viu as três velas apagadas...
- QUE è isto? Vocês devem ficar acesas e queimar até o fim.
Então, a quarta vela falou:
- Não tenhas medo, criança. Enquanto eu estiver acesa poderemos
acender as outras velas.

PAUSA PARA REFLEXÃO

Quando apagamos as chamas da PAZ, FÉ e AMOR, ainda assim,
nem tudo está perdido...
Alguma coisa há de ter restado dentro da gente. E isto tem que
ser preservado acima de tudo...

Então, a criança pegou a vela da ESPERANÇA e acendeu, novamente,
as que estavam apagadas.

Qua a vela da ESPERANÇA nunca se apague dentro de VOCÊ.
Ela é a nossa LUZ no fim do túnel.
O caminho da felicidade precisa, antes, ser pavimentado com
ESPERANÇA...
a felicidade nem sempre bate à nossa porta. Para tê-la é preciso
uma busca incessante. e ao encontrá-la ter a coragem de trazê-la
para dentro de nos!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

talvez...

Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.
Mas, lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer
de minha vida.
Mas, farei que elas percam a importância diante dos
gestos de amor que encontrei.

Talvez eu não tenha forças para realizar todos
meus ideais.
Mas, jamais irei me considerar um derrotado.

Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.
Mas, não ficarei por muito tempo olhando para o chão.

Talvez um dia o sol deixe de brilhar.
Mas, então irei me banhar na chuva.

Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.
Mas, jamais irei assumir o papel de vítima.

Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.
Mas, terei humildades para aceitar as mãos que
se estenderão em minha direção.

Talvez numa dessas noites frias, eu derrame
muitas lágrimas.
Mas, não terei vergonha por esse gesto.

Talvez eu seja enganado inúmeras vezes.
Mas, não deixarei de acreditar que em algum
lugar alguém merece a minha confiança.

Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes
erros.
Mas, não desistirei de continuar trilhando meu caminho.

Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.
Mas, irei aprender que aqueles que realmente são
meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.

Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.
Mas, irei continuar plantando a semente da
fraternidade por onde passar.

Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo
seguir o ritmo da música.
Mas, então, farei que a música siga o compasso
dos meus passos.

Talvez eu nunca consiga enxergar um arco=iris.
Mas, aprenderei a desenhar um, nem que seja
dentro do meu coração.

Talvez hoje eu me sinta fraco.
Mas, amanhã irei recomeçar, nem que seja de
ma maneira diferente.

Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas, terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos
já estão gravados em minha alma.

Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber
a letra daquela música.
Mas, ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.

Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se
a minha companheira.
Mas, ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.

Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.
Mas, não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.

Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.
Mas, passarei a admirar quem sou.

Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis
dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso, é porque como
diz aquele ditado:

"ainda não chegou o fim"

Porque no final não haverá nenhum "talvez"
e sim a certeza de que a minha vida valeu
a pena e eu fiz o melhor que podia

segunda-feira, 9 de maio de 2011

DIA DAS MÃES

o Dia das Mães e como é impossível deixar passar essa data em branco quero exporalguns pontos para que possamos vivenciar esse dia de forma diferente e especial.

Saibam que a comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga a entrada da primavera era celebrada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. Na África Yemanjá é a Orixá Mãe, orixá que gerou todos e todas, é a Mãe cujos filhos são peixes, portanto, para os cultos de nação e para as religiões de origem africana, Yemanjá é o orixá feminino de maior representação e de maior força. Já Maria, a Mãe de Deus, é o maior fenômeno religioso que ultrapassa as barreiras de qualquer religião e transcende no íntimo de cada ser humano pelo seu amor incondicional e exemplo real de uma mulher realizadora, forte e fiel à sua crença.

Assim como Yemanjá, Eva, Rhea, Maria e Marias, Aparecidas, Joanas, Silvanas, Anas… Mães que como tantas outras geram, propiciam, lutam, choram, realizam e amam, amam e amam. Um amor tão pleno que é capaz de mudar o homem e gerar a Paz.

Mães que criam futuros e que, portanto, são responsáveis pelo hoje e pelo amanhã. Mães que sofrem e que creem. Mães que fazem, vivem e que muitas vezes esquecem o que são e do que são capazes.

E envolvidas por esse ‘esquecer’, se esquecem de sonhar e de criar um futuro. Esquecem de suas responsabilidades e de quanto amor existe dentro delas. Esquecem de olhar a vida de forma diferente, esquecem de ver as flores, borboletas, estrelas, nuvens, pássaros….

Esquecem, enfim, que seu olhar de adulta já foi um olhar de criança. E pensando nisso, reproduzo um trecho do livro “A Festa de Maria”, de Rubem Alves, que ajudará de forma muito peculiar em nossas reflexões.

O Olhar Adulto

“Lá vão pelo caminho a mãe e a criança, que vai sendo arrastada pelo braço – segurar pelo braço é mais eficiente que segurar pela mão. Vão os dois pelo mesmo caminho, mas não vão pelo mesmo caminho. Bleke dizia que a árvore que o tolo vê não é a mesma árvore que o sábio vê. Pois eu digo que o caminho porque anda a mãe não é o mesmo caminho porque anda a criança.

Os olhos da criança vão como borboletas, pulando de coisa em coisa, para cima, para baixo, para os lados, é uma casca de cigarra num tronco de árvore, quer parar para pegar, a mãe lhe dá um puxão, a criança continua, logo adiante vê o curiosíssimo espetáculo de dois cachorros num estranho brinquedo, um cavalgando o outro, quer que a mãe também veja, com certeza ela vai achar divertido, mas ela, ao invés de rir, fica brava e dá um puxão mais forte, aí a criança vê uma mosca azul flutuando inexplicavelmente pelo ar, que coisa mais estranha, que cor mais bonita, tenta pegar a mosca, mas ela foge, seu olhos batem então numa amêndoa no chão e a criança vira jogador de futebol, vai chutando a amêndoa, depois é uma vagem seca de flamboyant pedindo para ser chacoalhada, assim vai a criança, à procura dos que moram em todos os caminhos, que divertido é andar, pena que a mãe não saiba andar por não ter os olhos que saibam brincar, ela tem muita pressa, é preciso chegar, há coisas urgentes a fazer, seu pensamento está nas obrigações de dona de casa, por isso vai dando safanões nervosos na criança, se ele conseguisse ver e brincar com os brinquedos que moram no caminho, ela não precisaria fazer análise …

A mãe caminha com passos resolutos, adultos, de quem sabe o que quer, olhando para a frente e para o chão. Olhando para o chão ela procura as pedras no meio do caminho, não por amor ao Drummond, mas para não dar topadas, e procura também as poças d’agua, não porque tenha se comovido com o lindo desenho do Escher de nome Poça d´água, uma poça de água suja na qual se refletem o céu azul e os ramos verdes dos pinheiros, ela procura as poças para não sujar o sapato. A pedra do Drummond e a poça de água suja do Escher os adultos não vêem, só as crianças e os artistas …

A mãe não nasceu assim. Pequenina, seus olhos eram iguais aos do filho que ela arrasta agora. Eram olhos vagabundos, brincalhões, que olhavam as coisas para brincar com elas. As coisas vistas são gostosas, para ser brincadas. E é por isso que os nenezinhos têm esse estranho costume de botar na boca tudo o que vêem, dizendo que tudo é gostoso, tudo é para ser comido, tudo é para ser colocado dentro do corpo. O que os olhos desejam, realmente, é comer o que vêem. Assim dizia Neruda, que confessava ser capaz de comer as montanhas e beber os mares. Os olhos nascem brincalhões e vagabundos – vêem pelo puro prazer de ver, coisas que, vez por outra, aparece ainda nos adultos no prazer de ver figuras. Mas aí a mãe foi sendo educada, numa caminhada igual a essa, sua mãe também a arrastava pelo braço, e quando ela tropeçava numa pedra ou pisava numa poça de água, porque seus olhos estavam vagabundeando por moscas azuis e cachorros sem-vergonha, sua mãe lhe dava um safanão e dizia: “Olha pra frente menina!”.

“Olha pra frente!” Assim são os olhos adultos.

Coitados dos adultos! Arrancaram os olhos vagabundos e brincalhões de crianças e os substituíram por olhos ferramentas de trabalho. Os olhos tornam-se escravos do dever. Os olhos solicitam: “ Brinquem comigo! É tão divertido! Se vocês brincarem comigo, eu ficarei feliz, e vocês ficarão felizes …”.


É, não dá para reclamar de violência se propiciamos violência, e olha que ela nem precisa ser física, assim como não dá para esquecer nossa responsabilidade com o futuro e com a Paz.

Mães, incorporem o sentido da Mãe, vivam como Mãe, amem, lutem, deem, ensinem a beleza da vida, a plenitude da fé e exemplifiquem o sentido real da crença. Assim, quem sabe, nosso filhos, netos e toda a humanidade saberá o que é o AMOR.

Para todas as mães, um excelente Dia das Mães! A todos, um grande e forte Axé!